Alan McFadyen é um fotógrafo da natureza, em geral, e da vida selvagem, em particular. Apreciar as suas fotos é um encanto, porque nelas está expressa a sensibilidade do artista, mas também a persistência e a paciência de monge que possui para esperar o momento certo para captar a beleza que nos enleva e eleva. Apreciem no link em baixo:
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
Papa Francisco em África
Papa condena uso da religião
para justificar ódio e violência
Papa em Nairobi |
«O Papa denunciou hoje em Nairobi os que usam o “nome de Deus” como justificação para o ódio ou atos de violência, durante um encontro com líderes de várias comunidades cristãs e outras religiões presentes no Quénia.
“Nós procuramos servir um Deus de paz: o seu santo nome nunca deve ser usado para justificar o ódio e a violência”, disse.
Num país que tem sido alvo de várias ações violentas da milícia islamista Al-Shabab, Francisco recordou os “bárbaros ataques” no Westgate Mall, na Universidade de Garissa e em Mandera, que provocaram centenas de mortos, nos últimos dois anos.»
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
Escritores e a Ria de Aveiro — 6
Na ria de Aveiro
Quero um pequenino
Barco moliceiro.
Também sou menino.
Na ria de Aveiro
Podeis vir comigo,
Barco moliceiro
Nunca tem perigo.
Nunca se naufraga
Na ria inocente:
Da crista da vaga
Vêm braços à gente.
Quer vão ao moliço,
Quer soltem as redes,
O mar é submisso
Aos barcos que vedes.
Brancas, amarelas,
Na ria de Aveiro
Se espalham as velas:
Brinquedo ligeiro.
Também sou menino,
Ó moças de Aveiro!
Dai-me um pequenino
Barco moliceiro.
RIBEIRO COUTO
1944
Ribeiro Couto (1898-1963) terá passado por Aveiro em 1944 – pelo menos é essa a data do seu poema –, onde se deixou cativar pela graça quase alada dos barcos moliceiros. Caso Curioso, na mesma época estabeleceria relações de Índole literária com Mário Sacramento.
“Aveiro e o seu Distrito”, n.º 20, Dezembro de 1975Thanksgiving — (Dia de Ação de Graças)
Crónica de Maria Donzília Almeida
«A gratidão é a virtude
das almas nobres...»
Esopo
Não tem a ver com a nossa tradição, mas tem um significado muito particular para mim. Desde a minha juventude, em que me imiscuí na literatura norte-americana que preencheu parte da minha formação académica, que fiquei mais desperta para as manifestações deste mosaico de culturas, que é a sociedade americana.
Apesar de este povo despertar os mais controversos sentimentos, desde o ódio genuíno, à admiração pura, quanto a mim, devo reconhecer que nutro por ele uma velada simpatia. A este sentimento não é estranho o facto de o meu progenitor ter passado uma década da sua longa existência, em comunhão direta com este melting pot. No meu imaginário ficaram os relatos épicos de histórias vividas, na dura luta que travou para ganhar o sustento para a sua prole, nomeadamente a que ficou na sua terra natal.
Insere-se neste contexto de gratidão, o episódio que narrou, cheio de reconhecimento, a um colega de trabalho. Inexperiente no conhecimento das medidas de proteção quanto à segurança no trabalho, viu-se a braços com a execução de uma árdua tarefa. Teria de proteger as mãos com luvas no transporte de materiais abrasivos. Perante esta urgência, um colega de trabalho que era negro, imediatamente tira uma das suas luvas e cede-a ao Zé da Rosa. Com que sentido de gratidão e reconhecimento ele evocava este episódio! Eu...guardo-o religiosamente na minha memória.
Um livro de Georgino Rocha — Igreja Sinodal
terça-feira, 24 de novembro de 2015
O dia dos meus 77 anos
Um abraço a todos os amigos que, de várias formas,
me testemunharam a sua generosidade,
dirigindo-me palavras afetuosas, mensagens ternas,
flores bonitas e espumantes borbulhantes…
Partilho hoje, quase na íntegra,
um texto que escrevi e publiquei
há cinco anos.
Hoje foi um dia inteiro para mim. Também para a família e amigos, que gostei de ouvir e de ler. Gosto desta data — 24 de Novembro — em que me sinto mais disponível para quantos me cercam e com quem estou. É o dia do meu aniversário.
Há 77 anos que estou no mundo e hoje de manhã, quando olhei para trás, de soslaio, senti que tive uma vida cheia de tudo: De amor recebido e dado, de alegrias, de amizades partilhadas, de conquistas alcançadas; também de um ou outro dissabor, de dores e tristezas. Colocado tudo nos pratos da balança da vida, o fiel inclina-se notoriamente para o lado das coisas boas. Reconheço que Deus me ajudou em muitas circunstâncias. Não tanto pelos meus merecimentos, mas seguramente pela sua infinita bondade.
Dou graças a Deus pelas pessoas que Ele pôs nos caminhos da minha vida; pelos que me desafiaram a vencer obstáculos; pelos que, mesmo sem eu o perceber de imediato, me ajudaram a ser mais solidário e mais sensível para com os que sofrem. E, ainda, pelos que constituem a minha família, próxima e mais alargada, que são bocados indeléveis de mim mesmo.
Durante este dia recebi inúmeras mensagens, por várias vias. De gente com quem partilho o dia a dia e de gente de quem não tinha noticias há muitos anos. Tudo contribuiu para reavivar recordações, sentimentos e emoções.
A mesa será posta para o encontro da família um dia destes, quando houver disponibilidade de todos.
Fernando Martins
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Homens e Navios do Bacalhau
«A segunda fase do projeto “Homens e Navios do Bacalhau” foi apresentada ao público no âmbito da celebração do Dia Nacional do Mar. Apoiado pela Fundação Eng.º António Pascoal, este é um projeto de construção de memória em rede que está a ter impacto muito positivo nas comunidades e permite ao Museu Marítimo de Ílhavo investigar e divulgar os dois patrimónios mais relevantes da pesca do bacalhau: os homens e os navios.
A pesquisa cruzada entre a base de dados dos homens e a dos navios já é possível nesta fase. Para além da consulta aos dados referentes a todos os navios bacalhoeiros de 1835 a 2005, também é possível contribuir para a construção do histórico do navio, contribuindo com sugestões de informações, relatos ou novos dados.
Ao funcionar como uma rede social da memória, o portal “Homens e Navios do Bacalhau” pode, a partir de em abril de 2016 ser regularmente enriquecido pelo Museu, pelos familiares ou pela comunidade, com novos dados, informações, imagens, vídeos ou documentos.»
Ver mais aqui
Fonte: MMI
domingo, 22 de novembro de 2015
Figueira da Foz: Miradouro da Bandeira — Uma sentinela a vigiar o mar
Trabalho de Margarida Paes
O rio Mondego desagua na Figueira da Foz e a norte desta cidade uma elevação calcária, ponto noroeste da serra da Boa Viagem, forma um penhasco com 250m de altura, quase vertical, sobre o mar e a costa. Neste ponto alto com a costa a espalhar-se para sul e para norte, a função de vigia foi naturalmente adoptada e mal se viam embarcações suspeitas de pirataria na parte sul era hasteada uma bandeira para avisar a população da parte norte deste penhasco e vice-versa. Naturalmente o sítio passou a chamar-se Miradouro da Bandeira e dali se avista toda a planície costeira que parece desenhada em arco de areia e espuma do mar em linha branca, seguida de uma densa floresta para o interior, formando a região da Gândara.
Guerras são desgraças
«As guerras demoradas terminam sempre
com a destruição ou com a desgraça
dos dois beligerantes»
Xenofonte (-430/-355), historiado
e soldado da Grécia Antiga
Papa Francisco é uma «bússola» para o mundo
Papa Francisco é uma «bússola» para o mundo
Ler mais aqui
e o «encontro» é o maior desafio que lança à Igreja,
diz Tolentino Mendonça
O padre José Tolentino Mendonça considera que «a palavra forte e firme do papa Francisco é verdadeiramente uma bússola» e o termo «"encontro", no seu dinamismo, representa talvez o maior desafio que faz à Igreja».
As declarações do vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa foram proferidas no programa "Il diario di Papa Francesco", que a televisão Tv2000, da Igreja católica em Itália, transmitiu esta quinta-feira.
Na emissão em direto, o anterior diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura foi convidado a eleger uma palavra das palavras que caracteriza o ensinamento de Francisco, tendo escolhido «encontro», substantivo que se lhe apresenta como um «programa».
Dois pesos e duas medidas, não!
Crónica de Frei Bento Domingues
no PÚBLICO
«Porque não dar a conhecer as personalidades,
os países e os movimentos muçulmanos
que lutam contra o ódio e a guerra?»
1. A Revista Islâmica Portuguesa [1] Al Furqán fez uma declaração muito ampla sobre os acontecimentos de Paris. Destacamos a seguinte passagem: O ser humano merece viver em paz, independentemente de raça, credo ou cor.Não ao que aconteceu em Paris. Não ao que se passa na Palestina. Não ao que ocorre na Síria. Não ao que acontece no Iraque. Não ao que ocorre no Afeganistão. Não ao que se passa na Birmânia. Não e não aos massacres, não às atrocidades, não ao egoísmo e não à hipocrisia. Ninguém deve ser outro, mas sim o respeito mútuo. Merecemos viver num mundo melhor.
No mundo contemporâneo, global, nada é simples. Já quase não existem sociedades homogéneas do ponto de vista étnico ou religioso. Ao contrário da opinião corrente, como mostra L’Atlas des Religions (2015), nem todas as religiões são instituições petrificadas. Muitas delas evoluem, deslocam-se, recompõem-se como as culturas e as civilizações.
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