Lançamento de um livro de Júlio Cirino
Júlio Cirino na hora dos autógrafos |
Participei, na sexta-feira, 6 de agosto, na Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, no lançamento do mais recente livro do Júlio Cirino — “Gafanha da Nazaré: Memória Histórico-Antropológica”. A sessão decorreu na biblioteca, com a presença de cerca de 250 pessoas, interessadas decerto em conhecer retalhos significativos da vida dos nossos antepassados, contados com realismo e verdade, depois de oito anos de intensas e profícuas pesquisas, conversas, leituras e muitos encontros com gente que tinha e tem algo para contar.
A sessão foi animada pelo grupo Portas d’Água e pelos corais da Associação do Porto de Aveiro e da Escola Secundária, que é também a sede do Agrupamento de Escolas da Gafanha da Nazaré. Grupo e corais de que o Júlio é membro ativo, o que define a sua capacidade de trabalho e de envolvimento cultural, para além das competências desportivas e outras que possui. Houve ainda leituras de algumas passagens do livro, bem como uma intervenção minha, sobre a qual terei a oportunidade de escrever, mais desenvolvidamente, num futuro próximo.
Apraz-me salientar que não me surpreendeu a participação de tanta gente no lançamento deste livro, como de outros, na nossa terra, o que mostra à saciedade, quanto o nosso povo aprecia a cultura, sobretudo a que dimana das gentes gafanhoas. Isto quer dizer que muitas vezes se menosprezam os nossos artistas, que os temos, de facto, provavelmente por não serem suficientemente divulgados e acarinhados como merecem.
Tenho sentido que a história da nossa terra e suas gentes, tema que o Júlio Cirino escalpelizou com cuidado e graça, desperta enorme curiosidade, tanto nos jovens como nos menos jovens. O esforço inumano que nos primórdios da vida nestes areais inóspitos foi protagonizado pelos nossos antepassados é bem conhecido de todos, porque ficou registado, de forma indelével, nos genes dos que lhes sucederam e dos que, entretanto, foram assumindo esta terra como sua.
Saúdo o Júlio Cirino pelo trabalho ora publicado, mas também o povo que o soube e quis aplaudir na hora do lançamento do livro “Gafanha da Nazaré: Memória Histórico-Antropológica”.
Fernando Martins