domingo, 2 de abril de 2006

Morte de João Paulo II: um ano depois

Um farol para muitos de nós
A morte de João Paulo II, há um ano, não passou despercebida a ninguém, crentes, não crentes e indiferentes. A sua personalidade forte e por isso carismática marcou o nosso tempo de forma indelével. Mas os crentes, esses, sentiram de forma diferente a sua vida e o seu testemunho de fé. Um ano depois da sua partida para o Pai, não posso deixar de partilhar com os meus leitores quanto admirei (e ainda admiro) o Papa com quem mais me relacionei como homem e como católico interessado em lutar por um mundo melhor. Ao ler as suas encíclicas e outros documentos, ao ouvir a sua palavra em sentido de escuta, ao fixar-me nos seus olhos e nas suas expressões, continuo a experimentar uma certa tranquilidade. O arauto de Deus, o mensageiro da Boa Nova de Jesus Cristo e o lutador por uma sociedade mais justa e mais fraterna mantém-se presente no meu dia-a-dia, nos meus sonhos e projectos, mas também na minha fé em tempos de mais fraternidade universal. Afinal, o Papa peregrino de tantos horizontes, do diálogo entre gerações e entre religiões, o Papa da paz e da aproximação entre as pessoas, O Papa da libertação dos oprimidos e dos mais pobres dos pobres, dos jovens e dos mais velhos, o Papa do sorriso terno e do gesto simples, aí está entre nós. É bom, pois, recordá-lo neste dia em que celebramos a sua entrada definitiva na história dos homens e mulheres do nosso tempo, na certeza de que, por muitos e muitos anos, a sua palavra, escrita ou dita, permanecerá como farol para muitos de nós. Fernando Martins

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