domingo, 2 de novembro de 2008

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 101

O HINO NACIONAL
Caríssima/o: Continuando as nossas imagens rápidas, fugidias e, quiçá, um tanto desfocadas e desbotadas, não avançaremos sem nos determos um tudo-nada e falarmos de algo que muito nos dizia. Conheço pessoas da minha geração que, quando em cerimónias mais ou menos importantes, ouvem tocar e cantar o Hino Nacional ficam emocionadas, sem fala e quase lágrima furtiva lhes aflora ao canto do olho. E se os jogadores da selecção o não cantam é o bom e o bonito! Verdade seja que nessas épocas de antanho as crianças aprendiam a cantar o Hino e sempre lhes ficava a ideia de que era algo de quase sagrado; tanto que ao ouvi-lo se tirava o boné ou a boina! E levava-se muito a sério... O mesmo acontecia com a Bandeira, afinal ambos símbolos da Pátria. Não sei se os tempos são outros, o que sei é que deixou de ser assim e podemos perguntar-nos e quedar-nos a pensar que “é tudo igual ao litro”. Será, será, mas... Desculpai-me o desabafo que aí fica, mas agora como dizem que é assunto para sociólogos e psicólogos, ... As minhas imagens não me dão o direito de fazer comentários; tão-só expô-las e que outros digam de sua justiça. Pois nós lá cantávamos e repetíamos até sabermos de cor a letra que começa assim: Heróis do mar Nobre povo Nação valente E imortal!... E o Professor ia explicando o sentido de cada verso e de cada estrofe. Por vezes, ia mais longe e contava-nos como tinha surgido e até o nome... Ah, é verdade: A Portuguesa! Também nos ia dizendo que a letra era de Henrique Lopes de Mendonça e a música de Alfredo Keil... Desculpai, mas isso também vós sabeis e ainda mais e melhor do que eu... Aqui chegados não posso passar à frente sem referir que já nessa altura havia uns “engraçadinhos” que, agachados lá atrás, iam cantarolando outra letra... e nós rindo na inocência de que os 'caracóis' não podiam ir longe com tais protagonistas... E tudo ficava por ali que as Professoras davam a entender que não tinham ouvido!... Afinal brincalhões sempre os houve!... Manuel

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