sábado, 5 de fevereiro de 2005

IGREJA E MAÇONARIA

D. José Policarpo, Cardeal Patriarca de Lisboa, escreveu uma nota pastoral onde sublinha que "há muitas razões para que a Páscoa deste ano seja especial: o Ano da Eucaristia, a preparação do Congresso Internacional da Nova Evangelização, o desafio, cada vez mais exigente, a que os cristãos dêem testemunho da sua fé no seio da sociedade em que estão inseridos, mostrando que a fé em Jesus Cristo fundamenta a esperança e define critérios e ordens de valores na construção da cidade". No mesmo documento, o Patriarca de Lisboa aborda também a "longa e atribulada história" das relações "da Maçonaria com a Igreja durante os últimos três séculos, expressa em ataques, anticlericalismo, rejeição da dimensão misteriosa da fé e da verdade revelada, a que a Igreja respondeu com várias condenações, com penas de excomunhão para os católicos que aderissem à Maçonaria". D. José Policarpo refere que a fé católica e a visão do mundo que ela inspira não são compatíveis com a Maçonaria, acrescentando que um católico, consciente da sua fé e que celebra a Eucaristia, não pode ser mação. E se o for convictamente, não pode celebrar a Eucaristia, residindo a incompatibilidade nas visões inconciliáveis do sentido do homem e da história. Actualmente ainda existe uma luta entre a Maçonaria e a Igreja? O cardeal Patriarca responde: "não, nos termos em que se pôs no passado". Acentuou, no entanto, que não devemos "ser ingénuos" e garantiu que a Maçonaria, sobretudo em algumas das suas "obediências", lutará sempre contra valores inspiradores da sociedade que tenham a sua origem na dimensão sobrenatural da nossa fé". E conclui: "a expressão de uma visão laicista da sociedade assenta também sobre a falta de coerência dos cristãos com as implicações sociais da fé que professam e da Eucaristia que celebram".
Posted by Hello

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