Chove copiosamente, como diz a nossa gente. Os pingos, a esta hora, 10h45, assinalam o seu peso na cobertura do meu sótão. Pela janela contemplo um cinzento-escuro nesta manhã sem sol. A chuva é precisa para tudo. Sem ela não há vida. É o bê à bá da lógica. Mas quando chove, aqui d’el rei que nem podemos sair de casa.
Os campos estão ressequidos, as barragens perdem nível, os rios gritam por falta de água que varra o que nele cai vindo das serras, as pastagens não medram, às árvores falta a seiva que alimenta os frutos. A falta de chuva é sinal de pobreza… e vamos esquecer a chuva torrencial que tudo destrói. O que importa é que ela venha com peso e medida.
F. M.