"Na Igreja não deve haver temas tabus. Há problemas, por si não discutíveis dada a sua natureza. Não são muitos, mas, mesmo assim, podem-se reflectir, de modo aberto, para melhor se compreenderem e comunicarem. Muitos problemas da Igreja, trazem consigo uma carga histórica, que os foi sedimentando e, por vezes, os tornou dogmáticos e intocáveis. Precisam, agora, de ser abanados e confrontados com novas situações sociais e culturais, que lhes dêem vida e os tornem mais actuais, ricos e expressivos.
Nas últimas décadas, assistimos a mudanças na Igreja: reforma da Semana Santa, jejum eucarístico, missas vespertinas, ministérios laicais, relações ecuménicas, leigos na Cúria Romana e nas cúrias diocesanas… Coisas que pareciam intocáveis, mas não o eram.
João Paulo II mandou que fosse repensada a teologia e a história do primado, porque não queria que ele fosse obstáculo à unidade dos cristãos. Há hoje situações em retrocesso. Passam-se à margem do Vaticano II e de uma sã tradição, faltando coragem para reflectir em voz alta e em clima de comunhão."
António Marcelino
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