sexta-feira, 25 de outubro de 2013
A honra e a lei
"A honra proíbe ações que a lei tolera"
Séneca (4 a.C.-65 d.C.)
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Poesia para este tempo
CANÇÃO DE OUTONO
No jardim deserto,
Já Novembro perto,
Desfolhei as rosas últimas a dar,
Joias maltratadas,
Rosas desfolhadas!
Só o seu perfume vai ficar no ar.
Recolhi versos
– Breves universos –
Que atirara ao vento para os espalhar.
Queimei-os, rasguei-os.
Secaram-me os seios…
Só rimas e ritmos vão ficar no ar.
Saudades, lembranças
De vãs esperanças,
Fiz covais no peito para os enterrar.
Nada mais me importa.
Fechem essa porta!
Só um pó doirado vai ficar no ar.
José Régio
No “Música Ligeira”
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
A nossa ria sempre presente
A nossa ria está sempre em cada um de nós. Barcos, barquinhos, navios, velas, mastros, moirões, pontes, água e casario que a envolve enchem-nos o espírito. Em dia de chuva, que é também um convite ao recolhimento e à organização de arquivos eternamente em desalinho, descobri esta foto que aqui partilho.
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quarta-feira, 23 de outubro de 2013
O Búzio
Este búzio nada tem a ver com o da estória que o Padre Resende conta. Mas que seria semelhante, lá isso seria |
«Tão pobrezinha [a primeira capela] que estava desprovida de torre, ou simples campanário, e de sinos.
Sem campanário, sem sinos… Como remediar a falta? Como convocar os fiéis para a santa Missa, para o exercício do culto divino?
Tem o seu quê de regional e de poético a maneira como remediaram a falta e como convocavam os fiéis ao templo. No dealbar do dia, ou à tarde ao mergulhar suave e majestoso do sol nas águas do Oceano, conforme a convocação se fizesse para o Santo Sacrifício ou para as orações da manhã ou da noite, um repolhudo gafanhão, improvisado de sacrista, dirigia-se para o templozinho cheio de misticismo, descalço, de cuecas a cair sobre a rótula, cingidas pelo cós com um só botão às ancas espadaúdas. De barrete pendente sobre as orelhas, contas ao pescoço sobre a baeta da camisola, e de gabão velho, esburacado, deixava fustigar pelo vento da madrugada as canelas magras e nuas.
Este bom e anafado gafanhão, ia eu dizendo, assim descrito, tal qual era na primitiva Gafanha, soprava desesperadamente num enorme búzio, cujos sons cavos, profundos e compassados, iam quebrar-se de encontro às cordilheiras solitárias e silenciosas das dunas, ou espraiar-se pela argentínea superfície do oceano infindo.
E daquele rosto, congestionado e entumecido pelo esforço pulmonar, emergiam uns olhos a saltar das órbitas, a completar um quadro que bem lembrava Neptuno, na solidão das águas, a tirar da enroscada concha vozes cavernosas, a fazer sair dos abismos e das ondas toda a caterva de malignos tritões, a chamar os deuses marinhos para o diabólico conciliábulo de algumas desgraças, ou de alguma tragédia marítima.»
João Vieira Resende,
Na "Monografia da Gafanha"
Diocese de Aveiro em Missão Jubilar
Novas atividades até ao Natal
«“As bem-aventuranças constituem um texto incontornável do Evangelho. São mensagem central da boa nova de Jesus. Apresentam uma proposta de paradigma para uma vida feliz e para um horizonte humano e social com sentido”, explica D. António Francisco dos Santos, bispo de Aveiro.
Segundo o prelado, o tempo atual é “marcado pelo individualismo” e muitos consideram que a felicidade constrói-se através de “coisas materiais”, “alcançando objetivos meramente pessoais” mas “a felicidade não se pode comprar” porque “é expressão de vidas conseguidas, de vidas com projeto, de vidas com sentido”.»
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Humanizar a Sociedade
O mais recente livro de Georgino Rocha
O mais recente livro do Padre Georgino Rocha — Humanizar a Sociedade - Responsabilidade de todos - Contributo dos mais vulneráveis — vai ser lançado no próximo dia 30 de outubro, quarta-feira, pelas 17 horas, no Auditório da Livraria da Universidade de Aveiro. Este trabalho publicado pela Cáritas Portuguesa, tem prefácio do Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, vai ser apresentado por João César das Neves, docente de Economia da Universidade Católica Portuguesa. No final, o autor autografará o seu livro a todos os interessados.
terça-feira, 22 de outubro de 2013
O Marnoto Gafanhão — 13
Um texto inédito de Ângelo Ribau Teixeira
Outras
leituras
Outro caso que
nunca me pareceu bem explicado foi o facto de José (marido, companheiro?) de Maria. Continuando as minhas
leituras não encontrei resposta para esta pergunta que me fazia! Um dia ao ler
a história de uma mulher que foi apedrejada por ter engravidado sendo solteira
(isto no tempo de Jesus, o que ainda agora se verifica para aquelas bandas)
levou-me a pensar que José terá sido um simples companheiro de Maria, para lhe
evitar dissabores e ajudar no sustento da casa já que nem todos os judeus
acreditavam na história do Espírito Santo.
Fiquei-me com
estas minhas explicações, meditando se haveria outras mais plausíveis. Se as
houvesse, viria a descobri-las. E a leitura da bíblia continuou. Eu não poderia
perder tempo se quisesse acabar a sua leitura.
Entretanto
mudei de assunto — quero dizer, de leitura — para outra que não fosse tão maçuda.
Eram só desgraças e pecados.
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