O caso do ministro Relvas
O país que somos revela de quando em vez, mas com frequência, algumas bizarrias. O caso de Miguel Relvas, porventura mais grave que o de Sócrates, mostra claramente que não somos capazes de evitar disparates, embustes, enredos e outras situações semelhantes, com algumas universidades a dar certas ajudinhas, sobretudo quando lhes cheira a conveniências. Por que razão o aluno Relvas, hoje ministro do Governo de Portugal, haveria de adquirir um diploma, sem estudos compatíveis?
Sabe-se, pelo que é público, que para obter o referido diploma, que lhe desse o direito de antepor ao nome o famoso Dr., que, pelos vistos, abre tantas portas, lhe bastou apresentar o seu currículo profissional. Ora, o aluno que chegou a frequentar os cursos de Direito e História, sem ter conseguido qualquer relevância académica, nem sequer se deu ao cuidado de frequentar aulas e de se submeter a exames. Coisa difícil de entender e de admitir num estado de direito.