Reflexão de Georgino Rocha
para o Domingo XXX do Tempo Comum
Ser pessoa de Deus não é falar do divino com eloquência, mas cuidar bem do humano, com dedicação abnegada.
Esta declaração e petição surge na parábola de Jesus, narrada no fim da sua viagem para Jerusalém. É feita por um publicano, homem mal visto pelo povo, devido à sua profissão de cobrador de impostos. Brota de um coração humilde e confiante em Deus compassivo e misericordioso. Fica na memória dos discípulos de Jesus, como referência fundamental para quem quer reconhecer-se no seu ser mais autêntico e profundo. Entra na liturgia e é rezada, com frequência, no início da celebração eucarística/missa. E, com verdade, pode ser repetida muitas vezes por quem for honesto e leal consigo mesmo. - Lc 18, 9-14
Jesus propõe a parábola para confrontar dois modos de nos relacionarmos com Deus, retratados nas atitudes do fariseu e do publicano, as duas “classes” mais expressivas para os ouvintes. O fariseu representa a ortodoxia legal, fiel cumpridor (até com requinte) dos seus deveres, auto satisfeito na sua “burguesia espiritual”, displicente em relação aos demais porque não eram como ele.