no Diário de Notícias
Continuamos com os pedidos em nome de Deus feitos pelo Papa Francisco.
4. Em nome de Deus peço uma política que trabalhe para o bem comum.
Penso que a Política, com maiúscula, como diz Francisco, constitui um dos serviços mais prestimosos e também mais exigentes, que quase requer a santidade. Por isso, quando vejo tantos, tantos, tantos... na corrida para um lugar na política, prestando-se até a comportamentos por vezes ridículos, se me perguntam se eu acredito que a maior parte o faz para prestar esse serviço ao bem comum, respondo sinceramente: não. Há outros motivos; disse-o quem sabe, Henry Kissinger: "O poder é o maior afrodisíaco".
Francisco escreve que acredita numa política que "nunca perde de vista o bem comum, o seu verdadeiro e primordial objectivo", mas que também sabe que para alguns "a política se escreve com minúscula e se transformou numa má palavra": "Pensa-se nas vantagens", no "quanto me dá", e aí está "um dos males que mais a danificam - a corrupção". "Não é ilegal que um ser humano se sinta atraído pelo dinheiro, as viagens em primeira classe, as mansões, mas convoco a que na Política se envolvam só os que podem viver com sobriedade e austeridade no seu dia a dia."