quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Dia do nosso casamento - 7 de Agosto de 1965


Há 59 anos, eu e a Lita passámos, apressados, pela Figueira da Foz. Foi no dia do nosso casamento, 7 de agosto de 1965, no Bunheiro, depois da boda que se realizou em Pardilhó em casa das tias Zulmira e Aidinha, quais mães solícitas como a tia Lurdes. Íamos a caminho da lua de mel numa residencial das Irmãs Concepcionistas, por sugestão de um casal amigo.
Não importa agora falar do casamento, cuja cerimónia foi presidida pelo nosso comum amigo Padre Lé. Isso ficará para outra ocasião. Hoje quero tão-só recordar o motivo por que a Figueira da Foz ficou nas nossas memórias.
A madrinha Zulmira, atenta, preocupada e solícita, havia preparado um bom farnel para a viagem e, eventualmente, para o jantar, com um pouco do muito que havia na mesa da boda. Ela garantiu-nos que nada faltaria e estou em crer de que assim seria.
Saímos de Pardilhó no velho Skoda, carro duro mas sempre operacional. Naquele tempo não se dava tanta importância a pormenores de luxos dos carros. Preciso era que andassem e nos levassem onde fosse necessário sem avarias. Nunca me recordo de aquele automóvel nos ter dado qualquer incómodo. Mas adiante.
A dada altura da viagem, que não era tão rápida como hoje, optámos por parar para lanchar qualquer coisa e estacionámos à beira da estrada. De autoestradas ainda não se falava. Dizia-se com graça que uns franceses se queixaram de ter perdido a autoestrada ao sair de Lisboa com destino ao Porto e de só a terem encontrado perto da Invicta.
Tentámos encontrar o farnel e nada. Mas como diabo aconteceu isto? Talvez com a pressa, esquecemo-nos de conferir a carga do carro. Nem a madrinha Zulmira, tão organizada e extremamente cuidadosa, se apercebeu do nosso esquecimento. Soubemos depois que nunca mais se perdoou pelo que aconteceu. É claro que lhe dissemos que não morremos à fome…
Chegados à Figueira, ao fim da tarde, e estacionámos facilmente junto ao Mercado Municipal. Nessa altura ainda não se pagava pelo estacionamento, fosse onde fosse. E na esplanada do café, voltado para o rio Mondego, lá comemos umas sandes.
É curioso que recordamos bem esse momento das sandes ajudadas por algum pirolito ou refrigerante parecido. Mas o que mais se fixou na minha memória foram os olhares da malta que por ali estava. Era sábado e devem ter reparado que éramos um casal especial, provavelmente casados de fresco. Vestidos de roupa nova, eu garantidamente de gravata, tudo indicaria uma certa anormalidade para um mês de agosto naquela estância balnear ainda com vestígios cosmopolitas. Olhares de través, sorrisos interrogativos, cochichos naturais como quem percebe que íamos de núpcias. E lá seguimos viagem até à hospedaria da Irmãs Concepcionistas, em Fátima, que muito bem nos acolheram e nos trataram como se príncipes fôssemos. E éramos, realmente, naquele dia.

Fernando Martins

Nota: Texto escrito há anos.

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

BOAS FÉRIAS PARA TODOS


 BOAS FÉRIAS PARA TODOS SÃO OS NOSSOS VOTOS. RECUPERAR ENERGIAS É PRECISO.

Feira de Artes e Ofícios no Rossio

De 2 a 18 de agosto, decorre no Rossio a feira “Artes e Ofícios de Aveiro”, certame que visa promover e trazer à cidade o artesanato manufaturado em Aveiro, nomeadamente trabalhos em cerâmica, madeira, trapologia, couro, doces regionais, compotas, licores, bolachas e porcelana. De acesso livre, o certame é uma organização da Barrica - Associação de Artesãos da Região de Aveiro com a parceria da Câmara Municipal.

Entre a Ria e o Mar

 


quarta-feira, 31 de julho de 2024

terça-feira, 30 de julho de 2024

A vida continua na noite escura

Foto de Senos da Fonseca
 

Na noite escura é possível divisar vida nas árvores bem visíveis, na água lagunar que o luar permite ver. Ao fundo, luzes das ruas ou do casario com gente talvez acordada, que a vida continua.

A Terceira Idade tem de ser um dom, não um peso


Li ou ouvi um dia destes, já não sei bem, (penso que se referiam à mensagem do Papa Francisco para o Dia do Idoso), que “viver a velhice é um dom”. Concordo, aceito e tento vivê-la como tal. 
Olhar para o passado, fazer balanço à caminhada, pensar em tantos que foram meus familiares, amigos da escola e de infância, colegas a nível profissional, e não só, que já partiram, alguns há bastante tempo, e eu continuar a viver, ainda que com alguns problemas de saúde, é de facto um dom que todos os dias agradeço ao Autor da vida. 

sábado, 27 de julho de 2024

Férias em tempos difíceis

Costa Nova
 

Para muitos portugueses, não faz sentido falar de férias. As situações económicas e sociais provocadas pela conjuntura, patente aos olhos de todos, no mundo em geral e nosso pais em particular, quase nos proíbem de falar do que possa implicar despesas, para além das estritamente indispensáveis. Contudo, atrevemo-nos a avançar com algumas propostas para momentos de ócio e de descanso forçado ou permitido pelo emprego e pela vida académica.
Como tristezas não pagam dívidas nem nos livram de aflições, desgostos, problemas e preocupações, nem nos trazem de volta o emprego perdido, então precisamos de olhar em frente, com coragem e determinação, mas ainda com esperança, pois temos como certo que depois da tempestade vem a bonança.
Se é verdade que devemos e podemos divertir-nos, dentro do razoável e possível, propomos que o façamos aproveitando o que temos à nossa volta, que muito é, começando, naturalmente, por dar mais atenção aos que nos são próximos, familiares e amigos doentes, isolados e, quem sabe?, esquecidos. Uns dias de férias para eles seria ouro sobre azul.

Fernando Martins

Nota: Texto escrito há 11 anos. Perfeitamente atual.

sexta-feira, 26 de julho de 2024

O Douro sempre apetecido



É nos dias menos agradáveis que me vêm à memória os bons momentos vividos em dias bonitos. Como é o caso de um passeio ao Douro, onde a paisagem, vista de qualquer ângulo, tem uma beleza ímpar. Nesta foto, tudo é  digno dos nossos olhares ávidos do belo.

Dia Mundial dos Avós

Dia dos Avós evoca São Joaquim e Santa Ana, 
avós maternos de Jesus

Avô Facica 
A data é comemorada com toda a lógica por bastante gente e o Papa Francisco instituiu na Igreja O Dia Mundial dos Avós e Idosos, no domingo mais próximo de 26 de julho. Consta que a ideia do Dia dos Avós veio  de uma avó portuguesa, de Penafiel, Ana Elisa Couto (1926-2007), avó de seis netos.
Recordo hoje, com emoção, os avós que conheci e com quem convivi. No meu caso, apenas conheci o avô materno, Manuel José Francisco da Rocha, e a avó paterna, Maria de Jesus Lourenço. Ambos acolhedores e de bons conselhos. Já partiram para o coração maternal de Deus há muitos anos, mas deixaram as suas marcas no meu ADN e no meu coração.

segunda-feira, 22 de julho de 2024

Flores do meu jardim

 

As flores ficam sempre bem, como esta que registei tendo por fundo um pinheiro bem verdinho. Na Gafanha da Nazaré, como nas demais zonas ribeirinhas, mesmo em tempo de seca dura, os solos das nossas terras têm o precioso líquido em abundância. Ainda bem.

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