segunda-feira, 3 de novembro de 2008

A Nossa Gente

Capitão Amantino Lopes Caçoilo
No mês em que o País e o Município de Ílhavo comemoram o Dia Nacional do Mar, a 16 de Novembro, a Câmara Municipal de Ílhavo dedica a rubrica “Nossa Gente” a um grande homem da Pesca e do Mar, o Capitão Amantino Lopes Caçoilo. Filho de António Lopes Caçoilo e de Maria da Luz Lopes, Amantino Caçoilo nasceu a 5 de Setembro de 1946, na Gafanha da Nazaré. Casado, e com duas filhas, o Capitão reside actualmente na sua cidade-natal, onde assume as funções de Técnico Superior da Unidade Operacional da Forpescas, em Ílhavo, estando a sua actividade profissional desde sempre ligada ao Mar. Após terminar o Secundário, no Liceu Nacional de Aveiro, em 1966, Amantino Lopes Caçoilo deixou a terra que o viu nasceu e rumou à Escola Náutica Infante D. Henrique, em Oeiras, onde concluiu o Curso Geral (1969) e o Curso Complementar de Pilotagem (1986), tendo, mais tarde, concluído a Licenciatura em Administração e Gestão Marítima, já em 1999. Ao seu já vasto currículo, Amantino Caçoilo acrescentou, ainda, outros Cursos de Formação, na sua maioria ligados à Pesca, mas não só. Em 1986, terminou o curso de Simulador de Radar, na Escola Náutica Infante D. Henrique, o curso Avançado de Combate a Incêndios, na Escola da Armada, e, ainda, o curso de Novas Tecnologias de Pesca, do Instituto Superior de Estudos Marítimos. Já na década de 90, o Capitão Ilhavense ainda teve tempo para se dedicar a um curso de Informática e a um outro de Aperfeiçoamento para Gestores de Formação, alargando o seu leque de especialidades. Paralelamente a vários estudos e participações em diversas conferências de âmbito nacional e internacional, Amantino Caçoilo manteve a sua vida profissional bastante preenchida. Começou por desempenhar funções de Piloto na pesca do bacalhau, em 1970, em navios da EPA – Empresa de Pesca de Aveiro, subindo de posto em 1973, onde foi Imediato até ao ano de 1979. Sempre ligado à pesca de bacalhau, foi pela Sociedade da Pesca Silva Vieira e da TAMNEV, S.A. que se tornou Capitão, em 1980, onde desempenhou funções no domínio da gestão da sua frota de navios. A sua relação profissional com o Forpescas – Centro de Formação Profissional para o Sector das Pescas teve início em 1987, contando já com quase vinte anos de vida. A partir de 1989, o Capitão Ilhavense assumiu um conjunto vasto de responsabilidades, que abrangeram quase todos os domínios técnicos da empresa, desde Navegação, Segurança, Formação, Gestão de Recursos Humanos. Em 2003, abraçou a função de Director Regional do Centro de Formação em Ílhavo, tendo sido o principal responsável pela criação do FORMAR – Centro de Formação Profissional das Pescas e do Mar, em 2008. Enquanto munícipe e cidadão activo, o Capitão Amantino Lopes Caçoilo manteve uma postura social bastante interventiva. Foi Sócio-fundador e Director da Associação para os Desenvolvimento dos Interesses da Gafanha da Nazaré (ADIG) e Vice-presidente do Grupo Desportivo da Gafanha. Foi, ainda, Vice-presidente e Presidente da Fundação Prior Sardo e Membro da Direcção da Rádio Terra Nova, da Direcção da Cooperativa Cultural e Recreativa da Gafanha da Nazaré e do Concelho Pastoral da Paróquia da mesma. Ao seu longo e brilhante curriculum, Amantino Caçoilo acrescenta, actualmente, as funções de Presidente da Assembleia de Freguesia da Gafanha da Nazaré. Capitão de Mar e eterno académico das Pescas, Amantino Lopes Caçoilo é um orgulho para as gentes da sua terra e uma referência para o Município, que tem no Mar a sua Tradição.
In "Viver em" , da CMI
NOTA: Dá-me sempre um prazer especial verificar que os meus amigos são distinguidos pelas suas qualidades, no domínio da sua intervenção social, cultural ou profissional. O meu amigo Amantino, que conheço desde sempre e que tenho acompanhado ao longo da vida, é um desses. O que tem feito sob diversos pontos de vista, em resumo, aí está, bem retratado, na agenda "Viver em" da nossa Câmara Municipal. Porém, eu ouso sublinhar a sua inquietude face às injustiças que afectam as pessoas e a comunidade, levando-o a ser, quando é preciso, contundente e exigente com tudo e com todos. Não é dos que ficam calados a ver passar a carruagem. É dos que protestam com veemência. Sempre pelo que considera justo.
Um abraço para o meu amigo Amantino FM

Diáconos Permanentes celebram 20 anos de ordenação - 6

6 – Duas décadas do diaconado permanente na Diocese de Aveiro Durante estas duas décadas, os primeiros diáconos permanentes da Diocese de Aveiro exerceram a sua acção pastoral nos mais diversos domínios, de âmbito paroquial e arciprestal, mas também em serviços diocesanos. Em Julho, o Bispo de Aveiro, conforme notícia inserta no Correio do Vouga, torna público as seguintes nomeações, para além dos trabalhos pastorais a desenvolver nas suas paróquias: Afonso Henriques Campos de Oliveira, Pastoral Sociocaritativa no arciprestado de Águeda e apoio à Equipa sacerdotal de Águeda; Daniel Rodrigues pastoral dos marginais, integrada no sector da Pastoral Sociocaritativa; Fernando Reis Duarte de Almeida, membro do Secretariado das Migrações e Turismo e apoio a paróquias mais carenciadas pastoralmente; João Afonso Casal, equipa diocesana da Cáritas; José Joaquim Pedroso Simões, equipa diocesana da Cáritas; Carlos Merendeiro da Rocha, sector pastoral família-catequese (Gafanhas) e responsável pela formação espiritual e catequética do CNE (Gafanha da Nazaré); Luís Gonçalves Nunes Pelicano, pastoral familiar no arciprestado de Oliveira do Bairro e lançamento de trabalho pastoral em associações e instituições sociais de voluntariado; e Manuel Fernando da Rocha Martins, Secretariado Diocesano das Comunicações Sociais e pastoral social na zona das Gafanhas. Depois, e conforme as necessidades pastorais e as disponibilidades e carismas dos diáconos permanentes, o Bispo de Aveiro procedeu a diversas nomeações, havendo de parte de todos o sentido de serviço e a co-responsabilidade eclesial. Paralelamente às tarefas que lhes foram distribuídas, os diáconos integraram-se na formação permanente proposta pela Diocese, ao mesmo tempo que puderam contar com apoio espiritual e com acompanhamento pastoral, próprio de cada sector onde exerciam o seu ministério.
Fernando Martins

O nosso azul

Permitam-me que comece a semana útil (o que é isto?) com este nosso azul. Céu e mar misturam-se ou completam-se, tão docemente, que até nos deixam extasiados. Dir-me-ão que este azul anda por aí à solta, por todos os cantos. Mas o nosso, perdoem-me a ousadia, é mesmo o melhor do mundo. E tenho dito. Vamos então ao trabalho.

domingo, 2 de novembro de 2008

O Fio do Tempo

Obama Multilateral
1. Estamos a horas de saber quem será o novo presidente dos EUA. Tantas eleições que existem em tantos países ao longo de todo o ano, mas, contra factos não há argumentos, o certo é que o mundo aguarda a todo o momento por esta eleição. O megaespectáculo das campanhas que gastaram mais milhões (e humor) que nunca está concluído. Toda a conjuntura pós-11 de Setembro 2001 gera, talvez como ilusão, um carácter decisivo nesta eleição. A marca registada “Bush” ao longo de oito anos é torneada até pelo candidato republicano. Das palavras-chave escolhidas por Obama talvez seja “change” (mudança) a ideia mais sublinhada, como estratégia de despertar a motivação cívica das gentes de um país de contrastes. 2. Na preparação das campanhas ao milímetro, o mundo foi surpreendido com uma obamania que, por exemplo, da Europa de Berlim, arrastou uma multidão de cem mil pessoas. Enquanto isto McCain, experiente em cenários de guerra a que sobreviveu, tem o difícil deserto de dizer que tem uma proposta diferente de Bush e que a experiência de vida vale tudo. Talvez tenha sido a entrada em cena dos vice-presidentes o momento decisivo nesta campanha. Obama convida alguém experiente em política externa consolidando-lhe amplitude de multilateralismo numa visão de mundo como busca dos grandes consensos. McCain, surpreendeu com o ar fresco de uma vice-presidente, que, de tão repentina, seria sol de pouca dura! 3. É certo que crise financeira internacional veio dar votos à “mudança” proposta por Obama. Mas não se pense que ele é um inexperiente; como alguém há dias dizia, um inexperiente não chega a este sábio patamar. Estas semanas também foram oportunidade de conhecer a vida dos candidatos. A Europa (e, no fundo, o mundo) prefere de longe a história do criador de pontes multilaterais (como Obama em Chicago...) que a guerra e a força... Daqui vimos nós! Parabéns Obama, se a mudança for esta já vale a pena!

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 101

O HINO NACIONAL
Caríssima/o: Continuando as nossas imagens rápidas, fugidias e, quiçá, um tanto desfocadas e desbotadas, não avançaremos sem nos determos um tudo-nada e falarmos de algo que muito nos dizia. Conheço pessoas da minha geração que, quando em cerimónias mais ou menos importantes, ouvem tocar e cantar o Hino Nacional ficam emocionadas, sem fala e quase lágrima furtiva lhes aflora ao canto do olho. E se os jogadores da selecção o não cantam é o bom e o bonito! Verdade seja que nessas épocas de antanho as crianças aprendiam a cantar o Hino e sempre lhes ficava a ideia de que era algo de quase sagrado; tanto que ao ouvi-lo se tirava o boné ou a boina! E levava-se muito a sério... O mesmo acontecia com a Bandeira, afinal ambos símbolos da Pátria. Não sei se os tempos são outros, o que sei é que deixou de ser assim e podemos perguntar-nos e quedar-nos a pensar que “é tudo igual ao litro”. Será, será, mas... Desculpai-me o desabafo que aí fica, mas agora como dizem que é assunto para sociólogos e psicólogos, ... As minhas imagens não me dão o direito de fazer comentários; tão-só expô-las e que outros digam de sua justiça. Pois nós lá cantávamos e repetíamos até sabermos de cor a letra que começa assim: Heróis do mar Nobre povo Nação valente E imortal!... E o Professor ia explicando o sentido de cada verso e de cada estrofe. Por vezes, ia mais longe e contava-nos como tinha surgido e até o nome... Ah, é verdade: A Portuguesa! Também nos ia dizendo que a letra era de Henrique Lopes de Mendonça e a música de Alfredo Keil... Desculpai, mas isso também vós sabeis e ainda mais e melhor do que eu... Aqui chegados não posso passar à frente sem referir que já nessa altura havia uns “engraçadinhos” que, agachados lá atrás, iam cantarolando outra letra... e nós rindo na inocência de que os 'caracóis' não podiam ir longe com tais protagonistas... E tudo ficava por ali que as Professoras davam a entender que não tinham ouvido!... Afinal brincalhões sempre os houve!... Manuel

sábado, 1 de novembro de 2008

When the Saints Go Marching In

Por sugestão da Domingas, no Regador

Dia de Todos os Santos: Os meus santos


Hoje todo o mundo católico celebra o Dia de Todos os Santos. Os que a Igreja Católica considerou dignos das honras dos altares, mas todos os outros que, por certo, são incontáveis. Nascidos na Igreja Católica e nas outras religiões. Quiçá sem qualquer confissão religiosa. São os chamados santos laicos, os que, pelos seus méritos, Deus, com a sua infinita misericórdia, acolheu no seu seio. 
Nós, os católicos, acreditamos que os santos são todos os que, deixando a vida terrena, foram para Deus. Estão como Ele e n’Ele, gozando a felicidade plena e eterna. E também cremos que nessa situação poderão interceder por nós, numa prova de amor que nos religa, permanentemente, ao Criador. É por isso que eu, no meu dia-a-dia, me lembro com frequência dos meus santos, daqueles que conviveram comigo e eu com eles, dos que me deram exemplos de bondade e me testemunharam a ternura de Deus. Não me inclino normalmente para muitos santos que estão nos altares, porque nunca os senti, concretamente, nos meus caminhos da vida. Mas os meus santos, os que andaram comigo ao colo, que me levaram a descobrir o bem e o belo, me ensinaram a rezar, me apoiaram nos primeiros passos que dei, me ajudaram a levantar quando caí, me ensinaram a ler e a compreender o mundo, me estimularam a partilha da compaixão, me orientaram para viver a caridade, esses é que são para mim os santos que hoje e sempre recordo com muito amor. 
Eu sei que a Igreja não pode distinguir todos os santos que conhecemos, não haveria altares para todos. Também sei que a Igreja nos oferece os santos e os põe nos altares para que nos sirvam de exemplo. É verdade. Mas permitam-me que, mesmo assim, eu prefira os meus santos. Aqueles que continuam comigo, não apenas no dia 1 de Novembro, mas todos os dias do ano. 

Fernando Martins