sábado, 21 de janeiro de 2023

UMA AVÓ DA MINHA INFÂNCIA

 


Há anos, alguém teve a gentileza de me oferecer esta fotografia, como sendo de uma gafanhoa dos tempos dos nossos avós. Por essa altura, ainda conheci muitas velhinhas que se vestiam assim, sobretudo se eram viúvas. Depois, as mulheres deixaram de usar chapelinho (acho que era assim que se chamava) e o xaile também passou de moda. 
Esta velhinha, de luto pesado, com chanatos, meias grossas, saia e blusa pretas e avental da mesma cor, com lenço a cobrir todo o cabelo, era, realmente, uma mulher conformada com a vida. 
Haja uma, ao menos, que se apresente assim no nosso Etnográfico. Mas que não seja uma moça jovem, que naqueles tempos as raparigas já não se apresentavam desta maneira.

NOTA: Não conheço a origem da foto. Não há quem me possa ajudar?

A HERANÇA DE BENTO XVI

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias 

Na presente crise gigantesca da Igreja, impõe-se continuar com a reforma que o Papa Francisco pôs em marcha. Para ela, há que contar também com contributos e reflexões de Bento XVI, apesar das duras críticas que justamente se levantam contra ele. Não se pode esquecer que a primeira herança a ter em conta é justamente Francisco. Repare-se em algumas dessas reflexões, que mostram não ser possível contrapor pura e simplesmente Francisco e Bento XVI. Ficam aí alguns exemplos.

CASA GAFANHOA MERECE UMA VISITA


A Casa Gafanhoa merece ser visitada por todos os gafanhões, mas não só. Sei que algumas escolas aproveitam as visitas para os alunos ficarem com uma ideia da vida de outros tempos, mas há muita gente que passa indiferente pela casa que foi de um gerente e sócio de uma empresa ligada ao bacalhau, Virgílio Ribau, cuja esposa, Maria Merendeiro, era agricultora.
As visitas podem ser feitas às quartas-feiras, da parte da tarde, ou a pedido.

Na imagem, pode apreciar-se o poço de rega, a sala do Senhor e a cozinha.

Contactos: 234 040 938 ou 911 599 733

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

EÇA DE QUEIRÓS PROFETA?


«Portugal tem atravessado crises igualmente más — mas nelas nunca nos faltaram nem homens de valor e carácter, nem dinheiro ou crédito. Hoje crédito não temos, dinheiro também não […] e os homens não os há, ou os raros que há são postos na sombra pela política.»

Eça de Queirós, Correspondência (1891)

Publicado na revista LER há anos

JESUS ANUNCIA O DEUS DA MISERICÓRDIA

Reflexão de Georgino Rocha 
para este fim de semana

Um mundo em que haja paz

Os nazarenos ouviram notícias acerca de Jesus e sentiam-se orgulhosos. Finalmente um “filho” da terra tinha nome e fama. De Cafarnaum, sobretudo, provinham comentários muito abonatórios e religiosos. E Jesus lembra-os no comentário tenso ocorrido na sinagoga após a proclamação do «manifesto do Reino» feita a partir do texto de Isaías. “Faz também aqui na tua terra o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum”. Finalmente, alguém podia “resgatar” a memória das vítimas trucidadas pela repressão romana e fazer ressurgir a consciência e a dignidade da autonomia “nacional”.
Orgulhosos acolhiam Jesus nas visitas que fazia à terra natal, depois do início da missão em público. A fama credenciava a recordação agradável da vida em família, da convivência com a vizinhança, do cumprimento dos preceitos religiosos, na simplicidade na arte de ganhar ao pão e de fazer algo socialmente útil. Acolhiam e gostavam de o ouvir falar, pois dizia “palavras cheias de graça” de que suscitavam pergunt7as existenciais.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

EUGÉNIO DE ANDRADE NASCEU NESTE DIA

Homenagem a um grande poeta



POEMA DE INVERNO

Veio de longe, e mal chegou
partiu para mais longe ainda:
só o tempo justo para fazer
das águas dormentes do meu trôpego
coração
um rumor de sílabas matinais.

Como toda a gente que partilha
com luz a sua vida
era muito inocente, trazia do local
onde nascera
o ardor das coisas do mar.

Não sei de alegria tão pura
como a que morava nas molhadas
pedras dos seus olhos,
e baila ainda nas chamas
em qualquer lugar da casa.
Ao fim da tarde, o canto
do pequeno pássaro e o vento diziam
a mesma coisa: não deixes  o incêndio
do deserto invadir-te o coração.
Sem que tu o suspeites, sequer.

Eugénio de Andrade
(1923-2005)

In "POESIA "

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

GAIVOTA COM SORTE

 

A gaivota que me permitiu fazer este registo esteve ali bastante tempo, fixada decerto num panorama fascinante. De outra forma, teria levantado voo e procurado outro ponto ainda mais alto para se deslumbrar. Deixei-a tranquila e fui à minha vida, com pena de não poder imitá-la, de um momento para outro.

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