sábado, 14 de novembro de 2015

Pequenas oportunidades

«Pequenas oportunidades são muitas vezes 
o começo de grandes empreendimentos»

Demóstenes (-384/- 322), 
político e orador da Grécia Antiga



Li no PÚBLICO


Jesus e o Vaticano

Crónica de Anselmo Borges no DN


1- Como se pode andar distraído! Como é que, tendo estado várias vezes na Praça de São Pedro, não fui ler o que está escrito no famoso obelisco, no centro da praça?! Foi preciso lê-lo agora em Jesús Bastante, que lembra que o obelisco veio do Egipto no ano 37 da nossa era, tendo sido trasladado, 15 séculos depois, do circo de Nero para o lugar que agora ocupa, fazendo o Papa Sisto V, em 26 de Setembro de 1586, gravar na sua base de mármore uma antiga fórmula de exorcismo: "Ecce crux Domini" (eis a cruz do Senhor), "Fugite, partes adversas" (Fugi, forças do caos) - um autêntico exorcismo, "Vicit Leo de tribu Juda" (o Leão da tribo de Judá venceu). Desse modo, a Praça de São Pedro delimitaria simbolicamente o enfrentamento entre o Bem e o Mal, "e o exorcismo impediria que o Demónio chegasse à sede de Pedro".

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Avisados, esperamos confiantes o Senhor

Reflexão de Georgino Rocha



Sentado no monte das Oliveiras, Jesus contempla Jerusalém e o seu Templo, de onde havia saído após o episódio da viúva que deitou todos os seus haveres na caixa de esmolas. E desabafa com os discípulos que lhe chamam a atenção para a grandiosidade da cidade e das suas contruções: “Não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído”. Refere-se Jesus ao futuro imediato e longínquo: à sua paixão e morte, à invasão e destruição da cidade pelo exército romano e ao feixo da história, ao findar do tempo, à chegada de “uma nova primavera” da vida, à inauguração da eternidade feliz.

Marcos, o autor da narrativa, escreve mais tarde o seu evangelho e reveste esta “profecia” com uma linguagem codificada que só os iniciados entendiam. É a linguagem apocalíptica, com imagens dignas de um filme de ficção, de terror e angústia, mas portadoras de uma enorme esperança e elevação. De facto, é preciso, penetrar na “carruagem” vendo para além da “aragem” e situar a interpretação do texto na época e na cultura em quue foi escrito. Mc 13, 24-32. A apocalíptica destina-se a dar conforto em tempos de desânimo e de tentação, de deserção, de perseguição e de morte. É, normalmente, uma linguagem imperceptível pelos verdugos e entendida pelas vítimas. Vamos destacar algumas dessas imagens com a intenção de fazer despertar o sabor da mensagem que Jesus nos oferece.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Os direitos dos leitores



Hoje, na Biblioteca da Figueira da Foz, encontrei, mal cheguei, este aviso, logo à entrada, sobre os Direitos Inalienáveis dos Leitores. Li e reli o texto, ficando elucidado. Os deveres estão implícitos. Bom serviço da Comunidade de Leitores da Biblioteca da Figueira da Foz. Aqui, em qualquer recanto deste grande espaço de leitura, estudo, consulta e pesquisa, respeito esses direitos, mas não leio em voz alta, para não perturbar quem está.



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Bom São Martinho para todos

Com sol a brilhar, que o dia assim pede, evoquei o santo que, segundo a lenda, terá repartido a sua capa com um pedinte a tiritar de frio. Em homenagem a essa atitude, de atenção a quem precisa e de partilha solidária, o Criador terá abençoou esse gesto para a posteridade, dando-nos um sol que acalenta, precisamente neste período. Tenha havido esse milagre de Deus ou não, a verdade é que, face ao dia luminoso que hoje desfrutamos, me apetece sublinhar o facto.

Escrevi sobre o dia de São Martinho aqui


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De novo na Figueira da Foz



Estou de novo na Figueira da Foz. Busco por estas bandas renovar o astral para enfrentar com mais determinação o inverno que se aproxima, com as suas inevitáveis exigências. O mesmo espaço que não cansa, os mesmos ares que não destoam, os mesmos caminhos para andar. Mar por perto, foz do Mondego que desafia a destreza dos mestres dos barcos de pesca, areais a perder de vista e a serra da Boa Viagem debruçada sobre o casario que a envolve.
Olhos atentos, digital à espera de atuar, bloco de apontamentos para eventuais registos do que de novo ou inédito surge. Haverá sempre algo de interessante a reter e a partilhar, reflexões que me conduzam a tomar posições e a optar por novos caminhos ou por caminhos renovados, que a indiferença perante a vida é morte antecipada.
Depois, tudo o mais virá naturalmente.


segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Jamie Oliver declara guerra ao açúcar

«As pessoas pensam que para comer bem 
tem de se ser rico. 
Isso aborrece-me porque nas minhas viagens 
a comida mais extraordinária que experimentei 
foi sempre em comunidades pobres»


Passou um ano a viajar por países onde há pessoas a viver até aos 100 anos. Contratou professores para estudar nutrição. Fez 40 anos, foi isso. Voltou com um novo livro e programa de televisão e com menos alguns quilos. E elegeu o seu novo grande inimigo: refrigerantes cheios de açúcar.

Uma entrevista de ALEXANDRA PRADO COELHO (texto) e MIGUEL MANSO (fotos, em Londres)

Ler no PÚBLICO

DIVORCIADOS RECASADOS

Patriarca de Lisboa: 
"Estou cheio de curiosidade" 
sobre o que o Papa vai dizer 
da comunhão dos divorciados


«Patriarca de Lisboa pensa que possibilidade de divorciados recasados poderem voltar a comungar não está prevista
Nesta entrevista de balanço de um debate de dois anos sobre a família, D. Manuel Clemente diz que a doutrina da conceção foi mantida porque assim pensam muitos grupos de católicos e que a proposta cristã "não passa por validar" as relações homossexuais. Já sobre o processo, o patriarca considera muito positivo o aparecimento de ideias diferentes, diz que é precisa outra política de habitação e de apoio às famílias e alerta para os riscos do crescimento da xenofobia na Europa.»

Ler entrevista no Diário de Notícias

domingo, 8 de novembro de 2015

Acordo sem simpatia

«Acordo sem simpatia dá uma relação antipática»

Hugo Hofmannsthal (1874-1929), escritor austríaco

Li hoje no PÚBLICO

NOTA: Será que isto tem alguma coisa a ver com a situação política atual? Ou será pura coincidência? 

Escritores e a Ria de Aveiro - 4

Bestida
«No velho pontão da Bestida, que as invernias todos os anos despedaçam, dir-se-ia que Portugal acaba. Portugal e a terra na sua solidez física, nos seus costumes mais vulgares, e até nalguns dos elementos mais primordiais da sua vida. É outro mundo, líquido, brumoso, feito de distância azul, isolado do continente por uma ria maravilhosa, paleta de mil cores, tão larga que cabe nela o Tejo, nos seus dois quilómetros de água tranquila e adormecida. Fecham-se atrás de nós, como sob o pano de uma ribalta, as terras ribeirinhas da Murtosa, e de Bunheiro, entre pâmpanos virentes, muito tufados, milheirais extensos que ondeiam as suas bandeiras doiradas, pomares cerrados, onde os ramos já nos estendem os frutos maduros, corados de sol, que fendem a casca, pejados de sumo.»

Artur Portela

800 anos é muito tempo!

Crónica de Frei Bento Domingues no PÚBLICO


«Cada sociedade
 tem a sua história
 reescreve-a à medida 
que ela mesma muda»


1. Continuam a perguntar-me o que significa o acrescento, O.P., à minha assinatura, nomeadamente nestas crónicas.
Explico. Em 1953, no Convento de Nossa Senhora do Rosário, em Fátima, abrindo o tempo de Noviciado, o Prior conventual, numa celebração comovente, perguntou-me: que pedis? A misericórdia de Deus e a vossa, respondi.
Disse-me que esperava que já tivesse recebido a misericórdia de Deus, mas a da Ordem dos Pregadores (O.P), não era incondicional. Depois de um tempo de experiência, haveria uma avaliação recíproca e nela se veria se queríamos continuar juntos ou não. Entretanto, Frei Bento passava a sobrepor-se ao nome que usara até esse dia.
Não estranhei muito, pois o padroeiro da minha aldeia é S. Bento e muito perto havia a romaria de S. Bento da Porta Aberta, a mais importante do norte de Portugal. Por outro lado, o meu irmão chamava-se Domingos e ao entrar na Ordem fundada por S. Domingos, passou a chamar-se Frei Bernardo!

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