ATÉ 13 DE JANEIRO DE 2014
«Pode uma baleeira do Bissaya Barreto, antigo navio-motor da frota bacalhoeira portuguesa, navio construído e batizado na Figueira da Foz em 1942, guardar de forma inviolável preciosas memórias da Grande Pesca? Pode um barco de madeira recuperado por antigos artesãos de construção naval vir a ser uma Cápsula do Tempo?
A memória social não é de ninguém. Por isso, não pode nem deve ser “encapsulada”. A não ser que queiramos tomar a ideia de reter ou “encapsular” o tempo como metáfora libertadora da própria recordação.
Os museus comprometidos com o trabalho identitário assumem a condição utópica de guardiões da memória. O Museu Marítimo de Ílhavo tem dedicado o seu projeto cultural nas representações construídas sobre a pesca do bacalhau, num processo de patrimonialização que procura ser aberto e pluralizador, socialmente responsável.»
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