Os Bispos da UE e dos EUA, reunidos em Bruxelas para um encontro sobre as relações transatlânticas, pediram que a Igreja Católica assuma responsabilidades para dissipar “os medos de hoje”.“Há muitos medos que atravessam o mundo de hoje.
O horizonte não parece sereno e as incertezas aparecem não só aos cidadãos, mas também aos políticos de elevada responsabilidade”, alertam os membros da Comissão dos episcopados católicos da UE (COMECE) e da Conferência Episcopal dos EUA (USCCB).
Numa mesa redonda consagrada ao tema “O desafio da segurança global e a governação”, os prelados referiram que “neste contexto crescem as responsabilidades da Igreja, chamada a favorecer o diálogo e a sustentar a paz e a esperança no mundo.D. John Ricard, presidente da USCCB, explicou que “após os atentados do 11 de Setembro, passámos por uma fase difícil de confrontos crescentes, com as guerras que se lhes seguiram, e assistimos a um paradoxo: no nosso país respira-se um forte sentido de vulnerabilidade, apesar de sermos a única superpotência que existe no plano político e militar”.
O prelado lembrou que a Igreja Católica levantou a sua voz “contra a guerra preventiva e o unilateralismo político”, referindo que agora “é tempo de promover a paz, que não é só ausência de guerra, mas também tutela dos direitos humanos e compromisso pela justiça”.
Os participantes sublinharam o papel fundamental da ONU para prevenir conflitos e manter a paz, apesar de reconhecerem nela “limites e dificuldades nesta fase política”.
Relativamente à luta contra o terrorismo, os episcopados pedem “um compromisso no plano político e pedagógico, para remover as causas que estão na origem de situações de injustiça”.
Fonte: Ecclesia