segunda-feira, 26 de maio de 2025

NATUREZA: Opção viável


Em tempo de crise ou de progresso, o encontro com a Natureza é sempre uma opção viável e até necessária. Viável, porque, em princípio, não implica grandes despesas; necessária, porque nos oferece uma infinidade de sensações e emoções que nos ficam para a vida.
Quem há por aí que possa ficar indiferente à beleza das paisagens, aos tons da vegetação, aos sons da brisa que nos refresca a face, às cores ímpares de um pôr do sol, à suavidade das borboletas que pousam nas flores, à cadência das ondas do mar ou aos espelhos da nossa laguna?




Por tudo isso, e pelo muito que fica por dizer, proponho que aproveitemos o tempo para cirandarmos pela nossa região, tentando ver e sentir o que a natureza, na sua pureza, ainda nos reserva. Passeando pela ria, usufruindo da mata da Gafanha, descansando à sombra de uma árvore, de preferência com um frugal farnel, que recorde os tempos dos nossos avós.
Tratemos dos nossos jardins, visitemos outros de vizinhos e amigos, ou mesmo os públicos, por onde, normalmente, passamos a correr. Visitemos os parques de lazer e saibamos olhar o céu estrelado em noite de calmaria, alimentando conversas que em dias de trabalho nem tempo temos para manter.




A Natureza é sempre, se quisermos, uma inesgotável fonte de reflexão e uma riqueza permanente para o despertar dos nossos sentidos, face à beleza que dela emana. As cores, as formas, os sons e o casamento perene entre terra e céu aí estão à nossa discrição, como dádiva de Deus a não perder:  Nas férias e fora delas.

Fernando Martins

sábado, 24 de maio de 2025

Recordando José Régio




PARTILHAS

Para dar a meus irmãos
A parte que lhes cabia,
Meti as mãos
Na arca vazia.
Senti pó nos dedos.
Fria,
Retirei a mão sem nada.
Se a vida já fora dada,
Que mais, para dar, havia?
Nos meus dedos,
O pó, porém, reluzia.
Cinzas de antigos segredos,
Morte que ainda vivia…
Meus tesoiros de algum dia,
Levai-os, ventos ligeiros!
Os meus irmãos verdadeiros
Vão encher a arca vazia.

In “Música Ligeira”, livro póstumo

PAPA nomeia a primeira mulher


O Papa Leão XIV nomeou a primeira mulher, Irmã Tiziana Merletti, para um cargo no Vaticano. Trata-se da secretária do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica. Esperamos mais nomeações? É claro que esperamos.

PÁRA E PENSA: O novo normal

Crónica semanal
de Anselmo Borges

1. Há dias, Ursula von der Leyen fez uma comunicação de abalo e despertar. Nela, referiu que “hoje aumentam as tensões geopolíticas. As regras comerciais estão a ser reescritas”, caindo-se numa guerra comercial global. “Acontecimentos climáticos extremos são cada vez mais frequentes, devido às mudanças climáticas. A mudança nas tecnologias é cada vez mais rápida”, apresentando o exemplo da IA (inteligência artificial), que está a evoluir mais rapidamente do que imaginaríamos há algum tempo...

2. Para rematar: “The ‘new’ normal is anything but ‘normal’.” O ‘novo normal é tudo menos ‘normal’.” Entretanto, uma boa amiga escreveu-me nestes termos: “Estou tão triste, meu amigo. Que mundo vamos deixar aos jovens? Que planeta? Que pessoas? Onde vamos buscar esperança?”

3. Ah! Se, nesta corrida vertiginosa e louca em que embarcámos, cada uma, cada um, parasse! Para pensar. Pensar vem do latim “pensare”, que quer dizer pesar razões e, portanto, reflectir, meditar..., para ir ao essencial.

Anselmo Borges

Padre e Professor de Filosofia

Sábado, 24 de Maio de 2025

Guerras e Fomes


Todos temos assistido à fome que grassa nos países em guerra. A luta de crianças e jovens por uma concha de sopa ficará na história universal como um dos maiores crimes da humanidade. Os mais pobres dos pobres no nosso país e noutros da Europa não terão nada de semelhante! É realmente horrível sem se vislumbrar solução à vista. Mas que poderemos nós fazer? Para já, juntar a nossa voz a todos os que protestam e contribuir, como nação, para denunciar, por todas as formas, as injustiças provocadas pelas guerras devastadoras.

Nota: Foto das Redes Sociais.

sexta-feira, 23 de maio de 2025

Um bem-haja às nossas memórias

Se pensarmos bem, cada um de nós faz parte de uma tribo ou clã, com seus hábitos, a vários níveis: familiares, sociais, políticos, educativos, culturais e religiosos. Hábitos que, se não forem acautelados e preservados, poderão perder-se de forma irreparável, escapando-se, também, o substrato da nossa maneira de ser e de pensar, da nossa educação, das nossas inclinações ou tendências, da nossa personalidade.
A memória ainda me diz que as nossas ânsias de saber e de progredir em vários campos, inclusive espirituais, estão profundamente ligadas a muito do que herdámos dos nossos antepassados e que fomos burilando ao sabor da nossa capacidade de interiorizar, mas também assumimos culturas e valores que armazenámos no nosso inconsciente ou subconsciente.
Daí o meu bem-haja à minha memória, que será a garantia de que ainda muito poderei oferecer aos meus leitores. Outras ofertas virão de documentos e de relatos que ao longo da vida fui registando e arquivando.

PASSEIO - O treino vai continuar

Há muito que não passeava pelas nossas ruas e já tinha saudades. Cansei-me, mas valeu a pena. A cada passo encontrei amigos e com alguns baralhei os nomes. No fundo, tudo bem. E o treino tem de continuar.
Contei com o incitamento e apoio da Lita e cheguei mais longe do que o previsto. Graças a Deus e à força de vontade que me anima. Vou continuar.
Houve convites para aproveitar boleias que não foram aceites. Tudo bem. E o tempo ajudou.