Quando me recordo dos passeios que dei, das viagens (poucas) que fiz e das terras por onde passei, sem disso tudo registar, algumas vezes, quaisquer imagens que me encantaram e que mantenho na memória, fico incomodado. É certo que não havia o digital nem redes sociais para as partilhar com a facilidade com que hoje toda a gente o faz. E quando vou à cata de algumas, em álbuns ou em caixotes, aos molhos, fico desolado com a má qualidade que ostentam. A vida é mesmo assim.
Quem poderia imaginar que em poucas décadas tantas e tão espantosas mudanças surgiriam ao alcance de um clique, dando-nos a visão clara da aldeia global em que vivemos, onde o aqui e o agora nos mostram os vizinhos do lado a milhares de quilómetros das nossas janelas? E não é que com todos podemos falar, sorrir e chorar, partilhar ideias, sentimentos, emoções e até um pedaço de pão?
Boa semana para todos.
Fernando Martins