segunda-feira, 1 de julho de 2013

Visitar os pais

Para se pensar no assunto...


Adultos chineses 
obrigados por lei a visitar os pais

«A Lei dos Direitos dos Idosos entrou em vigor esta segunda-feira na China e obriga os filhos adultos, tenham que idade tiverem, a visitarem os seus pais. Quem não cumprir é multado e pode ir para a prisão.
Na base desta lei está a ideia de que os idosos não devem ser negligenciados e que os filhos devem preocupar-se com as suas necessidades.
De acordo com as estatísticas oficiais, em 2010 mais de 178 milhões de chineses tinham 60 ou mais anos. No final de 2030, de acordo com as previsões, esse número terá duplicado. E à medida que a população envelhece as histórias de negligência para com os mais velhos aumentam.»

Ler no PÚBLICO



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Coimbra

01.07.2013

Dia do antigo estudante de Coimbra

Jardim da Sereia

Quem, no percurso da sua vida académica, teve o privilégio de ter passado pela velha Lusa Atenas, recentemente, elevada a Património Mundial da Unesco, sentirá, hoje, uma grande nostalgia.
Coimbra é capital da cultura portuguesa, berço da 3ª universidade mais antiga de toda a Europa e da famosa biblioteca joanina, cujo interior exibe a beleza da madeira exótica oriunda do Brasil.
Por ela já passaram milhares de estudantes, gente que se tornou famosa nos mais diversos quadrantes, que ocupou lugares de destaque, na sociedade civil, nas ciências e nas artes, enfim, um repositório de celebridades.

Recordações de Coimbra
É essa cidade cheia de história, de magia, de sortilégio...e recordações gratas, que hoje evoco, nesta efeméride.
A mais antiga recordação dos meus tempos académicos foi o ingresso, como caloira, num mundo inteiramente novo, aonde cheguei carregada de sonhos, ilusões e também...do seu “enxoval” próprio. A estudante fazia-se acompanhar do uniforme, fato preto, camisa branca com gravata e a emblemática capa de estudante. A somar a este conjunto, estava a indispensável pasta preta de couro, em que a bolsinha interior/porta-moedas, era revestida de cetim, da cor das fitas e do anel de curso, no meu caso azul elétrico. Sou fã da cor azul, em todos os seus cambiantes... inclusive, o azul celeste, nestes dias de verão escaldante! Era tradição desta academia, a pasta ser oferecida pela madrinha. Quando abordei a minha, senti total abertura e recetividade, mesclada de um certo orgulho, por estar a perpetuar uma tradição de longa data. Sempre encontrei, na família, pessoas de espírito aberto! 
Outra tradição, a praxe, é um dos aspetos mais polémicos da vida académica. Com início na Universidade de Coimbra, surgiu como forma dos mais velhos integrarem os recém-chegados estudantes, os caloiros, num ambiente hierarquizado.

Fantoches


Armando Ferraz, 
um artista popular

Armando Ferraz


A Gafanha da Nazaré pode orgulhar-se de ter entre os seus naturais um artista popular que, mesmo iletrado, se tornou famoso. Foi, decerto, um dos últimos fantocheiros, ao jeito daqueles que andavam de feira em feira a exibir a sua arte. Era ele Armando Ferraz, que morava no «canto dos zanagos», perto do “Zé da Branca”, onde convivia com amigos, saboreando um qualquer aperitivo ou digestivo.
Trabalhava na JAPA e distinguiu-se, entre nós, como artista um pouco de tudo. Foi ensaiador de ranchos e marchas, sendo exímio na preparação de encadeados ou entrançados. Mas a sua arte preferida, aquela que levou até ao fim da vida, foi a dos fantoches, também chamados robertos.
Calcorreou arredores da nossa terra, ensinou na Universidade de Aveiro, aos futuros professores e educadores, as suas habilidades na confeção do necessário para apresentar os fantoches, embrulhados em estórias que ele muito bem sabia urdir e exibir como poucos.


POBREZA

CRÓNICA DE BENTO DOMINGUES NO PÚBLICO



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domingo, 30 de junho de 2013

sábado, 29 de junho de 2013

Mandamentos no Século XXI

O sétimo mandamento 
e a parábola de Francisco


"A quem rouba pouco chamam-lhe gatuno e metem-no na cadeia; pelo contrário, a quem o faz em grande escala chamam-lhe grande financeiro e recebe todo o tipo de elogios e felicitações pelo seu espírito empresarial." Quem isto escreve é um filósofo espanhol que, embora ateu e anticlerical, muito estimo: Fernando Savater, que acaba de publicar um pequeno livro de reflexão sobre - é este o título - Os Dez Mandamentos no Século XXI.

Anselmo Borges

Bucólica



Cada vez, estou mais cética! Quase poderia engrossar os seguidores de Sócrates, o filósofo, quando proferiu, para grande espanto dos seus contemporâneos, a frase lapidar – “Eu só sei que nada sei!”
Vem isto a propósito da negação daquilo que sempre assumi como verdadeiro: Não há afetos, no mundo vegetal!
Na verdade, começo a ter dúvidas muito insistentes, sobre uma “cena” que vi na horta e que refuta, por completo a afirmação acima transcrita – um feijão de trepar, completamente abraçado a uma couve galega! Nem sequer escolheu couve portuguesa, preferindo o produto nacional. Também não se agarrou a uma sevilhana... cheia de salero, mas sim a uma galega!
Lá diz o povo, que “De Espanha, nem bom vento, nem bom casamento!”, mas o descarado feijão enroscou-se todo dengoso, em volta do corpo elegante da sua vizinha couve.
Era o que estava ali, mais à mão de semear! – dirão os mais céticos como eu, que até à visualização deste requebro, não acreditava em afetos ou sentimentos, no mundo vegetal. Ou... será a minha paixão pela Botânica, que desde tenra idade me encantou e absorveu, no seu estudo académico, me faz criar estes “romances” na horta que cuido e alimento com carinho?
Desde que vi estas criaturas tão embevecidos, num tão estreito amplexo, que passei a confirmar a minha suprema ignorância e a dar razão ao nosso amigo Sócrates!
Eu... que até pensava que sabia alguma coisa do mundo das plantas, rendo-me à filosofia socrática e atesto: só sei, que nada sei!

Mª Donzília Almeida
28.06.2013



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