quinta-feira, 29 de junho de 2023

UM SONETO DE HÉLDER CASQUEIRA



O VOUGA DE ONTEM E DE HOJE

Claras águas; de límpido ser
inebriado em vastidão de escolhos,
Rara beleza!... em pequenos olhos
Eras tu, Vouga, ao entardecer.

Na memória, o passado subsiste
Na lembrança daqueles que viveram.
Vieram sonhos nos que já pereceram;
A vida é vontade de quem desiste!

Veio o futuro e o presente
Submeteu-se … Nada estava completo.
Nada existe que viva para sempre!

Da técnica estás, tu, hoje repleto…
E a terra química já se sente
Agora; nada cabe num soneto!

18/2/86 Hélder Casqueira

In Boletim Cultural, n.º 2, 1986

Sem comentários:

Enviar um comentário

PESQUISAR

DESTAQUE

Animais das nossas vidas

O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

Pesquisar neste blogue

Arquivo do blogue