terça-feira, 22 de março de 2022

Caramulo — Penedo

Recordação — Março de 2015



Vá-se lá saber por que razão gosto eu tanto da serra, apesar de ter no sangue vestígios da maresia do nosso mar e da nossa ria. Sempre me seduziram as silhuetas das montanhas e a agressividade dos penedos, apesar da maresia ocupar espaço no meu ADN.
Este penedo da serra do Caramulo, provavelmente com milhões de anos, tem alma que o torna eterno, resistindo à inclemência do tempo, de sóis escaldantes e gelos duros de roer, mas ainda de fogos assassinos e da capacidade destruidora do homem. Ali está para nossa contemplação, com garantias de vida de anos sem conta.

segunda-feira, 21 de março de 2022

Não precisamos de um Deus da guerra

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO de Domingo

O nosso atraso humano revela-se na capacidade louca de inventar sempre novas indústrias de guerra e violência. Nascemos, no entanto, para ajudar a construir um mundo de muitas formas de alegria.

1. Jesus de Nazaré, filho de José e de Maria, nasceu numa história marcada pela tradição religiosa de Israel. O Evangelho de S. Mateus veio dizer-nos que ele assumiu essa tradição, mas o horizonte da sua missão tornou-se universal. Em S. Lucas, assume todo o passado da história humana e entrega aos seus discípulos a missão de evangelizar o mundo. O Deus que se revelou em Jesus não faz acepção nem de pessoas nem de povos.
A organização litúrgica dos Domingos da Quaresma começa por falar dos humildes começos dessa história de Israel: Meu pai era um arameu errante que desceu ao Egipto com poucas pessoas e aí viveu como estrangeiro até se tornar uma nação grande, forte e numerosa. Os egípcios escravizaram-nos, mas Deus libertou-os e conduziu-os a uma terra onde corre leite e mel [1].
No 2.º Domingo, vem a história de que Deus fez, de forma estranha, uma aliança com Abraão e a sua numerosa descendência [2]. Neste Domingo – o 3º –, fala de Moisés, um pastor que, ao apascentar o seu rebanho, foi surpreendido por um fogo que o espanta e o seduz: viu uma chama ardente no meio de uma sarça que não se consumia.

Dia Mundial da Poesia - Navegar



NAVEGAR

Eu tinha um barco
um barquinho de navegar
Tinha balsas bóias e bandeiras a flutuar
tinha âncora cordas marinheiros e eu para comandar
e já tinha dito adeus adeus
aos lenços no cais a acenar

Eu tinha um barco
um barquinho de navegar
Tinha tudo
só me faltava
o mar

Orlando Figueiredo
In POETAS DE UM TEMPO PRESENTE
Poetas ilhavenses
Dia Mundial da Poesia
21 de março de 2016

domingo, 20 de março de 2022

UCRÂNIA: Papa denuncia massacre sem sentido

Foto da rede global

O Papa denunciou o “massacre sem sentido” da guerra na Ucrânia, apelando à intervenção da comunidade internacional para travar a agressão russa, li na Agência Ecclesia.
Sublinha o Papa Francisco  que “Não para, infelizmente, a violenta agressão contra a Ucrânia. Um massacre sem sentido, onde todos os dias se repetem destruição e atrocidades”. “Não há justificação para isto”, acrescentou.
Perante milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, que saudaram a intervenção com várias salvas de palmas, Francisco pediu a todos os responsáveis da comunidade internacional que se “empenhem, realmente, para fazer cessar esta guerra repugnante”. E adiantou: “Esta semana, mísseis e bombas abaterem-se sobre civis, idosos, crianças, grávidas”, recordou.
“Fui a encontrar-me com crianças feridas, que estão aqui em Roma: a um falta-lhe um braço, outro ferido na cabeça. Crianças inocentes”, lamentou.
"Penso nos milhões de refugiados ucranianos, que têm de fugir, deixando tudo para trás, e sinto uma grande dor pelos que não têm sequer a possibilidade de fugir. Tantos avós, doentes e pobres, separados dos próprios familiares”, referiu o Papa.

A "Primavera" de Zé Penicheiro



Zé Penicheiro, o artista plástico que se radicou em Aveiro, pintou a nossa ria como poucos. Aqui fica, como homenagem, o seu acrílico s/tela, 35X27, intitulado "Primavera".

Nota: A Primavera entrou hoje, domingo, pelas 15h33

Primavera




Depois do Inverno, morte figurada,
A Primavera, uma assunção de flores.
A vida
Renascida
E celebrada
Num festival de pétalas e cores.

Miguel Torga

sábado, 19 de março de 2022

Em memória de meu pai

Celebra-se hoje o Dia do Pai. Também a Igreja celebra S. José. Associo muito o meu pai, Armando Lourenço Martins, a S. José. Ambos trabalhadores com responsabilidades familiares. Ambos humildes e dados a um certo e normal silêncio. Ambos conscientes dos seus deveres sociais e religiosos. Ambos crentes num Deus Criador. Ambos disponíveis para enfrentarem dificuldades. Ambos com grande capacidade de sacrifício. E ambos capazes de amar muito.
O meu pai faleceu nos idos de 75 do século passado, mas permanece vivo na minha memória pela riqueza da sua humildade e nobreza dos seus sentimentos. 
O seu sorriso aberto e franco, a sua palavra oportuna, a sua capacidade de trabalho e o seu amor à família permanecem comigo. Capacidades que eu procuro seguir e imitar, mas fico sempre longe da sua sabedoria.
Crente em Deus, tal como eu, haveremos de nos encontrar para uma vida eterna lado a lado, no regaço maternal do Senhor da Vida.

Fernando Martins

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