segunda-feira, 9 de outubro de 2006

GAFANHA DA NAZARÉ ANTIGA

QUEM A VIU E QUEM A VÊ
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Esta, por estranho que pareça, é a Avenida José Estêvão, a principal avenida da Gafanha da Nazaré. Tal qual. Mas isto foi há muitos anos, era eu menino e jovem. A foto, tirada, possivelmente, de cima da igreja matriz, mostra-nos uma avenida sem trânsito e com pouquíssimas casas de habitação. O que sobressaía era a terra de cultivo que, naquele tempo, era o ganha-pão da maioria dos gafanhões.
Contudo, a foto já mostra alguns edifícios de primeiro andar, símbolo de algum desenvolvimento deconómico. Há os Correios e casas que ainda existem. Ao fundo, à esquerda, há até um prédio que acolhe vários inquilinos e que ainda pode ser visto. Era conhecido, ao que julgo, pelo nome da sua proprietária, a D. Ermelinda, se não estou em erro. O marido era marítimo e, talvez por isso, ficou a esposa a dar o nome ao prédio de rendimento.
Quem souber mais, que diga...
Fernando Martins

: Nota: Foto gentilmente cedida por Ângelo Ribau

domingo, 8 de outubro de 2006

FESTA DE MÚSICA

ESPECTÁCULO MUSICAL NO SEMINÁRIO DE AVEIRO
O Seminário de Santa Joana Princesa, em Aveiro, vai oferecer um espectáculo musical a todos os amigos, no próximo dia 14, sábado, no seu anfiteatro, pelas 21.30 horas. Três coros infantis (Um de Victória – Espanha, um de Portalegre e outro de Espinhel) vão decerto mostrar como se pode ajudar o Seminário, que tem andado em obras de restauro e de manutenção. Esta festa da música está integrada num festival promovido pelo Coral de Espinhel, de que faz parte um antigo aluno desta casa de formação. As entradas são livres, embora se espere que cada um dê o seu contributo, espontaneamente, para as despesas das obras do Seminário de Santa Joana Princesa.

Filarmónica Gafanhense celebra aniversário

170 anos a ensinar
e a difundir
a arte musical
A Filarmónica Gafanhense está em festa, com a celebração dos seus 170 anos de existência. Não foi baptizada com este nome, nem nasceu na Gafanha da Nazaré. Nasceu em Ílhavo e ali recebeu o nome de Filarmónica Ilhavense, passando à história com o epíteto de Música Velha de Ílhavo. Depois, por vontade dos homens, foi adoptada pela Gafanha da Nazaré e aqui recebeu um novo baptismo, para evitar uma condenação à morte. Com o nome de Filarmónica Gafanhense, esta banda tem levado bem longe a cidade que a acolheu, como antes o fizera com a terra que a viu nascer. No sábado, andou pelas ruas a mostrar-se, tocando músicas que habitam a nossa memória, enquanto os seus dirigentes foram explicando ao povo que a banda precisa de ser auxiliada. Em troca dessa ajuda, vai oferecendo a arte que cultiva e ensina nas suas escolas. Mas também foi dizendo que nos dias 13 e 14 de Outubro vai proporcionar aos amantes da música, pelas 21 horas, no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, dois espectáculos musicais.
No primeiro dia, actuarão o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, o Grupo de Violas e Guitarras, com Fados de Coimbra, e a Orquestra Jovem da Banda Nova de Fermentelos. No dia seguinte, para além do concerto com a Filarmónica Gafanhense, exibir-se-ão os Alunos da Escola de Música Gafanhense e o Grupo Coral do Pessoal da APA. A presença do povo nestes espectáculos será a melhor prenda que poderá ser oferecida à Filarmónica Gafanhense. F.M.

Um artigo de Anselmo Borges, no DN

Cristianismo e bioética (2)
A palavra bioética foi usada publicamente pela primeira vez pelo oncologista Rensselaer van Potter, em 1970, num artigo emblemático, "Bioethics: The Science of Survival", e repetida, no ano seguinte, no seu livro Bioethics: Bridge to the Future.
Para ele, a nova disciplina tem o propósito de contribuir para o futuro da humanidade, procurando proporcionar o "conhecimento de como usar o conhecimento" para "a sobrevivência do homem e a melhoria da qualidade de vida".
Há a percepção de que a bioética é a ciência da sobrevivência, concretamente quando ela é compreendida como ética global, portanto, como ética médica e ética ecológica, abrindo para a urgência do debate sobre o que se chama cidadania mundial, que implica um conjunto de valores universais para um desenvolvimento sustentável. A cidadania mundial é um requisito para a sobrevivência, pois leva a compreender que, se sou cidadão do mundo, os problemas são do mundo, a comunidade verdadeira é toda a humanidade, os seres humanos fazem parte da natureza, impondo-se, portanto, que é preciso atender às necessidades universais de todos, incluindo as gerações futuras, e respeitar a biosfera.
Reflectir sobre esta abertura da bioética a um horizonte de cidadania mundial não foi dos menores contributos do XXVI Congresso dos Teólogos e Teólogas João XXIII, em Madrid, de 7 a 10 de Setembro passado.
Este debate sobre ética, justiça e ecologia, que coloca a questão difícil da particularidade e da universalidade dos valores, foi lançado por Lidia Feito, da Universidade Rey Juan Carlos. Neste enquadramento, Begoña Iñarra, religiosa do Congo, denunciou o comércio internacional organizado para benefício dos ricos, nomeadamente com os subsídios aos seus produtos agrícolas, e pediu que se facilitasse o comércio africano mediante o alívio das barreiras alfandegárias. Marcelo Barros, monge beneditino brasileiro, acentuou a dimensão social da bioética e propugnou uma espiritualidade macroecuménica cósmica.
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Gotas do Arco-Íris – 34

ÁGUA + COR
= POLUIÇÃO = MORTE
Caríssimo/a: E foi assim... Tudo começou numa brincadeira de caranguejos: olha ali um! Cuidado com as tenazes! Este é macho! Aquele é mais redondo, é fêmea! Este é rijo! Um mole! Guarda-se para isca!... Mas que é isto? Um fio verde? Como é bonito! Vou enrolá-lo nas mãos! Já estão verdes! ... Agora não é só um fiozinho, alargou-se... E o nosso rapaz esquece os caranguejos, despe-se e atira-se para aquela água diferente para um banho de causar inveja aos outros... Quando eles souberem até vão ficar de olhos trocados: não que de um banho em água tão especial ainda ninguém se tinha gabado!... Porém, nova mudança de cor na água - de verde passou a cinzenta escura -trouxe-lhe inquietação: a água era um caldo que até cheirava mal. Que chatice! E como é que ia tirar aquela porcaria do corpo? E do cabelo? Parecia cola... Lá se arranjou como pôde e fugiu, fugiu mesmo, a correr, afastando-se daquela água que o encantara e agora o assusta. À tarde, com o grupo lá do canto, enojou-se e virou o nariz, afastando a vista daquela mortandade de peixes. Nunca tal se vira, e quem o garante é o ti João André. Aquilo é obra de Cacia. E agora, com os peixes todos mortos, de barriga para o ar, que vai ser de nós? O que valeu ao rapaz é que a maré sobe e desce e o mar – aquele gigante!... - engole tudo, até a sujidade do homem. E vêm-me à esferográfica duas pérolas [a nós atribuir-lhe a cor]: «O problema não está na poluição, mas no que lançamos para a água e para o ar.» (Lula da Silva) «Louvado sejas, Senhor, pela nossa irmã água que é muito útil e humilde, preciosa e casta!» (Francisco de Assis) Manuel

sábado, 7 de outubro de 2006

Ao sabor da maré – 1

A MINHA RELAÇÃO
COM OS LIVROS
A minha relação com os livros é muito bonita. Não sob o ponto de vista comercial ou de coleccionador, mas afectivo, porque me recordam coisas boas. Tenho sempre uma história sobre cada livro dos que ocupam lugar de honra nas minhas estantes. Olho-os como quem olha amigos de coração, com quem se dialoga a propósito de tudo e de nada. E a muitos deles associo lugares, situações, gentes. Um dia destes, dia de limpeza e arrumação, dei de caras com uma edição antiga de um livro de Fernando Namora. Capas gastas pelo tempo, mas com as ilustrações de Manuel Ribeiro de Pavia ainda bem visíveis. Tem por título “Casa da Malta” e a 2ª edição, revista, a que eu possuo, é de 1951. Comprei-o num alfarrabista do Porto, perto da Praça Humberto Delgado, numa visita que fiz à capital do Norte. Recordo-me bastante bem. Fui de comboio e no regresso, como faltava muito para a hora da partida assinalada na estação de S. Bento, resolvi dar uma volta pela cidade. Num escaparate lá estava o livro a desafiar-me. Comprei-o. Minutos depois já me quedava num banco da praça a lê-lo, com a avidez que a juventude animava. A leitura continuou no comboio até Aveiro. Quando cheguei a casa, já estava e reconstruir a história que Fernando Namora engendrara com a mestria que o tornou famoso com “As Sete Partidas do Mundo” (1938), “Mar dos Sargaços” (1940) e “Fogo na Noite Escura” (1943), entre outras obras que depois continuou a publicar. Gosto de reler livros que encheram a minha imaginação, que me fizeram viajar e sonhar, que me ensinaram tanta coisa que me tornou mais rico. Os livros são assim como amigos para a vida, amigos que nos dão tudo sem exigir nada em troca. Fernando Martins

JACINTA EM AVEIRO

CONCERTO IMPERDÍVEL
A cantora de Jazz Jacinta, nossa conterrânea, presentemente em digressão pelo País, vai estar em Aveiro, no Teatro Aveirense, no próximo dia 11. Será, garante a crítica especializada em Jazz, um concerto imperdível, para quem gosta de momentos inesquecíveis.
Diz Maria João Lopes, no PÚBLICO, que Jacinta tem "alma lusitana e uma voz única, cheia de carácter e de personalidade", motivo mais do que suficiente para a aplaudirmos. O seu primeiro disco colocou-a de imediato entre as melhores intérpretes portuguesas de Jazz. Com “Daydream”, Jacinta destacou-se na cena nacional ao fazer-se acompanhar por alguns dos mais reputados músicos internacionais liderados por Greg Osby, que também produziu este álbum.
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Ficha artística: Jacinta (voz), Rui Caetano (piano), Jorge Reis (sax), João Lencastre (bateria), João Custódio (contrabaixo).
Ficha técnica: Miguel Ramos (Iluminação), Joana Pereira (Assistente de Jacinta), João Cortez (Assistente de Produção), António Cunha (Direcção de Produção), Tela Negra (Desenho de Iluminação), João Paulo Nogueira (Técnico de Som & Direcção Técnica)
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Uma produção UGURU
Preços: 1ª Plateia: 15 €; 2ª Plateia: 12 €;
1º Balcão: 10 €; 2º Balcão: 8 €

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