sexta-feira, 14 de julho de 2023

Estou no meu sótão

Hoje furei a barreira e entrei no meu sótão. Não caí quando subi pela escada, que não é assim tão grande, e entrei num espaço de silêncio. A Nina correu à minha frente e está sentada numa mantinha, junto à única janela,  dormitando e mirando, cá de cima, o que se passa lá em baixo. A paz absoluta invade-me e nem me dá para dormir. É claro que terei de perder algum tempo para fazer umas arrumações.
Realmente, um sótão é onde está tudo e mais alguma coisa, à espera do sítio certo. Mas isso vai devagar, que por aqui não passam visitas. Apenas se ouve o silêncio. E até tenho a sensação de que ouço, de vez em quando, o rumor do mar!

quinta-feira, 13 de julho de 2023

AR PURO NO NOSSO QUINTAL


Dia quente e vontade de respirar ar puro fizeram-me sair de casa para me instalar ao ar livre. À sombra de um guarda-sol de praia, no cimentado que rodeia a nossa casa, sinto-me outro. Realmente, precisamos muito do ar livre.
Aqui instalado, ouvi agora mesmo o sino da nossa Igreja bater as seis horas da tarde, no meio de uma tranquilidade quase absoluta. O jardineiro, que já cortou a relva, está a dar os últimos retoques, dando por finda  a sua tarefa na nossa casa. Depois, fico apenas eu a ver os gatos que a Lita trata como “gente” e que conhece como ninguém.
Ali está o pompom preto e branco e a preta, uma gata mãe ou avó dos que por aqui vivem regalados. Tenho para mim que não haverá outros tão felizes como estes. Alguns comensais cá de casa devem andar debaixo das árvores e dos pinheiros que nos purificam o ar que respiramos.
Quando estamos por casa, apesar de tudo muito tranquilos, damos mais valor à vida. E então, quando já temos dificuldade em caminhar bem, mais apreciamos a natureza que nos rodeia. É o meu caso.
Se disser que aqui respiro uma tranquilidade perfeita, se assim se pode dizer, hão de pensar que estarei a exagerar. Mas não. Estou muito bem.
Agora vou tirar umas fotografias ao arvoredo que me rodeia. Apreciem então o resultado.

F. M. 

A obrigação de escrever todos os dias...

Tenho andado preguiçoso. Há, realmente, dias assim. Não acertava com assunto de interesse. De repente, passei por um quarto e olhei para a cama antiga que acolhe, por vezes, quem precisa de dormir. E achei bonita esta decoração do século passado. Cumpri o desafio de escrever todos os dias.

terça-feira, 11 de julho de 2023

CONVIVER COM ANTIGOS ALUNOS É UMA SENSAÇÃO INEXPLICÁVEL

Não podemos esquecer 
os que não puderam estar entre nós







Conviver com antigos alunos que conheci ainda meninos e agora são avôs é uma sensação inexplicável. No almoço com eles para o qual fui convidado, senti uma enorme emoção, apesar de este encontro surgir na sequência de outros. Por estranho que possa parecer, desta vez teve um sabor especial. A pandemia não permitiu nem aconselhou convívios e a vida passa a correr. E eu, agora com 84 anos de idade, senti, de forma mais expressiva, a força e a ternura da amizade.
Nesta idade, as emoções têm outro sabor. Olhamos para trás e tudo fica mais distante, mas frente aos antigos alunos todas as antigas vivências têm um sabor mais refinado, ficando gravado na alma com renovado sabor.
A simpatia e a amizade precisam, realmente, destas festas, onde a conversa não cansa e os sorrisos abertos e espontâneos deixam marcas indeléveis que perduram até ao fim da minha existência terrena.
Durante o repasto,  nunca me cansei de olhar e recordar os meninos a quem ensinei as primeiras letras. E da minha memória, já cansada pelo tempo que corre apressado, revivi olhitos bem abertos e escancarados à vida nova proporcionada  pela escola e pelos amigos da sala de aula e dos recreios, naquele tempo com muros que separavam os meninos das meninas, uma atitude masoquista da política salazarista.
Tudo isso me fez recuar no tempo durante o almoço cuidadosamente preparado e servido com eficiência mas saboreado quase sem interromper a conversa entre os presentes, lembrando, simultaneamente, alguns que já partiram para o seio de Deus ou emigraram.
Sinto-me imensamente feliz por me ter encontrado e por conviver com os meus queridos alunos de há tantos anos. São estas coisas que me dão coragem para viver e para partilhar o que me vai na alma.
No final, fui presenteado com uma jarra de cristal onde foi gravado o meu retrato. Muito obrigado a todos.

Fernando Martins

XXXVIII FESTIVAL DE FOLCLORE NA GAFANHA DA NAZARÉ

Presidente da CMI entrega lembranças a um grupo


Na hora da exibição

Realizou-se recentemente, 8 de Julho, o XXXVIII Festival Nacional de Folclore, organizado pelo Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, com o propósito de conviver com todos os que apreciam e respeitam as tradições que nos foram legadas pelos nossos antepassados. Junta-se a esse facto a celebração dos 40 anos da fundação do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN).
Do programa, constou a inauguração de uma mostra, Volumes e Traços, do artista Carlos Matos, nosso conterrâneo, no auditório Mãe do Redentor, Igreja Matriz, a receção aos grupos e ranchos na Casa Gafanhoa – Museu Etnográfico –, com abertura oficial do Festival, o jantar na Casa da Música, o desfile e Festival propriamente dito.

segunda-feira, 10 de julho de 2023

Américo Aguiar vai ser nomeado cardeal

 
Li agora no PÚBLICO online que o Bispo Auxiliar de Lisboa, Américo Aguiar, vai ser nomeada cardeal no próximo consistório, 30 de setembro. Américo Aguiar é o bispo com maiores responsabilidade na organização da JMJ que vão ter lugar em Portugal,  em agosto.

domingo, 9 de julho de 2023

Carlos Matos expõe no salão da Igreja Matriz

Exposição encerra na terça-feira

Carlos Matos junto de trabalhos seus






Depois da participação na Eucaristia de hoje, na Igreja Matriz da Gafanha da Nazaré, desci apressado para apreciar e meditar sobre uma exposição de um artista da nossa terra, Carlos Matos, que conheço há anos. No final da celebração, o nosso prior, Pe. César, recomendou aos participantes, aliás, que não deixassem de visitar a exposição, patente num espaço anexo ao Salão Paroquial.
Dirigi-me para lá, não só para dar um abraço ao artista, mas também para me deliciar com a sua expressão artística, onde sobressai, com grande nitidez, uma espiritualidade que nos envolve plenamente. Escultura em madeira e pintura que ornamentam qualquer espaço de uma casa de bom gosto.
Recomendo que passem por lá quanto antes, porque a exposição encerra na próxima terça-feira. Porém, se não puderem, têm como alternativa visitar o seu atelier, “Nicho D’Artes” , Rua João dos Santos, Gafanha da Nazaré.

Nota: Sobre Carlos Matos pode ler mais aqui 

PESQUISAR

DESTAQUE

Animais das nossas vidas

O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

https://galafanha.blogspot.com/

Pesquisar neste blogue

Arquivo do blogue