segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Faleceu o Daniel Rodrigues


Soube há minutos que faleceu o meu amigo Daniel Rodrigues, o decano dos jornalistas aveirenses. Tinha 79 anos e foi ordenado Diácono Permanente em 22 de Maio de 1988.
Como jornalista, trabalhou incansavelmente no "Comércio do Porto" e no "Diário Popular", tendo exercido, também, as funções de director-adjunto do "Correio do Vouga". Como diácono, foi responsável da pastoral dos ciganos e colaborador da paróquia da Glória.
Distinguiu-se sobremaneira como repórter, conhecendo todos os recantos do Distrito de Aveiro, e não só. As suas reportagens caracterizaram-se pelo humanismo com que enfrentava as realidades, denunciando injustiças e promovendo as pretensões que considerava legítimas das populações. O reflexo desse seu trabalho  está bem patente no livro “Vouga Arriba... ou o drama de um povo”, publicado em 1974. Nele disse que não olhava a homens ou a cargos. «Importa-nos, isso sim, a defesa do Povo. Para além da nossa ideologia política e religiosa, está o bem da Colectividade, das camadas mais desprovidas de réditos. Não atacamos ou elogiamos homens; atacamos situações, elogiamos tomadas de posições verdadeiras.»
Ao serviço da reportagem, facilmente captava a “notícia”, retratava com sensibilidade e humanismo dramas e alegrias, ao mesmo tempo que alertava para as injustiças e para os injustiçados.

Banco Alimentar: Recolha de alimentos foi um êxito

«A campanha do Banco Alimentar contra a Fome (BACF) do passado fim-de-semana foi um êxito. O número de voluntários superou todas as previsões – participaram na recolha e triagem dos alimentos mais de 30 mil pessoas de todas as idades e condições sociais – e a recolha de alimentos ultrapassou as 2490 toneladas obtidas há um ano.»
Leia mais aqui

NOTA: Quem há por aí que possa duvidar da generosidade dos portugueses? Mesmo em tempo de crise? Claro! Mais até nestes casos, penso eu.

domingo, 28 de novembro de 2010

Aveiro é bom para viver


Um estudo elaborado pelo Instituto de Tecnologia Comportamental – INTEC, em parceria com o jornal SOL, coloca o Concelho de Aveiro como o terceiro melhor Município para se viver, sendo de referir ainda que ficou em primeiro lugar em concelhos com mais de 25 mil eleitores.

Ler mais aqui

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues


(Clicar na imagem para ampliar)

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 212

PELO QUINTAL ALÉM – 49

O VIME

A
Manuel Joaquim Sarromão e
Ciganos do Esteiro

Caríssima/o:

a. Há dias fui confrontado com os vimes do quintal cortados e enfeixados, para depois serem escolhidos. São seis ou sete pés, bem desenvolvidos e que fornecem os podadores quando amarram as videiras.
Ano em que não se gastem todos, oferecem-se a familiares ou vizinhos para reforçarem o seu lote de gigos e cabazes quando o cesteiro tiver disponibilidade.

e. As nossas memórias de meninice levam-nos até ao Esteiro, onde acampavam os ciganos que se ocupavam na confecção dos seus cestos que vendiam aos lavradores ou então nas feiras das redondezas (a dos 13, a dos 28...).
Como iam a nossa casa à água, lá presenteavam a minha Mãe com um cestito ou outro.
(Entre parêntesis, para deixar o meu sorriso ao recordar o comentário mudo de minha sogra a estes cestos: acenava com a cabeça e... vamos adiante que atrás vem gente!)

i. Há tanto para dizer do vime que não sei por onde começar!...
Falar da cestaria?
Claro que hoje só os da nossa geração se lembrarão dos cestos tradicionais: as cestas de almoço, usadas não só para o transporte das refeições para o campo, mas também a caminho das festas e romarias, com as tradicionais refeições que lhes estavam associadas (e também nos cortejos dos Reis...);os cestos vindimos, usados no transporte da uva para o lagar; e ainda os cabazes usados nas desmantadelas; ou os cestos da pesca desportiva; as canastras das peixeiras; os grandes cestos que as padeiras puxavam nas suas bicicletas quando distribuíam o pão pelos fregueses...
Que mundos passados e vividos!
Realçar a importância do vime na amarração das vides podadas?
Todo o trabalho do corte, escolha e utilização era (e ainda é...) ocupação artesanal que, muitas vezes, nos deixava de boca aberta pela perícia e precisão nos movimentos...
Claro que noutras zonas, como na Madeira, fabricam-se cadeiras, canapés e mesas.
E deixai-me só lembrar a produção das bengalas que os doutores das nossas universidades revolteiam e ensarilham durante a queima!

Há, contudo, um aspecto que fica sempre bem salientar nos tempos que correm: o vime recicla nutrientes normalmente indisponíveis para as culturas convencionais, preserva o solo, melhora a qualidade da água, protege as margens dos rios e está adaptado às condições locais.

o. Sabe-se que a casca destas plantas contém uma substância chamada salicina que é usada na produção do ácido acetilsalicílico, componente da aspirina, recomendada como medicamento humano importante, com muitas e várias acções terapêuticas (analgésico, anti-inflamatório, antipirético e anti-reumático, indicado para processos dolorosos somáticos, inflamações diversas e febre; profilaxia e tratamento de trombose venosa e arterial; artrite reumatóide e juvenil; profilaxia do enfarte do miocárdio em pacientes com angina do peito instável).

u. Curiosidades:

sábado, 27 de novembro de 2010

Banco Alimentar: Amanhã prossegue recolha de alimentos


O Banco Alimentar promove uma campanha de recolha de alimentos, em supermercados e superfícies comerciais, nos dias 27 e 28 de Novembro.
Em simultâneo, prolongando-se até 5 de Dezembro de 2010, tem lugar a Campanha "Ajuda Vale", que permite a recolha de alimentos sob a forma de vales que representam seis produtos básicos à alimentação.
Esta modalidade de campanha, em que cada pessoa continua a decidir o que quer doar, permite uma simplificação dos procedimentos logísticos.

A I República e a Igreja Católica