1 de outubro
Fernando e Lita |
Comemora-se hoje o Dia Internacional do Idoso. Esta é uma excelente oportunidade para se refletir sobre a realidade do dia a dia das pessoas menos jovens. Para ser mais realista, direi das pessoas velhas. É preciso, julgo eu, empregar as palavras certas. Os velhos existem em número sempre crescente, graças aos cuidados com que os tratam e aos serviços médicos e sociais que lhes estão destinados. Ainda bem.
É certo que os velhos preferem viver no seio da sua própria família, em vez dos lares, muito embora nem sempre tal seja possível. De qualquer forma, o que importa é que eles se sintam bem, que tenham tempo disponível para se dedicarem àquilo de que gostam e que porventura nunca tiveram ocasião para levar à prática.
Os velhos necessitam de quem os ajude com atenção, mas nunca de atitudes marcadas por compaixões exageradas e por vezes ridículas. Digo isto por experiência própria. Afinal, com os meus quase 75 anos, não preciso de ajudas carregadas de lamechices, como se eu fosse inválido, que não sou.
Os velhos têm direito à sua dignidade, aos seus direitos, sem favores nem privilégios, no respeito pelo que são e foram, pelo muito que lhes devemos e pelos contributos que deram à sociedade. Mas também necessitam de aprender a envelhecer ativamente.
Daqui, deste meu recanto, saúdo todos os velhos que me leem, com votos de que aprendam ou reaprendam a viver, dando ainda o seu melhor, apoiando-se na riqueza que acumularam ao longo dos anos.
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