terça-feira, 10 de setembro de 2013

O Marnoto Gafanhão — 7

Um texto póstumo de Ângelo Ribau

A safra terminou




A safra já ia comprida e alguns moços começavam a reclamar. É que eles eram “ajustados” por safra e não havia outro prazo de prestação de serviço. Enquanto as marinhas fizessem sal, eles tinham de cumprir! Por isso quando a safra era comprida, alguns anos havia marinhas que apareciam “alagadas”. Era fácil, bastava alguns moços juntarem-se durante a noite, abrirem as bombas de tubo, deixarem-nas abertas e quando na manhã seguinte chegassem às marinhas, encontravam-nas cheias de água da ria… e então não havia mais nada a fazer. Com o verão a terminar, as temperaturas a baixar, era o fim.
E assim sucedeu. Chegados à marinha no dia seguinte, foi retirado o sal que se encontrava aproveitável, dos tabuleiros para os montes. Começaram a limpar a marinha, que se encontrava muito suja e de difícil limpeza. Pela tarde começaram de novo as nuvens de trovoada a aparecer do lado da serra.
  Toca a arrumar as alfaias e vamos embora que isto não está nada bom! Se amanhã continuar a trovoada acaba-se com a marinha…  diz o marnoto desgostoso!
No dia seguinte voltaram as trovoadas e o marnoto, depois de consultar os seus vizinhos da “corte”, resolveram terminar com a safra. Agora era só achegar as “mancheias” (pequenos montes de sal), cobri-las e estava terminada a safra. Os moços mostravam-se satisfeitos. Finalmente iriam receber o que tinham contratado e tentar arranjar trabalho noutro sítio.

(Continua...)

Nota: Hoje mais curto, para se iniciar novo capítulo na próxima semana.


Alunos da Fundação Prior Sardo apresentam fotografias

Centro Cultural de Ílhavo





No dia 9, pelas 21.30h, no Centro Cultural de Ílhavo, foi inaugurada a III Exposição anual de fotografia dos alunos da Universidade Sénior da Fundação Prior Sardo. Esta mostra está inserida na Semana da Maioridade/2013, organizada pela Câmara Municipal de Ílhavo.
Os trabalhos agora expostos já estiveram no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, Galeria Perlimpimpim na Vagueira e no Hotel da Pateira de Fermentelos, no encerramento da época 2012/13. Merecem, sem dúvida, ser apreciados, ou não fossem eles da autoria da nossa gente.... 

Aniversário da Biblioteca de Ílhavo




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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Dia de Férias - Vagos e Praia de Mira

Senhora de Vagos
Dia de férias, isto é, sem preocupações de maior, ou fugindo delas por uns momentos, que não é fácil ignorar o que se passa à nossa volta. Eu e a minha Lita lá fomos por aí, sem pressas, por estradas raramente andadas, entre pinheiros e casarios, com mar à vista. E a primeira paragem foi no Santuário da Senhora de Vagos, das minhas ancestrais raízes, que as da Lita estão fixadas em Pardilhó e, provavelmente, em Válega, dúvida que haveremos de investigar, para bem da verdade.
Encomendámos a  família à Senhora de Vagos, que sei estar atenta às nossas inquietações humanas, como mãe zelosa que é.
Olhámos para Vagos como quem perscruta rostos e sentimentos de gentes que me deram o ser gafanhão. Percorremos aldeias, apreciámos a evolução das terras vaguenses, com comércio e indústria, casario, agricultura e ares despoluídos...  uma demonstração de desenvolvimento sustentado. Outros dirão que não é assim, mas foi assim que eu vi a terra dos meus avoengos. Também tentámos encontrar um amigo, mas não foi possível. Ficará para uma próxima visita.

Saltámos para Mira, 
como estava previsto... 
O dia estava agradável e as pernas portaram-se bem. 


domingo, 8 de setembro de 2013

“Gafanha da Nazaré: Memória Histórico-Antropológica”

Lançamento de um livro de Júlio Cirino

Júlio Cirino na hora dos autógrafos

Participei, na sexta-feira, 6 de agosto, na Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, no lançamento do mais recente livro do Júlio Cirino — “Gafanha da Nazaré: Memória Histórico-Antropológica”. A sessão decorreu na biblioteca, com a presença de cerca de 250 pessoas, interessadas decerto em conhecer retalhos significativos da vida dos nossos antepassados, contados com realismo e verdade, depois de oito anos de intensas e profícuas pesquisas, conversas, leituras e muitos encontros com gente que tinha e tem algo para contar.
A sessão foi animada pelo grupo Portas d’Água e pelos corais da Associação do Porto de Aveiro e da Escola Secundária, que é também a sede do Agrupamento de Escolas da Gafanha da Nazaré. Grupo e corais de que o Júlio é membro ativo, o que define a sua capacidade de trabalho e de envolvimento cultural, para além das competências desportivas e outras que possui. Houve ainda leituras de algumas passagens do livro, bem como uma intervenção minha, sobre a qual terei a oportunidade de escrever, mais desenvolvidamente, num futuro próximo.

A Educação e a Vida

"A educação exige os maiores cuidados, porque influi sobre toda a vida"

Séneca (-4/65), filósofo e escritor da Roma Antiga

No PÚBLICO de hoje

Nota: Infelizmente, não é preciso grande esforço para compreender como esta verdade, tão simples, tem sido ignorada por tantos ao longo dos séculos.

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Paz na Síria e no mundo

Papa Francisco pede perdão, diálogo e reconciliação na vigília de oração pela paz na Síria e no mundo







"O papa Francisco pediu o perdão, o diálogo e a reconciliação durante a intervenção que proferiu na vigília de oração pela paz na Síria e no mundo, que decorre no Vaticano este sábado, até à meia-noite.

«Quando o homem pensa apenas em si próprio, nos próprios interesses e se põe no centro, quando se deixa fascinar pelos ídolos do domínio e do poder, quando se coloca no lugar de Deus, então rompe todas as relações, destrói tudo, e abre a porta à violência, à indiferença ao conflito», vincou.

Perante milhares de pessoas presentes na Praça de S. Pedro, o papa afirmou que quando o homem «destrói a harmonia com a criação», «o irmão a proteger e a amar torna-se o adversário a combater, a suprimir».

«Em toda a violência e em todas as guerras, fazemos renascer Caim. Todos nós! E ainda hoje continuamos esta história de confronto entre irmãos, ainda hoje levantamos a mão contra quem é nosso irmão», apontou Francisco, referindo-se ao primeiro livro da Bíblia, o Génesis, que narra o homicídio de Abel por parte de Caim."

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