terça-feira, 11 de janeiro de 2011

ÍLHAVO: 113.º aniversário da restauração do município

Câmara Municipal de Ílhavo

 A Câmara Municipal de Ílhavo vai celebrar o 113.º aniversário da restauração do município na próxima quinta-feira, 13 de Janeiro, pelas 18.30 horas, no Centro Cultural de Ílhavo.
Segundo a autarquia ilhavense, esta iniciativa assume como referência principal o programa de Regeneração Urbana do Centro Histórico de Ílhavo, integrando uma apresentação que assinala o final da obra de Qualificação Urbana da Antiga EN109 e o início de mais três novas obras deste importante programa que está em execução, aproveitando a oportunidade dos Fundos Comunitários do QREN.

AVEIRO: "Diálogos na Cidade"


A Comissão Diocesana da Cultura de Aveiro prossegue a 31 de janeiro o primeiro ciclo “Diálogos na cidade”, com a conferência “1.ª República e a Igreja Católica”, proferida por Mons. João Gonçalves Gaspar, na Paróquia de Santa Joana, às 21h00.
“Uma conversa sobre Portugal, o mundo e a Igreja Católica” abre o segundo ciclo de encontros, com a presença do bispo do Porto, D. Manuel Clemente, e do jornalista José Manuel Fernandes, num encontro que decorre às 21h30, no Teatro Aveirense.
A iniciativa termina a 19 de maio, com a presidente da Federação de Bancos Alimentares, Isabel Jonet, e do diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, padre Tolentino Mendonça, que falam sobre o tema “Todos diferentes, todos iguais”, também no Teatro Aveirense, às 21h30.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Grupo Etnográfico Canta as Janeiras


Ainda não refeito das emoções do Cortejo dos Reis, que hoje como sempre vivi à minha maneira, e já o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré me trazia mais uma tradição, com o cantar das janeiras. E com um pedido: «Transmita no seu blogue os nossos votos de um Ano Novo muito próspero e feliz a todos os gafanhões espalhados pelo mundo.»
Eles aqui ficam com esta melodia intemporal!

Gafanha da Nazaré: Cortejo dos Reis com ares de renovação

A Sagrada Família com o Anjo


Realizou-se hoje na Gafanha da Nazaré o Cortejo dos Reis, de tradição secular. Desta feita, com ares de renovação, que os tempos são outros. Mais exigência, sob o ponto de vista artístico. Ainda bem, para não se sentir qualquer tipo de desânimo.

Padres Francisco e Pedro José


Em jeito de agradecimento pela participação de tanta gente, o nosso Prior, Padre Francisco Melo, valorizou o espírito de renovação, sentido na forma como os autos foram representados, mas também no modo como alguns “quadros” foram cuidadosamente preparados. Tudo, referiu, «para que esta tradição se mantenha; tradição que é de alegria, de cor, de festa, de encontro, mas também de liberdade, porque não houve inscrições nem foi preciso pagar para as pessoas participarem; hoje todos fomos Reis, porque viemos ao encontro do Deus-Menino com as nossas ofertas».

A chefe Custódia

A chefe Custódia e 80 escuteiros do agrupamento 588 do CNE trabalharam o tema “Mulheres da Seca e Pescadores da década de 40 do século passado». Apresentaram-se a rigor, porque consideraram importante divulgar imagens que tendem a diluir-se. As chefes e as escuteiras mostraram as mulheres da seca; os chefes e os escuteiros exibiram os pescadores. «Eu acho que foi muito bom apostar-se na renovação do Cortejo dos Reis e,  como São Pedro ajudou, houve muita participação e muitas prendas para o Menino», garantiu-nos.

Margarida Vilarinho com seu pai, Manuel Alberto


O Manuel Alberto participa nesta festa há 50 anos. E disse: «é com paixão que vivo estes momentos.» Sabe todos os papéis dos autos de cor e nos ensaios chama sempre a atenção para a necessidade de «estarem atentos, porque pode ser preciso substituir algum que falte por doença ou outro motivo».
Recordou que um dia recebeu os Reis Magos da varanda da casa da D. Conceição Vilarinho, atual residência da D. Ester Morais, anexa à igreja matriz. Foi uma maneira de ultrapassar uma dificuldade surgida pela morte de Manuel Fidalgo Filipe (o Perrana). Os papéis desapareceram e tivemos de improvisar com a ajuda do Padre Domingos. Depois tudo se resolveu.
O Manuel Alberto explicou que, quando aparece alguém com vontade de viver esta experiência, ensina-lhe  o que tem a dizer, «exigindo  o melhor, porque nem todos nascem para atores». E garantiu: «quando um dia eu não puder, não falta quem possa substituir-me.»


O carro do moinho, com quadra e sacas

A Ascensão Rocha estava num grupo da Marinha Velha que apresentou uma cena dos Moinhos do Tio Conde (pai e filho). Houve alguma investigação para se apurar o possível da realidade. Fizeram sacas para o milho e para a farinha, que «as meninas levavam à cabeça», e até fizeram umas quadras para ensinar algumas tradições.
Lembrou que os lavradores levavam o milho e outros cereais ao moinho, trazendo em troca a farinha, descontando em peso o correspondente ao trabalho do moleiro. Quando não havia vento, não havia farinha. Então deixavam o cereal e procuravam a farinha mais tarde. Quem não tivesse cereais podia comprar a farinha. Ainda ouvi histórias da boroa, mas isso fica para outro dia.

Rei Herodes ostenta a sua coroa

Assisti ao auto “Palácio de Herodes”, onde o rei sanguinário recebeu os Reis Magos. Bem ensaiados, trajes cuidados, som muito bom. E como sempre a simpatia do povo da nossa terra.
Depois foi a cerimónia do “Beijar o Menino”, com Reis Magos, com as suas ofertas (ouro, incenso e mirra), pastores e o povo. Os cânticos bonitos que passam de geração em geração. E, se não me engano, o Rei Herodes andava por ali disfarçado.
O leilão das ofertas foi durante a tarde.

Fernando Martins

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

(Clicar na imagem para ampliar)

A Nossa Gente: José Vida dos Santos (Mestre Zé Vida)

Mestre Zé Vida

«Neste mês de Janeiro, em que se assinala o XII Aniversário do Grande Capítulo Gastronómico da Confraria do Bacalhau, dedicamos esta rubrica a José Vida dos Santos, cuja história de vida sempre esteve ligada à pesca do bacalhau e à gastronomia.
Nascido na Gafanha da Nazaré, a 18 de Março de 1928, o Mestre Zé Vida, como é conhecido, frequentou a Escola Primária da Cale da Vila, tendo concluído apenas a 1.ª classe. Após alguns anos a trabalhar na
Seca do Bacalhau, na “Pascoal e Filhos”, foi para o Estaleiro dos “Mónicas” como ajudante dos Mestres, decorria então a II Guerra Mundial. Aí ajudou a construir, entre outros, os barcos de guerra, conhecidos por Caça-Minas, cujo destino era a Inglaterra.
Sendo filho de um pedreiro e porque naquela altura só os filhos de pais marítimos tinham a possibilidade de obter a cédula marítima, lembra com saudade o Mestre João Mónica (sócio da empresa) que tratou desse assunto, bem como pagou a sua viagem de comboio até Lisboa, em Abril de 1945, para que o Mestre Zé Vida pudesse embarcar no “Lutador”, navio de madeira que ajudou a construir quando estava no Estaleiro.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 219

DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM - 2


O CELERÍFERO

Caríssima/o:

As bicicletas que usámos durante anos e anos não sofreram grandes modificações, embora nos travões, campainhas, campânulas e farolins se fossem notando alguns melhoramentos.
Mas afinal qual foi a origem da bicicleta? Quem foi o seu inventor?

A invenção da bicicleta como meio de locomoção é algo muito difícil de precisar no tempo. Vários autores defendem que a bicicleta surgiu pela mão do conde francês Mede de Sivrac, outros consideram que a sua criação é posterior àquela data.

Entretanto existem registos de que os antigos egípcios já conheciam aquele meio de locomoção, ou pelo menos já idealizavam nos seus hieróglifos a figura de um veículo de duas rodas com uma barra sobreposta.