A Conferência Episcopal Alemã revelou, nos finais de junho, que, em 2019, cerca de 270 mil alemães abandonaram a Igreja Católica, um número que cresceu 26% em relação ao ano anterior. Também na Diocese de Aveiro, um inquérito revelou que, desde 2001, a prática dominical caiu 44%, o que corresponde a cerca de 30 mil pessoas. No nosso caso, o Pe. Licínio Cardoso, coordenador da pastoral da diocese, relacionou o facto com a demografia e taxa de natalidade, reconhecendo ainda que as assembleias estão cada vez mais envelhecidas, o que o leva a considerar a premência de um trabalho de recuperação, a vários níveis, a começar pela formação cristã.
Tenho dito e lido que a presente pandemia conduzirá a Igreja, não a uma porta sem saída, mas à descoberta de novas portas que a reposicionem na caminhada urgente, rumo a desafios pastorais inovadores, talvez nunca pensados, mas capazes de vencer barreiras jamais tentadas em profundidade, de que são exemplo as transmissões televisivas de Eucaristias e outras cerimónias.