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sábado, 26 de maio de 2012
O tempo digital e o seu frenesim
Por Anselmo Borges,
no DN
Enigma maior é o tempo. Lá está Santo Agostinho: "O que é o tempo? Como são o passado e o futuro, uma vez que o passado já não é e o futuro ainda não é?" E o presente? Mal dizemos "agora" e já caiu no passado. "Se, portanto, o presente, para ser tempo, tem de cair no passado, como podemos dizer que algo é, se só pode ser com a condição de já não ser?"
As culturas experienciam o tempo, cada uma a seu modo: nas tradicionais, o tempo privilegiado é o passado - lá está o mito do paraíso perdido; na modernidade, privilegiou-se o futuro - o passado é simplesmente o ultrapassado, a caminho da realização das utopias.
sexta-feira, 25 de maio de 2012
PÔR DO SOL AO LADO DA PRAIA DA BARRA
Privilégios de tempos idos
Por António Marcelino
«Antes do Concílio, aos leigos, como membros da comunidade eclesial, apenas se referiam dois cânones e, mesmo assim, negativos e restritivos. Acrescentavam-se mais alguns sobre as formas associativas que, para os leigos, não iam além das Ordens Terceiras, Confrarias e Pias Uniões, normalmente de iniciativa de clérigos ou de ordens e congregações religiosas. Foi famosa a polémica entre canonistas quando se tratou de se ver onde “encaixar” a Ação Católica (AC). Uma voz livre e lúcida perguntou, então, se a criatividade e a inovação na Igreja estavam fechadas e se não se devia considerar a AC como uma expressão nova, que não tinha de se enquadrar nas formas tradicionais…»
Dulce Pontes vai cantar para Bento XV
Encontro Mundial das Famílias
A cantora portuguesa Dulce Pontes vai cantar para Bento XVI no dia 2 de junho, durante o 7.º Encontro Mundial de Famílias que decorrerá na cidade italiana de Milão.
A artista foi convidada a participar na “Festa dos Testemunhos”, que reunirá atores, uma orquestra sinfónica, coros de Gospel, bandas pop e de “world music”, assim como artistas de circo.
Ao lado de Dulce Pontes, participam, entre outros, a israelita Noa e o maestro Ennio Morricone, revelou a Rádio Renascença.
O encontro mundial, dedicado ao tema “A Família: O Trabalho e a Festa”, começa a 30 de maio e prolonga-se até 3 de junho, domingo, dia em que Bento XVI preside a uma missa para a qual os organizadores esperam a participação de um milhão de pessoas.
A Festa dos Testemunhos, que será transmitida pelo canal de televisão italiano RAI 1, e a missa de encerramento realizam-se no aeroporto de Bresso.
Rui Jorge Martins
Li aqui
A saga da emigração
Por Maria Donzília Almeida
25 de maio de 1963
Elvis Presley
Este mês de maio, mês dos lírios e das rosas, traz-me à memória, ano após ano, um acontecimento que me enche de recordações e nostalgia.
Há cerca de 50 anos, atrás, num belíssimo dia de primavera, já quente, quando as estações do ano ainda eram bem definidas, partiu para os Estados Unidos da América, o Zé da Rosa, na pujança dos seus 43 anos de idade. Com ele levou metade da família: três filhos, de 18, 17 e 16 anos, respetivamente. O Zé, sempre metódico e certinho na gestão da sua vida familiar...Foi a cisão da família, mais um caso do drama da emigração. Partiu cheio de sonhos e carregado de esperança.
Em Portugal, ficou a mãe com as duas filhas mais novas, uma a entrar na difícil fase da adolescência!
Fazendo a retrospetiva daquela época, vivia-se em pleno domínio salazarista, num Portugal rural, sem perspetivas de emprego para a maioria dos trabalhadores. Nas Gafanhas, fazia-se o amanho das terras, numa agricultura de subsistência, que mal dava para matar a fome. A indústria ainda não tinha conquistado terreno, na atual zona industrial da mota, pelo que o destino das pessoas que possuíam alguma ambição e força de trabalho, era a emigração.
Foi nesta década gloriosa que o pai de família, imbuído do espírito de missão, foi colocar os seus rebentos no Novo Mundo. A América, como terra da oportunidade, abria os braços e acolhia aqueles que sonhavam uma vida melhor. Esse acontecimento haveria de mudar para sempre o rumo da minha vida.
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