D. Manuel Clemente
A Igreja Católica espera que a extinção do Ministério da Cultura e a sua substituição por uma Secretaria de Estado traga uma nova abordagem ao setor e não implique a sua menorização.
«A cultura pode ter um ministério – nalguns casos tem e muito bem –, mas também pode ser considerada transversalmente, porque a cultura é uma atitude de espírito e prática que se tem em relação a qualquer tema», referiu o presidente da comissão episcopal responsável pela cultura.
Em declarações prestadas aos jornalistas esta sexta-feira em Fátima, D. Manuel Clemente disse que o facto de a cultura ter ficado sem ministério «não significa que possa ficar ausente, pelo contrário».
Para o diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, padre José Tolentino Mendonça, «é muito importante que a cultura esteja no centro das atenções porque não se pode governar um povo a pensar só em economia».
«O que nós esperamos deste Governo é o que esperamos de todos: que compreendam a importância da cultura e a necessidade de fazer dela um lugar de encontro, de produção artística, de debate», sublinhou.
Octávio Carmo
In Agência Ecclesia
Com Rui Martins / SNPC