terça-feira, 24 de dezembro de 2013

São Nicolau



História do Pai Natal
Maria Donzília Almeida

De tanto ver a figura do Pai Natal empoleirada em todos os cantos e esquinas e pressentindo que a sua vocação não é o alpinismo, mas sim uma variante dos desportos de inverno, resolvi aprofundar o conhecimento desta figura mítica.
A história do Pai Natal tem duas origens: a primeira surgiu com a figura de São Nicolau, um arcebispo de Myra, na Anatólia, atual Turquia, considerado padroeiro das crianças e dos marinheiros. Viveu no século IV e ficou conhecido pela sua bondade e generosidade, pois distribuía sacos de moedas pelas chaminés das casas de famílias carenciadas. 
Após a sua morte, vários milagres lhe foram atribuídos, tendo vindo a ser declarado santo. Antigamente, o dia 6 de dezembro era celebrado como Dia de São Nicolau, e nesse dia trocavam-se prendas. Contudo, a Reforma Cristã transferiu para o Menino Jesus, a dádiva dos presentes.
Até 1931, o Pai Natal era representado de diferentes formas, surgindo com roupas de inverno, barrete na cabeça e em tons de verde e branco, típico dos lenhadores.


Quando a Coca-Cola decidiu promover o consumo dos refrigerantes no inverno, através de uma gigantesca campanha publicitária, nos EUA, a marca fez surgir um novo Pai Natal, de fato vermelho, com faixas brancas e cinto preto, numa alusão às cores da Coca-Cola.
A força apelativa do anúncio, rapidamente, espalhou a nova imagem do ancião de barbas brancas, dando origem à representação atual do Pai Natal e às cores dominantes da quadra.
Segundo a lenda, vive na Lapónia, Finlândia, no pólo norte, numa casa perto da Fábrica de Brinquedos, onde os elfos ajudam na confeção dos presentes para as crianças de todo o mundo, que lhe enviam cartas fazendo os seus pedidos. Na era atual, o Pai Natal, sempre atento à evolução tecnológica, operada no mundo, já dispõe de correio eletrónico.... para agilizar os pedidos e a correspondente entrega das prendas!
De acordo com a lenda, na noite da consoada, o Pai Natal, visita as casas das crianças que se portaram bem (!?), puxado num trenó, pelas suas renas voadoras, lideradas pela sua favorita Rudolfo de nariz vermelho. Afinal, a figura castiça do Pai Natal aparece alapada no trenó e não empoleirada nas esquinas das casas modernas. A opção por esta modalidade desportiva parece-nos mais consentânea com a sua faixa etária, já que se trata de um venerável ancião!
A segunda tradição é de origem anglo-saxónica, centrada na figura do Father Christmas, que já surge em cânticos do século XV e ganha ênfase no contexto da oposição ao puritanismo que dominou a Inglaterra no século XVII. Os puritanos combateram esta tradição que consideravam pagã. 
Nos Estados Unidos, estas duas tradições viriam a juntar-se dando origem ao atual Santa Claus, popularizado no século XIX, no poema de Clement Clarke Moore “Uma visita de Santa Claus” e ilustrado pelo caricaturista Thomas Nast, autores que criaram as bases para a iconografia atual da simpática figura. 
De tão apreciada pela pequenada, a figura do pai natal é usada para fundamentar o lado material e consumista da quadra natalícia e galvanizar a população para a corrida às grandes superfícies comerciais, onde funciona como chamariz e entertainer.
No imaginário infantil é uma criatura generosa e sorridente que distribui prendas e sorrisos a toda a gente, qual Avô Cantigas numa superprodução.
Nas festas em família, muitas vezes, há um elemento que ostentando a indumentária vermelha e branca, carregando às costas um saco, aparece, inesperadamente, no meio da festa e faz a distribuição das prendas. É o Pai Natal de trazer por casa!
Este ano, até surgiu um Pai Natal, ao bom jeito do povo português, com tanta imaginação e criatividade que substituiu as renas e o trenó por um pónei carro e faz as delícias de crianças e adultos. Ali, ao lado de Amarante e da cidade da Lixa, por terras de Felgueiras, onde se confeciona o famoso pão-de-ló de Margaride. Uma pérola da doçaria portuguesa, que abasteceu, durante décadas, a casa real portuguesa e que eu tive o privilégio de saborear, aquando da minha passagem por terras da Lixa.
No meu sapatinho, o Pai Natal já depositou, hoje mesmo, a prenda que eu lhe solicitara por e.mail, (!?) o que vai permitir manter-me up-to-date e carregar menos peso nas minhas deslocações... o almejado tablet que, hoje, faz as delícias dos adultos! 

23.12.2013

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