4 – A procissão pela Ria
A procissão pela Ria de Aveiro foi uma criação do Padre Miguel Lencastre, pároco da Gafanha da Nazaré, entre 1973 e 1982. Antes de pároco foi coadjutor do Padre Domingos Rebelo, cerca de dois anos. Desde que chegou à Gafanha, nunca deixou de se mostrar um enamorado pela Ria, como diversas vezes nos sublinhou. Quando se sentia cansado das tarefas paroquiais ou necessitasse de meditar sobre novos desafios, gostava de reflectir olhando a laguna, esperando dela inspiração motivadora. Por isso, logo se relacionou com homens do mar, assumindo as dificuldades e os êxitos de todos como seus.
Numa viagem ao Brasil, em tempo sabático, apreciou, em Porto Alegre, uma procissão marítima, em honra da Senhora dos Navegantes, padroeira da cidade, que acontece em 2 de Fevereiro. Ao contemplar tão belo espectáculo e tanta devoção, os seus pensamentos voaram até ao Forte da Barra com sua Senhora dos Navegantes, lembrou-nos há dias.
O Padre Miguel Lencastre andava, desde o 25 de Abril de 1974, com a preocupação de dinamizar o Stella Maris. Ocorreu-lhe, então, a ideia de ligar este clube, vocacionado para o apoio aos homens do mar e suas famílias, à Senhora dos Navegantes e à Ria, património natural que muito admirava e que precisava de ser valorizado. Uma grande festa seria projecto interessante. A procissão, com todo o colorido e alegria, seria ouro sobre azul. E assim foi. Bem relacionado com oficiais da Base de São Jacinto, com o Capitão do Porto de Aveiro e com homens do mar, não lhe foi difícil concretizar o sonho que acalentava.
Os barcos não faltaram, um helicóptero deu uma preciosa ajuda, os proprietários das embarcações aderiram, as irmandades aceitaram o desafio, o povo marcou presença com entusiasmo, a comunidade paroquial aplaudiu. A festa, entretanto, esmoreceu e a procissão caiu no esquecimento. Mais tarde, depois da Expo’98, levado pelas experiências e vivências doutras terras ligadas ao mar, o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, de colaboração com a paróquia e com o Stella Maris, retomou a tradição criada pelo Padre Miguel Lencastre.
A procissão pela Ria de Aveiro foi uma criação do Padre Miguel Lencastre, pároco da Gafanha da Nazaré, entre 1973 e 1982. Antes de pároco foi coadjutor do Padre Domingos Rebelo, cerca de dois anos. Desde que chegou à Gafanha, nunca deixou de se mostrar um enamorado pela Ria, como diversas vezes nos sublinhou. Quando se sentia cansado das tarefas paroquiais ou necessitasse de meditar sobre novos desafios, gostava de reflectir olhando a laguna, esperando dela inspiração motivadora. Por isso, logo se relacionou com homens do mar, assumindo as dificuldades e os êxitos de todos como seus.
Numa viagem ao Brasil, em tempo sabático, apreciou, em Porto Alegre, uma procissão marítima, em honra da Senhora dos Navegantes, padroeira da cidade, que acontece em 2 de Fevereiro. Ao contemplar tão belo espectáculo e tanta devoção, os seus pensamentos voaram até ao Forte da Barra com sua Senhora dos Navegantes, lembrou-nos há dias.
O Padre Miguel Lencastre andava, desde o 25 de Abril de 1974, com a preocupação de dinamizar o Stella Maris. Ocorreu-lhe, então, a ideia de ligar este clube, vocacionado para o apoio aos homens do mar e suas famílias, à Senhora dos Navegantes e à Ria, património natural que muito admirava e que precisava de ser valorizado. Uma grande festa seria projecto interessante. A procissão, com todo o colorido e alegria, seria ouro sobre azul. E assim foi. Bem relacionado com oficiais da Base de São Jacinto, com o Capitão do Porto de Aveiro e com homens do mar, não lhe foi difícil concretizar o sonho que acalentava.
Os barcos não faltaram, um helicóptero deu uma preciosa ajuda, os proprietários das embarcações aderiram, as irmandades aceitaram o desafio, o povo marcou presença com entusiasmo, a comunidade paroquial aplaudiu. A festa, entretanto, esmoreceu e a procissão caiu no esquecimento. Mais tarde, depois da Expo’98, levado pelas experiências e vivências doutras terras ligadas ao mar, o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, de colaboração com a paróquia e com o Stella Maris, retomou a tradição criada pelo Padre Miguel Lencastre.