Deus é Família Solidária com a Ásia
1. Os séculos da aventura humana foram e são vividos como sentido de «procura». Uma procura que está revestida de desejo de aperfeiçoamento, aos mais variados níveis. Na fronteira de todas as concepções, tudo quanto é humano, a partir da riqueza de sensibilidade, se quer elevar acima da ordem física e tocável das coisas. Neste patamar mais elevado da experiência humana, toca-se o invisível e mesmo o indizível: Deus! Ou melhor, a justa compreensão possível de Deus… Os diferentes e variados livros sagrados, que o mundo não pode esquecer nem ocultar, pois são as grandes mensagens de que também somos fruto todos os dias, apresentam-nos essa diversidade de procuras e de encontros, em que a própria concepção de Ser Humano se vai aperfeiçoando na busca e no encontro do Ser Divino. Mesmo para os mais cépticos, a pergunta sobre «donde brota a esperança humana» faz-nos pensar sobre algo mais, acima de nós: não só um motor dinâmico do universo, é pouco! Mas sim uma concepção unitária e dignificante da vida humana.
2. No necessário e rico diálogo entre todas as concepções culturais e religiosas, mas no esforço de apuramento a partir da qualidade da Revelação, a visão cristã propõe um reparar na grandeza divina a partir da pequenez humana. O Cristianismo vem partilhar e dizer que Deus teve a coragem de assumir a Humanidade, que Ele não se satisfez ficando acima das nuvens, em silogismos filosóficos teóricos ou numa adoração dos astros celestiais, não! Ele, na Sua alteridade (como Outro que é) quis a totalidade e universalidade, vindo ao encontro (como) Humano, dizer-nos que cada pessoa humana tem uma dignidade única, irrepetível, divina. É esse encontro de Deus com o Ser Humano o Natal de todos os dias que quer gerar pontes de conforto, expectativa e esperança.
3. Este passado domingo, celebrou-se, após o culminar da Páscoa cristã, a verdadeira identidade de Deus: é Família! Deus não é solitário. Como Deus é Amor, o amor desdobrado na história constrói-se pelo diálogo, partilha, fraternidade, justiça, paz. Este encontro proporciona-nos o reconhecimento de que o ser humano só é feliz no amor, na beleza, na prática do bem, pois participa da beleza absoluta e infinita de Deus. Neste justo conhecimento de Deus como Família, a Humanidade recebe esse convite: Deus dá o exemplo, é Unidade na diversidade, é Tri-Unidade divina (Trindade). Na identidade própria de cada pessoa (os diversos três rostos da família divina), na unidade essencial que fortalece e multiplica o seu amor super-abundante. A pessoa do Filho (Jesus) veio dizer isto mesmo, corrigindo e aperfeiçoando muitas concepções mais justiceiras do temor dos tempos antigos.
4. Na pessoa do Filho, o Pai da família manifesta todo o seu amor, cada dia e em cada situação na justa medida. Os seres humanos, acolhendo a sua poesia e inspiração na consciência humana são convidados, na liberdade sagrada, à abertura da vivência do Seu Amor, que no hoje histórico se manifesta também para com os povos da Ásia. É bom sentirmos que os Monges tibetanos interromperam as manifestações de protesto contra a China e organizaram campanhas de oração e solidariedade para com as vítimas do terramoto. Que Deus-Família inspire esta bondade com alcance universal!
Alexandre Cruz
2. No necessário e rico diálogo entre todas as concepções culturais e religiosas, mas no esforço de apuramento a partir da qualidade da Revelação, a visão cristã propõe um reparar na grandeza divina a partir da pequenez humana. O Cristianismo vem partilhar e dizer que Deus teve a coragem de assumir a Humanidade, que Ele não se satisfez ficando acima das nuvens, em silogismos filosóficos teóricos ou numa adoração dos astros celestiais, não! Ele, na Sua alteridade (como Outro que é) quis a totalidade e universalidade, vindo ao encontro (como) Humano, dizer-nos que cada pessoa humana tem uma dignidade única, irrepetível, divina. É esse encontro de Deus com o Ser Humano o Natal de todos os dias que quer gerar pontes de conforto, expectativa e esperança.
3. Este passado domingo, celebrou-se, após o culminar da Páscoa cristã, a verdadeira identidade de Deus: é Família! Deus não é solitário. Como Deus é Amor, o amor desdobrado na história constrói-se pelo diálogo, partilha, fraternidade, justiça, paz. Este encontro proporciona-nos o reconhecimento de que o ser humano só é feliz no amor, na beleza, na prática do bem, pois participa da beleza absoluta e infinita de Deus. Neste justo conhecimento de Deus como Família, a Humanidade recebe esse convite: Deus dá o exemplo, é Unidade na diversidade, é Tri-Unidade divina (Trindade). Na identidade própria de cada pessoa (os diversos três rostos da família divina), na unidade essencial que fortalece e multiplica o seu amor super-abundante. A pessoa do Filho (Jesus) veio dizer isto mesmo, corrigindo e aperfeiçoando muitas concepções mais justiceiras do temor dos tempos antigos.
4. Na pessoa do Filho, o Pai da família manifesta todo o seu amor, cada dia e em cada situação na justa medida. Os seres humanos, acolhendo a sua poesia e inspiração na consciência humana são convidados, na liberdade sagrada, à abertura da vivência do Seu Amor, que no hoje histórico se manifesta também para com os povos da Ásia. É bom sentirmos que os Monges tibetanos interromperam as manifestações de protesto contra a China e organizaram campanhas de oração e solidariedade para com as vítimas do terramoto. Que Deus-Família inspire esta bondade com alcance universal!
Alexandre Cruz