quinta-feira, 2 de abril de 2009
Risco de tensões sociais
Será possível conciliar a a fé cristã e a Teoria da Evolução?
Em entrevista à «Folha de Domingo», o padre António Martins, docente da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, explica porque participou no congresso que, de 3 a 7 de Março, reuniu em Roma cientistas, filósofos e teólogos para reflectir sobre a relação entre evolução e criação, no âmbito dos 200 anos depois do nascimento de Darwin e dos 150 anos após a sua mais famosa obra, a “Origem das espécies”. O teólogo algarvio clarifica o seu entendimento sobre o que significou o evento e as suas consequências futuras.
"Uma conclusão a salientar, e talvez a mais significativa, foi o consenso geral sobre a evolução. Podem-se discutir interpretações e teorias diversas e até contraditórias, mas o facto da evolução apresenta-se hoje como uma realidade aceite por todos (ao menos por aqueles que intervieram no Congresso). Ninguém pôs em causa o evento da evolução e, em concreto, da hominização. O que não significa que tudo esteja explicado do ponto de vista científico. De facto, há hiatos obscuros, sem provas científicas seguras, na construção da teoria da evolução, onde a verificação dá lugar à probabilidade. O processo da evolução não é uma absoluta evidência científica. Por exemplo, a especiação (ou seja, o aparecimento biológico e morfológico de uma espécie) permanece mistério por explicar para as ciências."
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quarta-feira, 1 de abril de 2009
Genéricos: expliquem-me, por favor
Há problemas simples que algumas pessoas gostam de complicar. Quando os genéricos surgiram no mercado, foi dito e redito que os referidos medicamentos eram absolutamente iguais aos de marca. Eram fabricados, foi sublinhado, com a mesma substância activa, não diferindo, em nada, dos outros medicamentos, sendo, no entanto, mais baratos. Dizia-se, então, que a diferença de preços era resultante das publicidades feitas pelos fabricantes e dos processos de produção levados a cabo pelas grandes indústrias. Outras razões estariam na base da produção e na ausência de concorrência.
Ora, tanto quanto sei, os genéricos continuam a ser ignorados por muitos médicos, que também manifestam uma certa relutância em autorizar a substituição.
Um dia destes aventou-se a hipótese de os farmacêuticos poderem trocar os medicamentos receitados pelos genéricos. Logo vieram alguns clínicos com os habituais alertas de que não se responsabilizam por eventuais danos para os doentes daí resultantes.
Pergunto:
- Os genéricos são ou não são fabricados com os mesmos elementos activos?
- Os processos de fabrico são ou não são fiscalizados pelas entidades competentes?
- Os farmacêuticos têm ou não têm competência técnico-científica para procederem à substituição do medicamento pelo respectivo genérico?
- Os genéricos são ou não são mais baratos, tanto para o Estado como para o doente?
- Por que razão não receitam os médicos, com toda a normalidade, os tais genéricos?
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País Solidário
Como resposta, necessária e urgente, à crise que afeta as pessoas e famílias, grandes empresas acordaram agora, e bem, para dar uma ajuda. Fundação Gulbenkian, EDP, Millennium BCP, BPI e Caixa Geral de Depósitos, entre outras, apostam em dinamizar a sociedade para o apoio a quem mais precisa. Mas a verdade é que as instituições de caridade e de solidariedade social, a par do povo anónimo, há muito que lutam, diariamente, para matar a fome, de pão e de tudo, a quem foi apanhado pela crise, neste mundo de abundância para alguns. Há novos pobres, já se sabe. De qualquer forma, acho bem que aquelas empresas deem algo dos muitos lucros que costumam ter ao fim do ano.