Sara Raquel nas provas de agregação perante o júri |
Não é todos os dias que sabemos de provas de agregação de conterrâneos nossos nas Universidades Portuguesas ou Estrangeiras, abarcando os mais diversos saberes. E quem gosta dos que mais alto conseguem subir, nas áreas académicas, mas não só, não pode ficar indiferente ao labor de Sara Reis da Silva, que há anos tem estudado e trabalhado na Universidade do Minho.
Sara Raquel Duarte Reis da Silva, cujo percurso de vida académica, em especial, tenho acompanhado com respeito e muita admiração, prestou provas de Agregação, que decorreram nos últimos dias de fevereiro, em Braga, sobre o Ramo do Conhecimento em Estudos da Criança, Especialidade de Infância, Desenvolvimento e Aprendizagem. E a Sara Raquel, como era de esperar, foi aprovada por unanimidade, podendo, a partir de agora, lecionar em qualquer universidade na qualidade de docente altamente qualificada.
As minhas felicitações trouxeram-me à memória os seus trabalhos académicos refletidos em publicações, que mostram à saciedade um esforço notável, não só de investigadora, mas também de divulgadora do que se diz e sabe sobre crianças, que necessitam de ser acompanhadas nos primeiros anos de vida, rumo a uma formação integral.
Cotejando a sua obra académica, que se estende desde “A identidade ibérica em Miguel Torga” até “Presença e Significado de António Pina na Literatura Portuguesa para a Infância e a Juventude”, compreenderá o trabalho incansável da Sara Raquel na área da investigação e divulgação a que se dedicou com enorme paixão.
Paralelamente aos estudos próprios de um curso superior, a Sara avançou para a publicação de trabalhos de sua autoria, que hão de ser, sem dúvida, excelentes fontes de estudo no meio universitário. “Entre textos”,“A identidade ibérica em Miguel Torga”, “Presença e Significado de Manuel António Pina na Literatura Portuguesa para a Infância e Juventude”, entre outros textos, são trabalhos dignos de nota. E continua, incansavelmente, a partilhar conhecimentos, que envolvem, direta ou indiretamente, a criança, nas fases fundamentais da sua existência.
Entretanto, ouso referir “Dez Reis de Gente… e de Livros”, “Clássicos da Literatura Infantojuvenil em Forma(to) de Livro-Objeto”, entre outros, destinados ao mundo universitário e a todos os que, direta e indiretamente, lidam com crianças ou se interessam por elas, sob o ponto de vista profissional ou familiar.
Permitam-me que sublinhe ainda, “Entre Textos — Perspectivas sobre a Literatura para a Infância e Juventude”, “De Capuz, Chapelinho ou Gorro — Recreação de O Capuchinho Vermelho na Literatura Portuguesa para a Infância” e “Encontros e Reencontros — Estudos sobre Literatura Infantil e Juvenil”.
A Sara Raquel não se limitou a estudar tudo o que considerou fundamental para a sua formação académica e profissional, mas foi mais além, partilhando o que considerou mais expressivo, para a valorização de futuros educadores ou estudiosos dos temas em causa.
Os meus parabéns.