quinta-feira, 22 de junho de 2017

GAFANHA DA NAZARÉ VAI TER ESPAÇO DO CIDADÃO


A Câmara Municipal de Ílhavo vai disponibilizar à população da Gafanha da Nazaré um novo espaço de atendimento, o Espaço do Cidadão, reforçando desta forma a Rede Municipal de Atendimento Digital Assistido no Município de Ílhavo, que passará a contar com dois espaços: o EdC de Ílhavo e o EdC da Gafanha da Nazaré. Esta novo espaço vai funcionar na Junta de Freguesia, abrindo portas na próxima segunda-feira, 26 de junho.
São mais de setenta serviços que o munícipe encontra num só espaço, podendo, por exemplo, solicitar a revalidação da Carta de Condução, 2.ª via e substituição, entregar despesas da ADSE, efetuar a alteração de morada no Cartão de Cidadão, solicitar o Cartão Europeu de Seguro de Doença, fazer o pedido de chave móvel digital, entre outros.
Neste espaço são, assim, disponibilizados serviços da ADSE, do SEF - Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, da CGA - Caixa Geral de Aposentações, do IMT e da AMA.
Com abertura marcada para as 11h00 da próxima segunda-feira, o Espaço do Cidadão vai funcionar às segundas-feiras, das 09h00 às 16h00, com interrupção para almoço.

Fonte: CMI

quarta-feira, 21 de junho de 2017

DIA MUNDIAL DO YOGA

Crónica de Maria Donzília Almeida 

                                        

"O fraco nunca perdoa. 
O perdão é a característica do forte" 

Mahatma Gandhi 


Quando viaja pelo oriente, qualquer ocidental se deixa, facilmente, impregnar pelo misticismo da civilização hindu. Um país mágico onde se sente a presença de mestres espirituais como Mahatma Gandhi e Krishnamurti, onde a atmosfera rescende a especiarias, onde a vista se deslumbra com o colorido dos saris, onde o culto religioso abrange formas tão diversificadas, como o hinduísmo, budismo e islamismo, deixa a sua marca no visitante mais distraído. 
A minha atração pela prática do yoga surgiu na idade imortalizada por Balzac, em “A Mulher de Trinta Anos”, mas foi na idade madura, de passagem pela Índia, que a sedução foi total. 
A palavra yoga deriva do sânscrito e é um conceito que se refere às tradicionais disciplinas físicas e mentais originárias da Índia. A palavra está associada às práticas meditativas tanto do budismo como do hinduísmo. Neste, o conceito refere-se a uma das seis escolas (āstika) ortodoxas da filosofia hindu e à sua meta rumo ao que esta escola determina como suas práticas. Fora da Índia, o termo yoga costuma ser associado tipicamente ao hata-ioga e suas asanas (posturas) ou como uma forma de exercício. 
O yoga é uma filosofia de vida ancestral que remonta a cerca de cinco mil anos e é considerada, hoje, também, como uma ciência e  como uma medicina alternativa e de prevenção. 
Na sociedade ocidental, o yoga tem, fundamentalmente, a finalidade de revitalizar o corpo físico, melhorar a concentração e  apaziguar a mente atribulada, através da redução dos níveis de stress. 
Trata-se de uma prática dinâmica, profunda, agradável e desafiante que une o nosso corpo físico, os sentidos, a consciência e a mente num único ser, levando cada um de nós a um crescente bem estar, auto conhecimento e felicidade. 
As aulas de yoga são baseadas na permanência em posturas (asanas), conciliadas com técnicas respiratórias (pranayamas), com técnicas de relaxamento (Yoganidrá), de limpeza e purificação (krias), de canalização de energia (bandhas) e de vocalizações (mantras) que ajudam no processo de concentração e descongestionamento energético do corpo e da mente. Todas estas práticas específicas do yoga conjugadas, durante as aulas, proporcionam um desbloqueio energético dos músculos e da coluna vertebral. Há um processo de flexibilização, de força e de compressão das nossas glândulas endócrinas, do nosso sistema nervoso central e dos nossos órgãos internos. Tudo isto influencia positivamente o funcionamento dos nossos sistemas fisiológicos (respiratório, circulatório, digestivo, nervoso, endócrino, reprodutor, muscular e esquelético). 
Numa sessão de prática, é possível sentir benefícios no bem estar geral. Após um mês já podemos sentir a veracidade desde grande empreendimento e, com três meses, os benefícios gerais começam a manifestar-se de maneira muito intensa e clara. Mas é depois de um ano que obteremos as conquistas mais duradouras! 
Os frutos desta prática milenar não se limitam apenas ao corpo, ao emocional e à mente, mas também de um modo muito acentuado nas realizações pessoais e profissionais. A tão necessária prosperidade recebe um forte aliado, assim como a harmonia e a satisfação existencial. 
Na minha opinião, além da prevenção na saúde, estes últimos pontos são os que mais satisfação me trazem bem como a milhares de vidas em todo o planeta. Fazer chegar o yoga aos alunos da melhor maneira possível é, acima de tudo, estudar todos os métodos, respeitá-los e ensiná-los, de forma humilde, com devoção à prática, com discernimento e amor. Compreender o que é mais importante para cada aluno a cada instante, é a meu ver o que um professor de yoga procura trabalhar. 
Fazendo um paralelismo, consideramos um bom médico aquele que para além de saber ouvir e observar o doente, se esforça por continuar a aprender, a atualizar-se e a respeitar terapêuticas alternativas, utilizando a experiência e o conhecimento do mundo inteiro em benefício da prevenção e da cura das maleitas da humanidade. 
É isso que espero, na minha prática semanal, desta terapia e desta filosofia de vida e recomendo vivamente, a quem quiser atingir aquele estado, de bem-estar, harmonia…o Nirvana para os orientais. 

O DRAMA CONTINUA NO CENTRO DO PAÍS


O drama continua no centro do país. Todos os anos é isto… Mas desta feito o drama é muito maior. Dezenas de vidas foram ceifadas sem dó nem piedade pelo inferno de fogo. 
É muito triste, mas não se vislumbra solução. Tenho para mim, e digo-o com muita mágoa, que depois dos funerais e do rescaldo a vida volta à normalidade. Diz-se que vão ser apuradas as causas, elaborados relatórios, feitos estudos e projetado  o tão propagado planeamento florestal. Pode ser, mas fico com o meu ceticismo, em relação à questão dos incêndios numa das maiores manchas verdes da Europa. 
Para meditarmos em tudo isto, sugiro a leitura de algumas crónicas editadas aqui.

ILHA TERCEIRA — FORTE DE S. SEBASTIÃO

Crónica de Júlio Cirino

Forte de S. Sebastião
Pousada no interior do Forte

Vacas no local onde se desenrolou a Batalha da Salga, tendo por pano de fundo os ilhéus das cabras 
O Forte de S. Sebastião está localizado no Porto de Pipas e começou a ser construído em meados do Séc. XVI. Dada a sua posição estratégica, foi cobiçado por corsários de várias nacionalidades: franceses, ingleses, argelinos e espanhóis. Por exemplo, em 1581, os terceirenses, ao serviço de D. António Prior do Crato, resistiram galhardamente às investidas da armada de Filipe II, na qual a metralha do Forte de S. Sebastião teve importância preponderante para a debandada da esquadra espanhola na Batalha da Salga. Na famosa carta de 1582, Ciprião de Figueiredo, corregedor dos Açores, mostra bem o pensar dessa gente: “antes morrer livres que em paz sujeitos”. Porém, em 1583, os espanhóis voltaram a investir, desta vez sob o comando de D. Álvaro de Bazan. Após uma luta ardorosa e sangrenta, conseguiram apossar-se da última parcela de território português. 
Mas não foi fácil! Apesar de os invasores já pisarem solo terceirense, numa tentativa extrema de se defenderem, as nossas tropas soltaram perto de 2.000 cabeças de gado o que complicou bastante a investida do inimigo. Foi uma carnificina para os homens, de ambos os lados, e para o gado! 
Em 1943, em plena II Guerra Mundial, as dependências do forte foram cedidas às tropas britânicas. Debaixo do túnel de acesso ao forte, existe uma placa com a seguinte inscrição:

 “Lápide comemorativa da chegada das Forças Britânicas em 8 de Outubro de 1943 de conformidade com as cláusulas de acordo Luso-Britânico, de Agosto de 1943, com o consentimento do Comandante Militar da Terceira brigadeiro João Tamágnini de Sousa Barbosa e o Comandante da Força, Vice-Marechal do Ar Geoffrey Bromet, onde estabeleceram o seu primeiro Quartel-General.” 

Em 2006, o forte foi requalificado em “Pousada Histórica”. Esta pousada está pintada de cor ocre, com as portas e janelas ornamentadas por aduelas brancas. No pátio existe uma pequena piscina, mesmo ao lado da pousada, e um vistoso restaurante no extremo oposto. 

Angra do Heroísmo, 7 de Julho de 2017

FESTIVAL DE FOLCLORE DA GAFANHA DA NAZARÉ


O XXXIV Festival de Folclore da Gafanha da Nazaré vai realizar-se no dia 8 de julho próximo, no Jardim 31 de Agosto, contando com a participação de quatro ranchos, que se juntam ao Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN), organizador deste evento dedicado aos amantes da etnografia, em geral, e do folclore, em particular.
A receção aos ranchos e entidades vai ter lugar às 17 horas, seguindo-se a visita à Casa Gafanhoa, onde decorrerá a cerimónia de boas vindas e entrega de lembranças.
Os membros e dirigentes dos ranchos visitantes, do GEGN e entidades oficiais participarão num jantar, iniciando-se logo depois o desfile e a abertura oficial do festival. O festival propriamente dito começará às 22 horas.
Participam no XXXIV Festival de Folclore da Gafanha da Nazaré os seguintes Ranchos:
Rancho de Santa Maria de Touguinha, Vila do Conde; Rancho Folclórico de Cabeça Veada, Porto de Mós; Rancho Folclórico “Os camponeses" de Malpique, Constância; Rancho Folclórico Rosas do Lena, Batalha; e o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré.

VERÃO — TEMPO DE VIVER E DE SONHAR


Hoje, de madrugada, chegou o verão. Ainda bem que chegou porque estava a fazer falta, não obstante o calor carregar em si as ameaças dos fogos florestais. Este ano, uns dias antes do verão, aconteceu entre nós o que todo o mundo já sabe. As tragédias nesta quadra de tempos escaldantes são, infelizmente, habituais em Portugal. De todos os portugueses se espera a solidariedade para acudir a tantos que perderam tudo. Que em horas de imensos supérfluos nos lembremos deles com os nossos contributos possíveis, de acordo com as capacidades de cada um.

De estações que não honram o seu carisma estamos nós fartos. Agora, com o verão, até vamos ter oportunidades de vestir roupas mais ligeiras. E os mais idosos, que é o meu caso, rejubilam com o prazer de gozar um tempo saboroso. Um tempo que permita uns passeios, uma busca de ares que reconfortem o corpo e a alma, um sentido de amplitude que a liberdade de sair de casa suscita em toda a gente. 
Na minha idade, e não só, o verão é calor, luminosidade envolvente, alegria, paixão de viver e de conviver, mas também de sonhar. E se o sentirmos e absorvermos com intensidade, até poderemos entrar no outono do tempo e da vida com mais confiança.
Bom verão para todos!

segunda-feira, 19 de junho de 2017

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

Crónica de Maria Donzília Almeida 


O país está de luto. Há um sentimento de consternação geral, perante a tragédia que se abateu em Pedrógão Grande. Houve, ontem, até, uma amiga que manifestou o seu repúdio, por alguém que atirou foguetes, nesta zona, no momento dramático que o país atravessa. A alegria de um/s não deve sobrepor-se à tristeza de todos. O Fb também tem esta vertente.
A comunicação social não para de fazer a atualização permanente da evolução do incêndio e do trabalho incansável dos bombeiros. Muito já se disse sobre esta calamidade, numa atribuição de culpas mútuas, que sempre acontece por estas ocasiões. 
O luto nacional de três dias, decretado pelo governo, é uma manifestação de pesar, não uma declaração de intenções, ou uma assunção de medidas a tomar no futuro. Sem culpar a, b, ou c, que não é o meu propósito, lembro aqui, a sabedoria popular que diz “Mais vale prevenir que remediar. No fundo, não de forma direta, todos temos a nossa quota-parte de responsabilidade, pois fazemos parte da humanidade.
Foi dito que o fogo ocorrido, naquela localidade, foi devido a causa naturais, às chamadas tempestades secas. Há, no entanto, uma ligação entre os fogos florestais e as alterações climáticas. Estas são mudanças, no clima, que se manifestam durante um longo período de tempo. A Terra tem passado, naturalmente, por momentos mais frios e mais quentes na sua história, mas as mudanças atuais estão a acontecer a um ritmo acelerado. São causadas principalmente pela atividade humana e não por um processo natural.
Desde a era industrial que há emissões de gases poluentes: os níveis de dióxido de carbono, na atmosfera, estão a aumentar exponencialmente, criando o efeito de estufa.
A adaptação às alterações climáticas deve ser encarada como um investimento no futuro e não como simples imposição política que apenas acarreta encargos financeiros. Os governos dos países devem recorrer a novas fontes de energia e tecnologias mais limpas para melhorar o ambiente, combater essas alterações climáticas e promover a saúde humana.
Nesse sentido, o Protocolo de Kyoto, um instrumento internacional, ratificado em 15 de março de 1998, visa reduzir as emissões de gases poluentes. Entrou oficialmente em vigor no dia 16 de fevereiro de 2005, após ter sido discutido e negociado em 1997, na cidade de Kyoto, no Japão. Aderiu um número substancial de países.
É pena que os Estados Unidos da América, o segundo maior emissor de gases poluentes e, historicamente, o que mais contribuiu para o problema, que já é sentido pelos próprios americanos, tenha recuado na sua adesão ao dito protocolo. Este presidente Donald Trump considera, na sua visão míope, o aquecimento global como um embuste. Foi a maior deceção de que há memória, na história do país, que já teve, à frente dos seus destinos, grandes vultos, inclusive o seu antecessor.
Se o arrependimento matasse…