Os Padres que, muitas vezes por inerência, ocupam lugares de gestão em instituições sociais, "não o deveriam fazer".
A ideia é defendida pelo Padre Manuel Rocha Pároco na Vera Cruz, em Aveiro, que é um dos administradores do Centro Social da Vera Cruz. Em entrevista à Terra Nova referiu que a "esmagadora" maioria dos Padres não tem formação e capacidade para gerir.
"Eu não estou formado para ser gestor ou director de uma instituição daquelas que, hoje, alberga milhentas situações, procurar dinheiro para pagar aos funcionários, a gestão profissional dos colaboradores, as Leis do trabalho, são situações que podem gerar conflitos", adiantando, "de que lado se posiciona o Padre", questionou.
"Se prego de um lado como Padre, não posso aparecer do outro a despedir pessoas, é muito desconfortável", disse.
Nota: Há muito que defendo estas ideias do padre Rocha. Quando há tanto que fazer no campo da evangelização, da catequese e da formação contínua dos cristãos, por que razão hão de os padres ocupar-se com outras atividades?
Já lá vai o tempo em que os sacerdotes pertenciam ao grupo restrito dos que estudavam. Nesse caso e nesses tempos, talvez se aceitasse que os padres fossem gestores de instituições sociais, mas hoje não se compreende que percam tempo com contas, deve e haver, contratação e despedimentos de empregados. Será que Jesus Cristo também lhes atribuiu essas funções? Penso que não. Um assunto pertinente levantado pelo padre Rocha, que muito bem conheço e admiro.
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