terça-feira, 21 de junho de 2022

Chegou o Verão



Chegou o Verão. Veio no dia certo, 21 de Junho, e terminará em Setembro. Isto, segundo o que determina o estabelecido. E vamos aproveitá-lo ao máximo porque não sabemos o que nos reserva o futuro. Com as alterações climáticas provocadas pelo homem, não sabemos realmente o que nos oferece este Verão.
Tempo de lazer, de festas, de praia, de campo, de convívios, de descanso, de passeios, de leituras, de encontros e desencontros, de tudo um pouco, mas será também um tempo de reflexão com vista a um futuro de mais paz.
Bom Verão para todos, com saúde e otimismo

segunda-feira, 20 de junho de 2022

Os melhores do mundo

Crónica de Bento Domingues
no PÚBLICO de domingo

1. Junho é um mês muito português. No dia 10, celebramos o Dia de Portugal, de Camões, das Comunidades Portuguesas e a festa litúrgica do Anjo da Guarda de Portugal. Os dias 12 e 13 são dedicados a Santo António, o santo português mais conhecido em todo o mundo. No dia 24, celebramos S. João Baptista, no dia 29, a festa de S. Pedro. Há uma rima que sintetiza este mês: “Primeiro vem Santo António / depois, S. João / por fim, vem S. Pedro / para a reinação”.
Este ano, também no dia 10, o Presidente da República homenageou, em Londres, um grande nome da pintura portuguesa conhecida em todo o mundo, Paula Rego, falecida a 8 deste mês (1935-2022) e anunciou que será condecorada a título póstumo em Lisboa.
Foi um outro Presidente da República, Jorge Sampaio, que convidou Paula Rego para contar a história de Nossa Senhora para a capela do Palácio de Belém que aceitou de imediato: “Desde que comecei a pintar que estava à espera desse convite”. Pouco tempo depois, nascia o Ciclo da Vida da Virgem Maria.
No Museu da Presidência da República, no Palácio de Belém, está patente ao público uma exposição dedicada a Maria de Lourdes Pintasilgo (1930-2004) sobre o seu percurso de cidadã na esfera pública. Foi sempre uma católica militante.
Desde o dia 6 de Junho, no âmbito das comemorações do centenário de José Saramago (1922-2010), a Biblioteca Nacional apresenta uma mostra bibliográfica e documental que celebra o percurso de escrita do autor, com o título A Oficina de Saramago.

sábado, 18 de junho de 2022

RIA DE AVEIRO vista por Murilo Mendes

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Eis os longos lençóis brancos das salinas mais o inesperado jardim de palmeiras desta sem cartazes Aveiro, exótica no contexto da geografia portuguesa. Salinas e palmeiras! A bordo dum barco minúsculo, giramos a delícia de descobrir, na claridade gratuita, pequena franja de Oriente inserido num plano de paisagem da Holanda. O barqueiro seguro em camisa da Nazaré manobra servindo-se de mínimos calculados gestos.
Quase salta ao nível da rua o peixe azul ou vermelho.
As não-inquietantes aveirenses riem recíprocas, quem sabe saberão a sal.
Nada electrónico, nada «arrabbiato», esconjurando eventualmente o mal do século nuclear, na distante Aveiro, sem haveres, em outra dimensão política, eu viveria saboreando ovos moles, atento aos longos e longes lençóis brancos de sol cómodo e suas salinas.

Roma, 1966
MURILO MENDES


Murilo Mendes (1901-1975) haverá escrito os seus versos, denominados «Aveiro», em 1966. Casado com Maria da Saudade Cortesão, filha de Jaime Cortesão – outro nome a ilustrar uma antologia aveirense –, é de crer que o Poeta visitasse a cidade das «salinas palmeiras» vindo de S. João do Campo, nos aros de Coimbra. A reger em Roma a cadeira de estudos brasileiros, não se torna despropositado supor que, num período de férias em Portugal, demandasse uma urbe tão próxima do ninho familiar.

In "Aveiro e o seu Distrito"

O Papa Francisco vai resignar?

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

É evidente que o Papa Francisco foi e é uma bênção para a Igreja e para o mundo e a História não vai esquecê-lo.

A notícia percorreu mundo e nenhum dos grandes meios de comunicação social internacionais terá ignorado a notícia sobre a possibilidade de o Papa Francisco resignar em breve, abrindo caminho à sua sucessão à frente da Igreja Católica. Isso concretamente a partir do momento em que foi visto numa cadeira de rodas e em que se viu obrigado a adiar a sua viagem nos princípios de Julho à República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul.
Para os rumores sobre a renúncia contribuíram sobretudo três factores.
Em primeiro lugar, sabe-se que Francisco está doente, sofre concretamente de dores no joelho da perna direita, que o impedem de estar em pé e o obrigam a andar em cadeira de rodas e de bengala. Ora, ele próprio já dissera a propósito de uma operação ao intestino: "Sempre que o Papa está doente corre brisa ou furacão de conclave"; de qualquer forma, acrescentou, "não lhe tinha passado então pela cabeça renunciar." De qualquer modo, já em 2014 afirmou que "Bento XVI não é caso único", o que faz pensar que não exclui a resignação no caso de se sentir impossibilitado de exercer o cargo.

COSTA NOVA com arte

 

A foto já tem uns anos e porque gosto dela  aqui a  partilho com os meus leitores e amigos. Com a pressa de tomar um café com uma nata quentinha, ou um refresco em dia de calor, nem sempre apreciamos a arte que enobrece os espaços de lazer das terras  que visitamos. 

sexta-feira, 17 de junho de 2022

Toma a tua cruz e segue Jesus

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo XII do Tempo Comum

Seguir Jesus é ter capacidade de escutar o que se diz e pensa a respeito da missão realizada, acolher as respostas diferenciadas, reencaminhar as imagens desfocadas para o autêntico sentido da mensagem transmitida.

“Sabes qual é a maior mentira do mundo?” – pergunta uma jovem, em tom jocoso, ao falar das redes sociais e de algumas páginas da web, e continua: “marcar no quadradinho «aceito as condições e os termos de uso» que normalmente aparecem como requisito para quem queira inscrever-se nas referidas redes e foros de opinião. Coloca a marca sem haver lido essas condições por estarem em letra muito pequena, miudinha, e serem extensas. Mas as pessoas dão-lhes pouca importância porque o que lhes interessa é entrar na rede e formar parte da grande família de cibernautas”.
Esta historieta pode ajudar-nos a captar o centro da mensagem deste domingo. Jesus, após um tempo de missão e em clima de oração, faz um levantamento do que se pensa a seu respeito: primeiro, os comentários que chegam aos discípulos e, depois, a atitude pessoal de cada um deles. Pedro acerta em cheio, identificando-o como o Messias de Deus. Segue-se uma lista de recomendações e de condições que correspondem ao desejo de seguir Jesus. Esta série termina: “quem quiser ser meu discípulo, tome a sua cruz e siga-me”. Lc 9, 18-24.

quinta-feira, 16 de junho de 2022

Gado bravo a caminho do Algarve


 Se há região do país que gostaria de conhecer com riqueza de pormenores, o Alentejo estaria no primeiro lugar. Conheço de passagem algumas cidades e povoações, mas não consegui passar daí. O Alentejo  profundo, de que tanto se fala, permanece nos meus horizontes, mas a fé de isso acontecer está a esvair-se. O tempo vai passando e as forças já não são o que eram. Vem isto a propósito desta fotografia registada por mim, há anos, numa bomba de gasolina, onde abasteci o depósito, rumo ao Algarve. 
A manada de gado bravo estava longe,  mas eu não resisti e fixei-a para a posteridade. Hoje, passados nem seu quantos anos, partilho-a com gosto com os meus leitores e amigos. E fica para mim o prazer e a saudade do momento.