Hoje, de madrugada, chegou o verão. Ainda bem que chegou porque estava a fazer falta, não obstante o calor carregar em si as ameaças dos fogos florestais. Este ano, uns dias antes do verão, aconteceu entre nós o que todo o mundo já sabe. As tragédias nesta quadra de tempos escaldantes são, infelizmente, habituais em Portugal. De todos os portugueses se espera a solidariedade para acudir a tantos que perderam tudo. Que em horas de imensos supérfluos nos lembremos deles com os nossos contributos possíveis, de acordo com as capacidades de cada um.
De estações que não honram o seu carisma estamos nós fartos. Agora, com o verão, até vamos ter oportunidades de vestir roupas mais ligeiras. E os mais idosos, que é o meu caso, rejubilam com o prazer de gozar um tempo saboroso. Um tempo que permita uns passeios, uma busca de ares que reconfortem o corpo e a alma, um sentido de amplitude que a liberdade de sair de casa suscita em toda a gente.
Na minha idade, e não só, o verão é calor, luminosidade envolvente, alegria, paixão de viver e de conviver, mas também de sonhar. E se o sentirmos e absorvermos com intensidade, até poderemos entrar no outono do tempo e da vida com mais confiança.
Bom verão para todos!