«Como uma pedra caída na superfície lisa das águas, origina círculos cada vez mais afastados do centro, diluindo-se também, assim, o catolicismo português; verificando ainda que, neste caso, os círculos tanto podem ser centrífugos como centrípetos. Tudo dependerá da consistência e atracção do núcleo central, isto é, da verdade, bondade e beleza com que realmente o Evangelho for vivido nas comunidades, nas famílias e nas várias realidades eclesiais.
Sabendo nós que o catolicismo tradicional, com que tantos portugueses se apresentam, consente em si mesmo muita sobrevivência pagã e muito relativismo contemporâneo, requer-se maior definição doutrinal e prática de quem se queira verdadeiramente católico e maior clareza e novidade no modo de apresentar o Evangelho de Cristo como possibilidade concreta de vida plena, em todos os sectores da existência pessoal, social e cultural.»
D. Manuel Clemente