sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

EXPO´98







É no meu sótão que eu encontro, inúmeras vezes, motivos para evocar. Deste vez, recuei no tempo até 1998, ano da célebre EXPO’98 que,  na época, se impôs como exemplo a seguir por outros países, pela expressão da forma perfeita como foi organizada. Já faleceu o grande responsável pela dinâmica da Feira, António Mega Ferreira, que primou pela eficiência, bom gosto e espaço  cultural multifacetado.
Por lá andámos quatro dias, dos seis que tínhamos planeado, com o nosso filho António Pedro. No final da quarta feira, recebemos a triste notícia do falecimento do meu sogro, Ismael Válega Oliveira e Silva, e tivemos de regressar.
A EXPO’98 foi uma demonstração cabal das capacidades organizativas dos portugueses. E ficou para a história... 

FM

Raul Brandão merecia uma avenida

Quando há anos topei com a Rua Raul Brandão, confesso que fiquei triste. É verdade. Porque o escritor merecia muito mais. Eu sei que a relação das ruas a batizar tinha sido feita, na sua grande maioria, numa noite. De modo que, quer queiramos quer não, não havia hipótese de escolher a rua, conforme a personalidade a homenagear.
E Raul Brandão, provavelmente, na minha ótica, terá sido o escritor que melhor cantou a nossa ria, com referência assinalável à Gafanha, merecia mais do que uma ruazinha sem expressão, sem circulação de veículos que levasse as pessoas a falar dele.
A Rua Raul Brandão parte da Rua Sacadura Cabral (e não Secadura Cabral, como se lê numa placa) e dirige-se para a ria, sem lá chegar.
Raul Brandão canta no seu livro Os Pescadores, de forma única, a Ria de Aveiro. Andou por aqui para a conhecer, no dia 21 de Julho, e dias seguintes, de 1922. Alguns dias, certamente, porque de outra forma não seria possível pintar um quadro tão rico.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Tragédia - Medo da Luz


«Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro, mas a verdadeira tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz»
Platão

Farol da Barra enfeitado

Farol da Barra enfeitado. Será que precisa? Não! Mas de vez em quando temos a obrigação de chamar a atenção de quem passa para a sua existência na nossa terra, com foco luminoso que atinge uns 25 quilómetros de comprimento.

“Plantas d’avó Virgínia”



“Plantas d’avó Virgínia” é mais um livro da Coleção “Cadernos de Família”, o n.º 35, de Manuel Olívio da Rocha, com capa de Domingas Vasconcelos.
Como o nome indica, o livro descreve, com pormenores e histórias interessantes, 59 plantas que sua esposa, a Virgínia, cuida e trata com saber e arte. Saiu no Natal, com todas as bênçãos natalinas que a festividade proporciona.
Cada planta ocupa uma página, com verso branco, e todas registam pormenores com estórias de permeio da família e das próprias espécies arbóreas dos seus quintais, com destaque para os frutos e flores, mas não só.
Cada planta tem uma nota história ou lenda, mas ainda a sua origem, e não faltam as ilustrações a condizer.
A título de exemplo, sublinho um pormenor, referente ao Azevinho, que diz assim: “O azevinho é uma planta com um poder simbólico muito grande dada a sua aplicação nos ornamentos natalícios. A primeira planta foi trazida da Escócia. Depois disso muitas outras têm sido plantadas, sendo de recordar as que nos ofereceu o doutor Quirino.”
Este trabalho do Manuel Olívio, um gafanhão radicado no Porto, mostra à evidência a importância de olharmos para o que nos rodeia, deixando marcas da nossa sensibilidade frente ao ambiente que nos cerca. Mas quantas vezes andamos fora do mundo riquíssimo que nos envolve?
Uma saudação especial para o casal amigo e sua descendência. E qual será o livro do próximo Natal?

Fernando Martins


NOTA: O livro não está à venda.


Dia Internacional do Riso


O Dia Internacional do Riso celebra-se hoje, 18 de Janeiro, pelo que importa enfrentar o dia com um sorriso nos lábios, sem deixarmos de rir às gargalhadas, quando for caso disso. Rir sem haver razões para isso, podem julgar que somos tolinhos.
Importa lembrar que rir é um comportamento humano e natural que temos o dever de cultivar, porque de macambúzios está o mundo cheio.
Dizem que o riso reduz o stresse, queima calorias, melhora a qualidade do sono, estimula a criatividade e estabelece proximidade entre as pessoas.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Para matar saudades

 

Hoje foi um dia de muitos que hão de vir, mais dado a recordações do que outra coisa qualquer. Por grandes voltas que desse, a Figueira da Foz não saía da minha cabeça. Em tempo de nostalgias é assim. E então percorri ruas e vielas, sempre a fugir das avenidas e das multidões que por aqui ou por ali nos exigem atenção.
A Figueira da Foz não fica longe. Por lá passei muitas férias e fins de semana e retenho na minha memórias histórias que me seduziram. Não tendo por lá amigos, fico livre para apreciar o mar de qualquer canto, praças e jardins. Mas há uma memória inesquecível: Depois do nosso casamento, quando rumávamos à nossa Lua de Mel, eu e a Lita ali parámos para comer umas sandes e beber uns refrescos. Foi em 7 de Agosto de 1965. 

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