Todos sabemos que há pensamentos que são extraordinárias lições de vida. Quando procurava umas fotos nos meus desorganizados arquivos encontrei estas. Bom fim de semana.
sábado, 20 de abril de 2024
sexta-feira, 19 de abril de 2024
Sara Raquel Reis da Silva - Um percurso académico notável
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Sara Raquel nas provas de agregação perante o júri |
Não é todos os dias que sabemos de provas de agregação de conterrâneos nossos nas Universidades Portuguesas ou Estrangeiras, abarcando os mais diversos saberes. E quem gosta dos que mais alto conseguem subir, nas áreas académicas, mas não só, não pode ficar indiferente ao labor de Sara Reis da Silva, que há anos tem estudado e trabalhado na Universidade do Minho.
Sara Raquel Duarte Reis da Silva, cujo percurso de vida académica, em especial, tenho acompanhado com respeito e muita admiração, prestou provas de Agregação, que decorreram nos últimos dias de fevereiro, em Braga, sobre o Ramo do Conhecimento em Estudos da Criança, Especialidade de Infância, Desenvolvimento e Aprendizagem. E a Sara Raquel, como era de esperar, foi aprovada por unanimidade, podendo, a partir de agora, lecionar em qualquer universidade na qualidade de docente altamente qualificada.
As minhas felicitações trouxeram-me à memória os seus trabalhos académicos refletidos em publicações, que mostram à saciedade um esforço notável, não só de investigadora, mas também de divulgadora do que se diz e sabe sobre crianças, que necessitam de ser acompanhadas nos primeiros anos de vida, rumo a uma formação integral.
Celebrar a cidade sem esquecer o passado
A Gafanha da Nazaré é cidade há 23 anos. Não é número redondo, mas nem por isso deixará de ser celebrada a efeméride. Freguesia em 1910, Vila em 1969 e Cidade em 2001. Posto isto, com ou sem foguetes, as nossas autoridades e o povo não deixarão de respeitar a data.
É certo que as efeméridas devem ser honradas no dia a dia pelos nossos comportamentos cívicos entre outros gestos sociais. Quando nos comportamos dignamente estamos a celebrar a nossa terra e o nosso povo. Coisa simples, afinal.
Há anos, evoquei o espírito de entreajuda vivido no dia a dia, nas mais diversas tarefas. A luta pela sobrevivência a isso obrigava.
Podem ler aqui.
quarta-feira, 17 de abril de 2024
Versos de Vidal Oudinot: Caldeirada
CALDEIRADA
... ... ... ... ... ...
«– Disseram-me e eu creio ser verdade
Que tens um jeito para a caldeirada
Como ninguém e, como novidade,
Quem provar esse manjar de fada...»
«Ria-se, ria. Há-de lamber-lhe os dedos,
Há-de chorar por mais e não rirá...
«– Mas dize lá: como se faz...»
«Segredos!...
Muitos segredos qu'isso tem, verá...
«Vamos. No rio há pouco vento agora.
Eu levo o meu rapaz, e no moliço
Bota-se a rede e é só puxar p'ra fora
Qu'é pescaria que já dá p’ra isso.
*
«Chegamos. Eh! rapaz de mil diabos
Tu lança a rede. Eu desenrolo-a e marco.
Bonda, Manuel, aí. Agarra os cabos...
Lance o senhor a vara e empurre o barco...
«Salte p'ra terra. Anda rapaz! T’aquenha!
E agora é só puxar. Vamos depressa.
Traze a marmita, a bilha d'água, a lenha,
Essa pimenta e o sal que não te esqueça.
*
«– Ricas enguias! Que tainha boa!
Linda manhã com este sol de Maio!
«Eh! Manuel andas c'a tola à toa!
Olh'esse barco qu'anda à rola, raio...
«Acende o lume enquanto amanho o peixe.
Cruze o senhor as varas... Nessa cruz
Pendure essa marmita. Agora deixe...
Há-de fazer-se um jantarão de truz...
«É só temp'rá-Ia bem. Não ficam mal
Miga's de pão. É bom?»
– «Eu nem te conto!
Nunca, na vida, comi cousa igual!
Mais outra malga, meu Francisco...»
«– Pronto.»
Na revista Aveiro e o seu Distrito, n.º 21, junho de 1976
terça-feira, 16 de abril de 2024
D. João Evangelista e Mestre Mónica
«Parece-me que respiro melhor, quando vou à Gafanha benzer os barcos de Mestre Mónica. Mas não é só o ar da ria que tem o dom de nos abrir os pulmões. É não sei que fulgor de abundância, de riqueza nacional, de vitorioso progresso que por ali passa e nos bate em cheio no peito. É um milagre de beleza que Mestre Mónica sabe extrair de troncos rudes, de matéria informe.
Quando passam os carros a gemer sob o peso morto daqueles pinheiros, quem imagina a elegância e a majestade, a doçura e a força, a maravilha e a arte que dali vão sair?
Vai, Ilhavense; vai, Santa Joana; vai, Santa Mafalda; vai, Avé-Maria, desce imponente a húmida calha, entra nas águas, encanta os mares, recolhe a presa, e depois, ao regresso, entra airosa na barra, ao som da orquestra, ao flutuar das bandeiras, à alegria das multidões!»
Aveiro, 5 de Abril de 1957.
JOÃO EVANGELISTA
Arcebispo-Bispo de Aveiro
NOTA: É sempre agradável ler a prosa poética de D. João Evangelista de Lima Vidal, primeiro Bispo da restaurada Diocese de Aveiro.
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segunda-feira, 15 de abril de 2024
Forte da Barra mais uma vez
O Google - Fotos estilizou esta minha fotografia. Eles, entendidos nestas artes, lá sabem as razões.
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