sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006

Estádio Municipal de Aveiro com novas perspectivas

Município estuda
grandes alterações
no novo estádio
Jorge Greno, presidente do Conselho de Administração da empresa municipal que gere o novo estádio municipal local (EMA), admitiu que «está tudo em aberto» quanto a alterações ao modelo de exploração do equipamento desportivo.
O administrador – também vereador da autarquia aveirense – salientou ser necessário «rentabilizar o espaço», já que os anteriores gestores não deixaram «absolutamente nada» preparado.
Várias hipóteses estão actualmente a ser estudadas, admitiu Jorge Greno, aludindo à concessão dos estabelecimentos de restauração (actualmente explorados pela própria empresa), cedência de parte das instalações a associações locais, arrendamento para a abertura de espaços comerciais ou realização de eventos.
Questionado sobre a possível abertura de grandes superfícies comerciais junto ao estádio, o administrador afirmou que «nada é impossível», visto que a EMA se encontra a «estudar todas as soluções» com o objectivo de «dar vida ao espaço».
O próprio futuro da EMA (a autarquia anunciou no início do mandato alterações ao figurino das empresas municipais) também está por decidir. «Está tudo em aberto, não é em três meses que se tomam decisões», ajuizou.
(Para ler mais, clique Diário de Aveiro)

Um artigo de D. António Marcelino

UM PAÍS CADA VEZ
MAIS ESTRANHO Portugal está a tornar-se um país estranho. Cada vez mais estranho. A sorte de todos nós é que há muita gente que não desiste e continua a lutar, de muitos modos, para salvar e construir o possível, contra ventos e marés.
À medida que se destrói ou se faz tábua rasa do bom senso, do passado que justifica a nossa capacidade de não resignação, do património nacional que ainda resta, à medida que só houver lugar ao sol para o “novo” e o “moderno”, diminui o discernimento lúcido de muitos, novos e menos novos, a possibilidade de raciocínio e a vontade de crescer e de actuar, como pessoas livres e em sociedade. É então, que passam a comandar o barco os oportunistas e os grupos de pressão. Como quem dirige não tem tempo para ver o que se passa e conhecer a realidade, às vezes nem capacidade para a reflectir e valorar, gera-se a mentalidade de que cada um é rei e senhor de si próprio e que a sociedade tem de se adaptar, nas normas e leis, aos seus interesses e às manias do mercado. Não se pode contrariar ninguém em matéria de desejos e costumes, mesmo que a maioria deixe de ser respeitada. Sobram pessoas e grupos como agentes da venda do que é fácil e agradável à plebe. A hora é de quem não admite outra coisa senão ser aceite, sem condições, no que quer e no que pensa. Dentro em pouco, só será crime punível a fuga aos impostos e as transgressões ao código da estrada…Uma nova invasão de bárbaros, uma selvajaria de punhos de renda com televisão disponível para todos os planos…Um fenómeno das cidades “cultas” a tentar impor-se ao país “retrógrado”… Como tudo isto é estranho!... Deputados a dar sentenças que nos arrepiam, sobre assuntos altamente complexos, dos quais muitas vezes ainda nem entenderam o sentido; senhores ministros a olhar o país de longe e a brincar com coisas sérias, a pretexto de ciência, de progresso tecnológico e de educação alargada; políticos a subir acima do chinelo para perorar, com presumida competência, sobre assuntos que os ultrapassam; profissionais da comunicação social a julgarem-se os maiores peritos sobre temas encomendados e que apenas vêem pela única janela que lhes apontaram ou abriram… O povo paga os rótulos que os inteligentes vão distribuindo: conservadores e progressistas, direita e esquerda, amigos e críticos. É preciso corrigir os códigos legais para satisfazer interesses e gostos pessoais. A Constituição respeita-se ou contestea-se, consoante o lado dos ventos. Tudo isto vai dando lugar à subversão do valor e dimensão dos problemas que afectam as pessoas. Quem está a “educar” os políticos e a governar os governantes? A célebre contestatária holandesa do barco da Figueira; os novos grupos de minorias, os que propõem “prazeres alternativos” ao consumo das drogas pesadas; a gente desinibida para explicar o sexo sem tabus nem vergonhas nas televisões e nos jornais; os que gritam à portas dos tribunais; a gente que pensa que o país será educado e culto quando às crianças das escolas se der tudo a partir de fora… A verdade é que há pessoas com fome, o desemprego cresce, idosos sem dinheiro para medicamentos caros, jovens desesperados sem verem o futuro aberto, crianças joguete de pais desavindos, famílias sem médico, casais a deixar morrer o primeiro amor, injustiças nas diversas relações sociais, imigrantes explorados, problemas abafados… Pessoa e sua dignidade, bem comum, responsabilidade social, defesa da família, cidadania alargada, problemas actuais graves, são temas ausentes da informação e da formação. Os governantes têm sempre razão, aos jornalistas nada de censura, o povo cala-se com jogos e bombons, muitos intelectuais viraram narcisistas… Esperamos que não desista quem luta e acredita na força da verdade. Ela vencerá. Não repetindo o que não se repete, mas construindo em bases consistentes. É urgente.

Um poema de Carlos Drummond de Andrade

OS OMBROS
SUPORTAM
O MUNDO
Os ombros suportam o mundo Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus. Tempo de absoluta depuração. Tempo em que não se diz mais: meu amor. Porque o amor resultou inútil. E os olhos não choram. E as mãos tecem apenas o rude trabalho. E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás. Ficaste sozinho, a luz apagou-se, mas na sombra teus olhos resplandecem enormes. És todo certeza, já não sabes sofrer. E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice? Teus ombros suportam o mundo e ele não pesa mais que a mão de uma criança. As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios provam apenas que a vida prossegue e nem todos se libertaram ainda. Alguns, achando bárbaro o espetáculo prefeririam (os delicados) morrer. Chegou um tempo em que não adianta morrer. Chegou um tempo que a vida é uma ordem. A vida apenas, sem mistificação.
: Nota: Carlos Drummond de Andrade nasceu em 1902, no Rio de Janeiro, e morreu em 1987. Depois de exercer várias profissões e cargos públicos, a partir de 1950 passou a viver exclusivamente da escrita. Escreveu poesia, contos, crónicas, literatura infantil, entre outros géneros, abordando, normalmente, temas tão importantes como a vida, a pessoa, a família, a terra natal, os amigos, o amor e as lutas sociais.

PADRE LINO MAIA NOVO PRESIDENTE DA CNIS

CNIS não será força de bloqueio nem
mandatária
do Governo Esta é a primeira grande entrevista com o presidente da CNIS eleito no II Congresso, realizado em 27 e 28 de Janeiro, em Fátima. O Padre Lino Maia tem 58 anos, integrava o Conselho Directivo Nacional, sendo presidente da UDIPSS-Porto desde a fundação, em Abril de 2002. É ainda Presidente do Secretariado Diocesano de Pastoral Social e Caritativa do Porto e Capelão do Hospital (psiquiátrico) Magalhães Lemos. É pároco de Aldoar, freguesia da cidade Invicta e antes esteve em S. Romão de Coronado, Covelas e no Seminário do Bom Pastor onde foi superior. No rescaldo do Congresso o padre Lino Maia traça ao Solidariedade as orientações estratégicas para três anos de mandato.
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SOLIDARIEDADE - Padre Lino Maia, acabou de vencer um Congresso da CNIS que, até há bem pouco tempo, nem sequer pensava disputar. Já tem a noção da missão difícil que vai protagonizar?
PADRE LINO MAIA - É difícil mas é um desafio muito interessante. Eu acredito vivamente na CNIS, sobretudo nos dirigentes das IPSS. Temos dirigentes com uma capacidade fabulosa, que acreditam, querem e sabem implementar respostas sociais. Por isso, estou confiante porque a equipa é muito boa, é gente que construiu a CNIS, são o seu suporte, são a sua memória. Acredito nesta equipa, acredito na CNIS, acredito que vamos conseguir fazer coisas muito interessantes.
(Para ler toda a entrevista, clique SOLIDARIEDADE)

CHOQUE DE CIVILIZAÇÕES

Cardeal-Patriarca defende esforço conjunto contra choque de civilizações
D. José Policarpo considera que, face à onda de violência gerada após a publicação de caricaturas do profeta Maomé, “são precisas mais políticas acertadas lucidamente decididas, respeito mútuo e respeito pela identidade de cada povo”, disse hoje à ECCLESIA.
Segundo o Cardeal-Patriarca, estes acontecimentos “não se podem colocar no quadro do diálogo inter-religioso, e não há falta de diálogo inter-religioso, embora reconheça que “o diálogo inter-religioso não é fácil”.
D. José Policarpo frisou que “umas das características de cada religião é a convicção muito forte da sua doutrina e da sua perspectiva de vida”. Para os menos convictos, salienta D. José, o diálogo “é a cedência e o cair numa espécie de religião universal que todos pudessem aceitar”.
A solução para estes problemas, diz D. José Policarpo, encontra-se “num contexto sociopolítico, socioeconómico e, porventura, numa tensão entre dois grandes blocos da humanidade contemporânea”, sublinhou.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2006

Imigrantes de Leste podem inscrever-se numa bolsa de emprego

300 mil imigrantes de Leste no centro e norte de Portugal
Os 300 mil imigrantes da Europa de leste que residem no centro e no norte de Portugal poderão, a partir de hoje, integrar uma bolsa de emprego para se candidatarem a um lugar nas empresas portuguesas dos sectores da electrónica, da construção civil, da metalurgia e têxtil. O projecto Programa FIC - Formar, Integrar, Competir, apresentado hoje no Porto será "uma mais-valia" para as empresas portuguesas e para a sua competitividade, na medida em que os imigrantes darão resposta ao défice do tecido empresarial ao nível de quadros técnicos e intermédios, de acordo com o responsável João Almeida Garrett.
"Estes homens e mulheres com qualificações de nível técnico e com hábitos de disciplina, pontualidade e cumprimento de prazos são uma mais valia para as empresas portuguesas", frisou João Almeida Garrett.
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ADOPÇÕES mais rápidas?

Governo cria Observatório para a Adopção
No ano passado foram adoptadas apenas 300 crianças em Portugal - um número que o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, considera ser demasiado baixo, tendo em conta que nas instituições permanecem 14 mil crianças à espera de um futuro melhor. É para agilizar estes processos que o Governo anunciou a criação de um Observatório para a Adopção.
Os números, de facto, são insatisfatórios: à espera de uma criança para adoptar estavam, no final de 2005, 1700 famílias, e o tempo de espera para a acolher rondava, em média, dois a três anos. "São valores que não nos permitem ainda contrariar o risco da tendência para a institucionalização excessiva", afirmou o ministro na Amadora.
Para auxiliar as crianças e jovens em risco, o Governo propõe-se agora criar mais 300 lugares nos centros de acolhimento temporário. Até 2009, serão estendidas para 2100 as vagas nestas casas onde se pretende que as crianças fiquem apenas o tempo necessário para ser traçado o seu projecto de vida. Em três anos, o objectivo é reduzir em 25% as crianças institucionalizadas.
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O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

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