quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

As amizades são para a vida

Sinto-me muito bem com as minhas amizades, até porque as vou assumindo para a vida. Algumas vêm da infância e juventude e outras vão surgindo ao sabor da maré ou dos ventos que nos refrescam as ideias. Algumas, porém, são levadas pelas ventanias sem me aperceber… e muitas resistem a todos os temporais. 
As amizades, quando o são na sua plenitude, resistem a tudo e, mais do que isso, vão-se consolidando com o passar dos anos. E eu gosto muito de sentir que tenho inúmeros amigos. 
Nas minhas amizades, não há políticas que as perturbem nem cores clubistas, por mais “fanáticas” que sejam, que as toldem, nem opções religiosas que possam suscitar controvérsias. Aceito os amigos como são: cultos ou iletrados, artistas ou nem por isso, intelectuais os semianalfabetos. Exijo apenas que sejam sérios, tolerantes, compreensivos, leais, autênticos no seu pensar e viver, fraternos. 
As amizades são riquezas que devemos cultivar, regando-as com a franqueza, com a verdade, com o respeito mútuo. 
As amizades, as autênticas amizades, são mesmo para a vida. 
Um abraço para todos os amigos… 

Fernando Martins

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Que cada família ajude a promover a cultura do encontro

Da mensagem do Bispo de Aveiro
para a Quaresma

Na sua mensagem para a Quaresma de 2020, rumo à Páscoa, o Bispo de Aveiro, D. António Moiteiro, sublinha que o amor vivido nas famílias «é força permanente para a vida da Igreja e da sociedade», manifestando o desejo de que a vivência deste tempo de preparação para a Páscoa «seja um desafio concreto» que nos leve a percorrer «o caminho de levar a esperança de Cristo às famílias», aprofundando e fortalecendo «a dimensão comunitária da família, em ordem à realização da sua vocação e missão». «Que cada família ajude a promover a cultura do encontro: com Deus, com os outros, com a criação, abrindo as portas ao frágil e ao pobre, para, assim, viver e testemunhar em plenitude a alegria da Páscoa», frisa D. António Moiteiro.  

Este ano a  renúncia quaresmal destina-se a apoiar a missão diocesana na Ilha do Príncipe, ajudar na construção da Igreja Matriz de S. Paulo em Cabo Verde e apoiar o Fundo de Emergência Social, da Caritas Diocesana, adianta o Bispo de Aveiro.

Ler toda a mensagem aqui 

Sinto-me assim...


Estou tão ansioso que nem imaginam. Espero pela primavera como quem espera por uma prenda de alto valor simbólico que me dê mais alegria para viver. O frio dá-me tristeza e incómodos, rouba-me a vontade de trabalhar, limita-me as saídas de casa. Prende-me… Sinto-me assim. Pronto!

Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2020

Mistério Pascal no centro da vida

«Colocar o Mistério pascal no centro da vida significa sentir compaixão pelas chagas de Cristo crucificado presentes nas inúmeras vítimas inocentes das guerras, das prepotências contra a vida desde a do nascituro até à do idoso, das variadas formas de violência, dos desastres ambientais, da iníqua distribuição dos bens da terra, do tráfico de seres humanos em todas as suas formas e da sede desenfreada de lucro, que é uma forma de idolatria.»


terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Dia de Carnaval – Dia de Inverno


Passei hoje com familiares pelas Praias da Barra e da Costa Nova, que ocupam, desde há muito, um recanto privilegiado das minhas memórias. Dia chuvoso... daquela chuva miudinha chamada de “molha tolos”. Que importa isso, num dia em que me sinto rodeado pela família, que partilhará hoje, não o cozido à portuguesa, da tradição, mas um galo caseiro, corpulento e sadio, criado ao ar livre, no quintal, bem alimentado, está bem de ver, pelo que a terra dá... só! 
Nas praias, registei as visitas para mais tarde reviver este dia, com imagens que fixam a paixão que alguns nutrem pelo nosso mar, com o farol mais visto de Portugal a iluminar o caminho de muitos navegantes... 
Bom Carnaval.

O feriado negativo

Pedro Múrias 
escreveu no PÚBLICO sobre o Carnaval 

«Dir-se-á que isto bate certo com o próprio Carnaval, que é tempo de ser aquilo que não se é e em que nada parece mal. É tempo de homens vestidos de mulher, criados vestidos de senhores, crianças a fazer de adultos e adultos a fazer criancices. E é tempo de negação da autoridade, com reis e ministros em caricatura, falsos padres e bispos em procissão. Que as leis digam que não é feriado até aumenta a paródia. O Carnaval também é tempo de violência encenada, bisnagas e guerras de fruta, bombas de mau cheiro e bichas-de-rabear. A coacção do Estado não há-de assustar, e o Carnaval permite esconder a cara atrás de caraças e mascarilhas.»

Ler todo o texto aqui 

Lídia Jorge: Devíamos criar um estado de alarme

«Não há receitas imediatas. É aquilo que todos sabemos: apostar na cultura, no ensino, na crítica, no jornalismo. Devíamos criar um estado de alarme com base em actores que têm um papel especial na sociedade: os académicos, os jornalistas, os professores. Considero que são os pilares de pensamento e de denúncia. São eles os pilares, aqueles de quem se espera que pensem e denunciem, mas estão muito adormecidos e têm de tomar um outro alento. Senão, os próprios políticos que são bem-intencionados e querem fazer alguma coisa são submergidos por uma onda, uma teia que não os deixa actuar. Sobretudo, enquanto a política for comandada por esta economia, que de forma mais ou menos disfarçada continua a ser a ideia da Escola de Chicago [corrente de política económica liberal] de que a empresa é um templo. Isto é tão grave que mesmo as instituições que não têm nada que ver com uma empresa assumem essa imagem.»

Ler entrevista no PÚBLICO