Nas Encruzilhadas Regianas
José Régio, de seu verdadeiro nome José Maria dos Reis Pereira, nasceu em Vila do Conde, no longínquo ano de 1901. Passados 24 anos, em 1925 escreveu um livro que assinala a sua revelação como poeta, perante o público e a crítica: "Poemas de Deus e do Diabo".
O seu berço foi o norte de Portugal, mas a cidade de Portalegre e o liceu Mouzinho de Albuquerque acolheram-no de braços abertos. Naquela localidade junto à Serra de S. Mamede se fixou (durante 30 anos) o poeta que, juntamente com João Gaspar Simões e Branquinho da Fonseca fundou a Revista "Presença".
A sua actividade literária ao nível da poesia não se resume somente à obra citada nas linhas anteriores. Publicou também "As Encruzilhadas de Deus" (1936); "Fado" (1941); "Mas Deus é Grande" (1945); "Filho do Homem" (1961) ou "Cântico Suspenso" (1968). Pode dizer-se, com toda a certeza, que atingiu a sua consagração entre os principais poetas portugueses contemporâneos.
Mas o "sangue literário" não parou de correr nas veias de José Régio e este revela-se também noutras áreas como romancista, novelista, ensaísta e dramaturgo, assinando obras de relevo como "Jogo da Cabra Cega" (1934); "A Velha Casa" (com cinco volumes escritos de 1945 a 1966); "Benilde ou a Virgem Mãe" (escrito em 1947 e adaptado mais tarde ao cinema por Manoel de Oliveira) ou "Salvação do Mundo" (1955).
A terra que o viu nascer despediu-se dele a 22 de Dezembro de 1969. A sua importância ao nível da literatura foi tanta, que as casas onde nasceu e viveu são hoje museus com o seu nome.
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