Para variar, que a experiência aconselha, dei um saltinho até à Figueira da Foz. Dirão os meus amigos que os ares são os mesmos, tocados pelo mesmo mar e pelas mesmas ventanias, mas há sempre algumas diferenças, que eu bem as noto quando chego. Foi o caso.
Por aqui tenho andado sem enfado. O silêncio esperado, o aconchego desejado, a serenidade no corpo e na alma, o ânimo à procura de motivos para se não perder em banalidades. Faço o exame de consciência e penso com tempo sobre o que fazer e como fazer e desejo ensaiar novas formas de ver e de partilhar e sinto que me faltam forças para inovar.
Olho o oceano cujo Dia Mundial hoje se comemora e aprecio a mansidão das águas que nunca atravessei para além das praias de areais convidativos. E por aqui me fico na contemplação dos anos que vivi com alguns sonhos tão longínquos.
F. M.