segunda-feira, 1 de junho de 2020

Dia Mundial da Criança


Celebra-se nesta data, 1 de junho, o Dia Mundial da Criança, com diversas atividades que lhe são dedicadas. As Nações Unidas aprovaram a 20 de novembro de 1959 a Declaração dos Direitos da Criança, com o objetivo de chamar a atenção do mundo inteiro para a importância que os mais novos devem merecer a cada um de nós. Esta verdade nem se discute, ou não deve discutir-se, de tão evidente ser  para quem acredita que o futuro depende da forma como elas são educadas e preparadas para a vida. 
Sendo uma questão indiscutível, não podemos deixar de reconhecer que a educação das crianças enfrenta inúmeras dificuldades. Num mundo da abundância, não falta quem passe fome e quem viva o inferno na terra. Mundo injusto e egoísta este em que estamos mergulhados... Uns com tanto e sem olhos para olhar para o lado onde grassa a fome e a miséria, a par de comportamentos de consumismo, de desperdício e de ódios, de explorações e de ganâncias, sem ter em conta quem tem de sobreviver com salários baixíssimos. E são as crianças as maiores vítimas da nossa sociedade. 
Se calhar, até haverá umas prendinhas para as crianças, umas roupinhas que escaparam aos caixotes do lixo, uns bolinhos para adoçar a boca de algumas, um livrinho sobre famílias a quem nada falta e que servirão para manter viva a chama da felicidade a que só alguns podem aceder. E amanhã já passou o dia da criança. É pena 

F. M.

domingo, 31 de maio de 2020

Alcobaça




Em domingo tranquilo, ainda em tempo de quarentena, que os conselhos aos mais velhos não abrandaram, resolvi recordar momentos agradáveis. Hoje fui de abalada à procura de sítios onde fui feliz, o que acontece quando visito marcas da nossa história pátria. Em Alcobaça, evoquei a gesta do nosso primeiro rei. Passem pelo Google. Ficam três fotos como ponto de partida. 

Primeiro Prior



O nosso primeiro prior. Um gafanhão de antes quebrar que torcer. Um homem determinado e com visão de futuro.

A loucura mundana e o dom da sabedoria

Crónica de Bento Domingues no PÚBLICO

Já estou a prever o lamento tardio se as coisas correrem mal pela insensatez pessoal ou de grupo: o desconfinamento foi muito precipitado!

1. O título desta crónica foi-me imposto por algumas reacções a vários acontecimentos locais e globais – uns mais recentes e outros mais antigos – de consequências que não são fáceis de apagar.
O mais recente, a covid-19, obrigou muita gente a tornar-se monge trapista à força e outra a descer à cova de modo clandestino, sem poder despedir-se de familiares ou amigos.
Vivemos, agora, a febre de recuperar o exercício da liberdade que o medo, as leis e as normas de alguns Estados e Religiões condicionavam. Não falta quem receie que esta febre se transforme num libertário exercício de alguma estupidez ou acentue as dificuldades dos chamados “bairros sociais”, onde as condições de habitação e de circulação, que o trabalho exige, criem novos focos de expansão da pandemia. Pelos vistos, é menos arriscada uma viagem a Marte do que o percurso de um pobre para os seus locais de trabalho diário.
O primeiro-ministro formulou, no entanto, um princípio de sabedoria prática que mantém toda a sua pertinência: “O primeiro dever, de cada uma e de cada um de nós, é cuidar do próximo. É o de evitar que, por negligência, por desconhecimento, ponhamos em risco a saúde do outro.”

A Torre de Babel e o Pentecostes

Crónica de Anselmo Borges no Diário de Notícias 

"O fruto mais excelente do Espírito é o amor unido à benignidade, à bondade, à fidelidade e à mansidão"

Celebra-se hoje, na liturgia católica, a festa do Pentecostes, o acontecimento inaugural da Igreja cristã, que irradia luz fulgurante também para os tempos que estamos a viver, tempos de penúria e de noite, penúria no sentido do verso famoso de Hölderlin: "Wozu Dichter in dürftiger Zeit?" (Para quê poetas em tempo de penúria, indigência mais funda e abrangente do que a meramente económica?).
O Pentecostes apenas alcança a sua compreensão adequada em contraposição com Babel, o acontecimento mítico tão conhecido, descrito no livro do Génesis. É um mito, mas o mito transporta consigo uma verdade fundamental, "dá que pensar", como escreveu o grande filósofo do século XX, Paul Ricoeur.
Diz a Bíblia que Javé, ao ver a maldade grande dos homens sobre a Terra, maldade que não deixava de crescer, se arrependeu de ter criado o Homem e se sentiu magoado no seu coração. Por isso, mandou o dilúvio, mas Deus renovou a sua aliança com Noé e com a criação inteira, aliança figurada ainda hoje, ainda que de forma ingénua, no arco-íris, unindo o Céu e a Terra.

sexta-feira, 29 de maio de 2020

Jardim nas nuvens


Não é o nosso mar, por estranho que pareça, com jardim a decorá-lo. É um jardim por cima das nuvens. Uma bela oferta da natureza que não deixa de nos surpreender. No Caramulo, em dia límpido. 

Homem sensato, Homem insensato

"O homem sensato adapta-se ao mundo. 
O homem insensato insiste em tentar adaptar o mundo a si. 
Sendo assim, qualquer progresso depende do homem insensato" 

Bernard Shaw (1856-1950), dramaturgo

No PÚBLICO -Escrito na Pedra