O meu pai era um homem bom, sereno e afável. Recordo-o com muitíssima saudade. Nunca o vi zangado. E quando a nossa mãe ralhava connosco (eu e o meu irmão), ele não gostava. Muitas vezes pensei que ele era assim por andar no mar, na pesca do bacalhau, mas não. Era o seu temperamento.
Foi adulto muito cedo. Começou a trabalhar aos 9 anos. O seu pai e meu avô faleceu com diabetes, deixando cinco filhos por criar. Todos tiveram de ganhar o sustento. Na altura, não havia, como hoje, a segurança social. Eram tempos inimagináveis!
Deixando isso, quero apenas sublinhar, neste dia, que o meu pai morreu cedo, com 61 anos, no dia 26 de fevereiro de 1975, mas o seu amor e serenidade jamais me abandonarão.