A LATA CONTINUA!
1. Alguém dizia há dias que “a lata” está cheia…de petróleo! A referência é personalizada no maior animador político da actualidade, Hugo Chávez. São 2,2 milhões de barris de petróleo diários que a Venezuela exporta, sendo a maioria dos quais para os EUA. Efectivamente, numa economia que depende do “ouro negro” (80% de exportações, metade das receitas do Estado), enquanto a “lata” continuar cheia desse precioso recurso, este e tantos outros líderes que nadam em petróleo continuam a falar alto numa demonstração cabal de sedução imperial pelo poder e dando nas vistas pelos piores motivos.
2. A vingança de Chávez está aí. À sobriedade do Rei de Espanha (que não gritou mas numa frase disse tudo), o iludido “senhor moço” da lata ameaça tudo e todos, julgando-se dono de tudo e de todos. Seja de que quadrante político for (tendo o seu lugar próprio, isso pouco importa, pois o essencial são as pessoas e a sua dignidade humana), atitudes deste género são o espelho de uma “adolescência” política típica de ditador. Alguém ainda pensa que a Venezuela não corre perigo (os venezuelanos e os que lá lutam pela vida)? Nestes próximos anos, à medida que a Venezuela entrar em polvorosa, veremos como a comunidade internacional continuará a colocar a cabeça debaixo da areia…pois a dependência energética (agrava) tapará os olhos das indignidades.
3. É inconcebível ao ponto a que chega a lata do senhor eleito (?!...) pelo seu povo! Do episódio da cimeira ibero-americana, Chávez terá concluído que o Rei fez-lhe xeque-mate e agora o contra-ataque é a “profunda revisão” das relações políticas, económicas e diplomáticas, em que “as empresas espanholas vão ter de prestar mais contas”. Mais ainda, diz Chávez: “Vou lá ver o que andam a fazer”. Grande trabalho, é natural!... De facto, no centralismo absolutista que cresce de dia para dia, tem de ser ele a ir ver o assunto… Pobre povo, vítima no presente e mais vítima no futuro. E pelo andar da carruagem, havendo poderosos interesses à mistura, parece que o futuro está traçado. A lata vai continuar sendo cada vez maior. A não ser que… haja democracia! Pelo enfiamento da jogada, as portas democráticas estão mesmo a fechar e, enquanto a “comitiva” estiver bem alimentada, será para durar. Que nos enganemos redondamente!
Alexandre Cruz
1. Alguém dizia há dias que “a lata” está cheia…de petróleo! A referência é personalizada no maior animador político da actualidade, Hugo Chávez. São 2,2 milhões de barris de petróleo diários que a Venezuela exporta, sendo a maioria dos quais para os EUA. Efectivamente, numa economia que depende do “ouro negro” (80% de exportações, metade das receitas do Estado), enquanto a “lata” continuar cheia desse precioso recurso, este e tantos outros líderes que nadam em petróleo continuam a falar alto numa demonstração cabal de sedução imperial pelo poder e dando nas vistas pelos piores motivos.
2. A vingança de Chávez está aí. À sobriedade do Rei de Espanha (que não gritou mas numa frase disse tudo), o iludido “senhor moço” da lata ameaça tudo e todos, julgando-se dono de tudo e de todos. Seja de que quadrante político for (tendo o seu lugar próprio, isso pouco importa, pois o essencial são as pessoas e a sua dignidade humana), atitudes deste género são o espelho de uma “adolescência” política típica de ditador. Alguém ainda pensa que a Venezuela não corre perigo (os venezuelanos e os que lá lutam pela vida)? Nestes próximos anos, à medida que a Venezuela entrar em polvorosa, veremos como a comunidade internacional continuará a colocar a cabeça debaixo da areia…pois a dependência energética (agrava) tapará os olhos das indignidades.
3. É inconcebível ao ponto a que chega a lata do senhor eleito (?!...) pelo seu povo! Do episódio da cimeira ibero-americana, Chávez terá concluído que o Rei fez-lhe xeque-mate e agora o contra-ataque é a “profunda revisão” das relações políticas, económicas e diplomáticas, em que “as empresas espanholas vão ter de prestar mais contas”. Mais ainda, diz Chávez: “Vou lá ver o que andam a fazer”. Grande trabalho, é natural!... De facto, no centralismo absolutista que cresce de dia para dia, tem de ser ele a ir ver o assunto… Pobre povo, vítima no presente e mais vítima no futuro. E pelo andar da carruagem, havendo poderosos interesses à mistura, parece que o futuro está traçado. A lata vai continuar sendo cada vez maior. A não ser que… haja democracia! Pelo enfiamento da jogada, as portas democráticas estão mesmo a fechar e, enquanto a “comitiva” estiver bem alimentada, será para durar. Que nos enganemos redondamente!
Alexandre Cruz